Blake Griffin | A última oportunidade

    Depois de ter sido o número 1 no Draft de 2009 e de não ter jogado no seu primeiro ano na NBA, por motivo de lesão, Blake Griffin demonstrou muita qualidade na primeira época em que jogou – até foi all-star. Era uma peça fundamental nos Los Angeles Clippers e, com Chris Paul, DeAndre Jordan, entre outros, fazia parte de uma das melhores equipas de sempre dos Clippers: os Lob City. Porém, o Blake de hoje em dia já não é o mesmo que encantou e levantou muitas vezes o público nos jogos.

    Na atual época e, antes de rumar aos Brooklyn Nets, Griffin participou apenas em 20 jogos dos Detroit Pistons – mais 2 do que na época transata. Ora, em média, fez 12.3 pontos por jogo, 3.9 assistências por jogo e 5.2 ressaltos por jogo, das estatísticas mais baixas ao longo da sua carreira. Na primeira época de BG, o extremo-poste teve números bem melhores: 22.5 pontos por jogo, 3.8 assistências por jogo e 12.1 ressaltos por jogo. Por isso é que ganhou o Rookie of The Year. Além disso, também ganhou o concurso de afundanços dessa época.

    Apesar de estar longe da sua forma inicial nos Clippers, Blake, com apenas 31 anos, até tem um bom currículo: 6x All-Star, 3x All-NBA Second Team, 2x All-NBA Third Team, vencedor do Dunk Contest de 2011 e o Rookie of The Year (2011). Agora, o Blake não quer apenas ser falado pelos alley-oops que recebia de Chris Paul, nem pelos inúmeros afundanços que fazia, especialmente ao Pau Gasol.

    O atual camisola número 2 dos Nets quer ganhar títulos, especialmente o da final da NBA. Por isso é que se juntou a Kevin Durant, James Harden, Kyrie Irving, DeAndre Jordan, Joe Harris, entre outros. Atualmente, os Nets são uma das equipas favoritas na luta pelo título.

    As lesões têm sido o principal obstáculo de Blake Griffin ao longo da sua carreira. Não jogou na primeira época, em que estava inscrito numa equipa da NBA, devido a uma lesão no último jogo da pré-época. Falhou vários jogos na penúltima época em que jogou no Clippers também devido a problemas físicos. Além disso, na única temporada em que foi All-Star pelos Pistons, Blake jogou mais vezes nessa época do que nas restantes épocas em que jogou na equipa de Detroit. Em 2019-20, jogou 77 vezes. Nas restantes duas épocas e meia, participou apenas em 63 jogos.

    Apesar de as lesões terem danificado muito a carreira de Griffin, a sua saída dos Clippers também teve um impacto negativo. Meses antes de ser trocado para os Pistons e, logo depois de ter assinado um longo contrato para continuar nos Clippers, o dono dos Clippers, Steve Ballmer, disse-lhe que ia ser um “Clipper for life”. Mas isso não foi cumprido. No dia 29 de janeiro de 2018, a estrela dos Clippers, uma equipa que costuma estar regularmente nos playoffs, foi para uma equipa que raramente estava na fase a eliminar. Foi uma mudança surpreendente na altura.

    Agora, Blake vai tentar reencontrar a sua forma física em Brooklyn. Segundo um dos NBA Insiders, Adrian Wojnarowski, o 6x all-star vai jogar na posição poste, mas num estilo de jogo small ball. Há a possibilidade de Griffin surpreender e se tornar numa peça fundamental dos Nets mas, para isso acontecer, as expectativas não podem ser muito elevadas.

    Apesar de já saber que não será um dos habituais titulares, Griffin deve querer aproveitar esta oportunidade. Poderá ser a última época em que está numa equipa que tem grandes ambições. Que as lesões não o impeçam de aproveitar esta época. Os fãs da NBA têm saudades do Blake Griffin de Lob City.

    Foto de Capa: Brooklyn Nets

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    Filipe Torres
    Filipe Torreshttp://www.bolanarede.pt
    O Filipe saiu da Ilha de São Miguel, nos Açores, para tirar a Licenciatura de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Desde criança que é adepto de Futebol, tendo já sido árbitro. Para além do "desporto-rei", o Filipe também é apaixonado por Basquetebol e não falha no acompanhamento de Wrestling.