Boston Celtics, o gigante do Este | NBA

    Com menos de um mês para jogar na temporada regular 2021-22, a liga está a assistir a níveis de competitividade e narrativas distintas.

    Ambas as conferências apresentam uma variedade de plantéis que competem para evitar ou alcançar o torneio de play-in, podendo originar uma sequência fascinante de disputas nas próximas semanas.

    Um conjunto de equipas já sem grandes expetativas para a época aposta forte na utilização de jovens jogadores, com o intuito de melhorar as suas probabilidades de obter uma escolha elevada no próximo draft. Simultaneamente, os melhores franchises procuram permanecer saudáveis e garantir uma posição na classificação vantajosa antes da 1ª ronda dos playoffs.

    Sendo assim, o que devemos esperar de alguns dos principais candidatos ao título no que resta da época?

    Ambas as conferências da NBA estão a ser dominadas por gigantes com tradições antagónicas uma da outra. No Oeste, os Phoenix Suns conseguiram, de forma convincente, sobreviver no topo da tabela classificativa sem os lesionados Chris Paul, Cameron Johnson e outros elementos. Liderados por um espetacular Devin Booker, os comandados de Monty Williams são os grandes favoritos a levar o troféu para casa, aquele que seria o primeiro na história da organização.

    No entanto, é na Conferência Este que se situa o conjunto que mais interesse tem despertado nos últimos tempos, mais concretamente, desde o jogo dos All-Star. Os Boston Celtics transformaram-se numa locomotiva impossível de parar, arrecadando o primeiro lugar na classificação à frente de equipas como os Miami Heat, os Philadelphia 76ers e os Milwaukee Bucks.

    Um franchise íconico e vencedor ao longo dos 75 anos de existência da Liga Americana de Basketball (17 campeonatos conquistados), mas que parecia a certa altura incapaz de atingir patamares que havia alcançado no passado recente.

    Durante a primeira metade da temporada, os Celtics, juntamente com os Los Angeles Lakers e os New York Knicks, eram uma das equipas mais dececionantes da NBA, tendo em conta as expectativas iniciais. Apesar de um novo treinador e de algumas mudanças significativas no elenco, o grupo não só estagnou, como inclusive aparentava ter regredido em comparação com outras épocas.

    Em alguns momentos, os Celtics faziam recordar o plantel que foi às finais da Conferência Este há duas temporadas atrás, quase impecável ofensivamente através das jogadas das suas duas jovens estrelas, ao mesmo tempo que exerciam uma defesa sufocante.

    Noutros jogos, pareciam desinvestidos e indiferentes, com a esperança de que o seu talento pudesse compensar a sua falta de esforço e levá-los à vitória. Houve até alturas em que se podia assistir às duas personalidades da equipa numa só noite, construindo uma vantagem comfortável de dois dígitos, apenas para ficarem letárgicos e não alterarem a mentalidade a tempo de evitar um colapso.

    A inconsistência de Boston levou a um registo de apenas 25 vitórias e 25 derrotas em 50 jogos. Num ano raro em que a Conferência Este tem mais candidatos ao título do que o Oeste, os Celtics não eram um deles.

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    Diogo Valente Vieira
    Diogo Valente Vieirahttp://www.bolanarede.pt
    Estudante na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. Procura realizar um percurso profissional dedicado sobretudo ao desporto nacional e internacional, através do jornalismo. O seu objetivo principal é tornar o jornalismo desportivo em Portugal o mais imparcial e prático possível, apresentando ao mesmo tempo uma personalidade com a qual a audiência possa identificar-se. Tem como interesses de destaque o futebol, o basquetebol e o wrestling.