Boston Celtics, o gigante do Este | NBA

    Terá sido um problema causado por Ime Udoka? O novo treinador foi experimental com as rotações desde o início. As combinações de jogadores não faziam sentido às vezes e muitos destes mesmos atletas jogavam poucos minutos, tornando-se difícil gerar qualquer tipo de ritmo e equilíbrio no seio da equipa.

    Foi culpa de Jayson Tatum e Jaylen Brown? A responsabilidade normalmente recai sobre os melhores jogadores de uma organização e os adeptos exigiam que os Celtics separassem as suas grandes figuras, sugerindo que os dois alas de mentalidade ofensiva não conseguiam coexistir entre si.

    Consequentemente, a falta de movimentação com e sem bola era um problema recorrente, o que motivou o base Marcus Smart a criticar os All-Star da equipa, os jogadores mais bem pagos e artilheiros Jayson Tatum e Jaylen Brown no início da temporada.

    Talvez Brad Stevens, o novo presidente da organização, não tenha colocado as peças certas em torno de Tatum e Brown para elevar o seu potencial.

    Não obstante, enquanto analistas e fãs procuravam responsáveis para  explicar o mau momento que se vivia em Boston, os Celtics voltaram a ter o seu núcleo principal de jogadores sem limitações, adquiriram Derrick White na trade deadline para ajudar a colmatar lacunas no plantel e continuaram a desenvolver os jogadores que já se encontravam inseridos na estrutura da equipa.

    O resultado? A formação em melhor forma de toda a NBA. Desde que o calendário mudou para 2022, não tem havido uma equipa na NBA melhor do que o conjunto que joga no TD Garden.

    Os Celtics venceram 24 dos seus últimos 28 jogos, aproveitando a recente sequência de derrotas dos Heat para se posicionarem no topo da classificação. Com um registo atual de 47 triunfos e somente 28 deslizes, são a única equipa na conferência com um recorde de vitórias contra adversários na luta por um lugar nos playoffs (ou seja, equipas com 50% ou mais de vitórias).

    Depois de oito temporadas (2013-21) em que foram liderados pelo técnico Brad Stevens, a presença de uma nova figura de autoridade resultou num começo lento, embora Ime Udoka, tenha chegado a Boston já com nove temporadas de experiência na NBA enquanto treinador adjunto. Ainda assim, a visão de Udoka concretizou-se, reduzindo a rotação para para oito jogadores quando todos estão saudáveis, criando uma linha de continuidade principalmente na defesa.

    “A defesa está a sufocar os nossos adversários, com o nosso tamanho e versatilidade”, disse Udoka. “Temos alas altos, os nossos postes e, obviamente, um pitbull [Smart] a base. Não há uma fraqueza real para aproveitar, ninguém para condicionar, o que é o caso em outras equipas às vezes”.

    Desde 23 de janeiro, período em que registam o melhor recorde de vitórias da NBA, Boston manteve 14 dos seus últimos 28 oponentes abaixo dos 100 pontos e a apenas 42 pontos por jogo na área do pintado, o menor número em toda a liga. Esta transformação permitiu aos Celtics tornarem-se no conjunto com a melhor classificação defensiva da temporada até ao momento.

    Quando questionado pelos repórteres após a vitória por 115 a 101 sobre o Hornets a 9 de março, Tatum deu uma resposta sucinta para explicar o recente sucesso do grupo.

    “Defesa, defesa, defesa, defesa, defesa, defesa!” disse o ala.

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    Diogo Valente Vieira
    Diogo Valente Vieirahttp://www.bolanarede.pt
    Estudante na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. Procura realizar um percurso profissional dedicado sobretudo ao desporto nacional e internacional, através do jornalismo. O seu objetivo principal é tornar o jornalismo desportivo em Portugal o mais imparcial e prático possível, apresentando ao mesmo tempo uma personalidade com a qual a audiência possa identificar-se. Tem como interesses de destaque o futebol, o basquetebol e o wrestling.