Houston Rockets | Sem combustível para voar

    Houston, we have a problem”. Depois de oito épocas consecutivas nos playoffs, tudo indica que os Rockets não vão marcar presença na fase a eliminar da presente temporada. Das oito presenças nos playoffs, os fãs de Houston festejaram a ida à final da conferência Oeste em duas ocasiões, onde acabaram por ser eliminados pelos Golden State Warriors – era uma equipa que causava muitos pesadelos aos Rockets.

    No decorrer da atual época, os Rockets perderam a principal estrela dos últimos anos: James Harden. O 9x all-star foi extremamente importante nos anos em que representou os Rockets – conquistou muitos prêmios individuais na liga. Desde 2012 até 2021, o “Barba” foi o líder de assistências por jogo (2017), o líder de mais pontos marcados por jogo (2018, 2019 e 2020), apareceu na primeira equipa do ano em 6 ocasiões e foi o jogador mais valioso (MVP) em 2018. Com esses números e toda a dedicação em prol da franchise, não surpreende a decisão da atual direção de querer retirar a camisola número 13 dos Rockets. Apesar da sua saída não ter sido bem recebida por muitos fãs, Harden contribuiu muito para excelentes épocas dos Rockets.

    Ao contrário das outras épocas, os Rockets de 2020-21 estão numa péssima fase – 12 derrotas consecutivas. Além de terem perdido James Harden, os Rockets também já não contam com o Russell Westbrook, jogador mais valioso da liga em 2017, no plantel. O base apenas teve uma época na equipa de Houston e não causou um grande impacto, numa tentativa de substituir Chris Paul. Antes do início da época atual, numa troca entre os Rockets e os Washington Wizards, Westbrook foi para os Wizards e John Wall foi para a equipa de Houston.

    Entre os atuais jogadores do plantel, John Wall é um dos mais conhecidos. Apesar de não ter jogado durante quase dois anos devido a lesões, nota-se que Wall continua a ser um bom basquetebolista. Na presente época, em média, o base está com 20.4 pontos por jogo, 6.1 assistências por jogo e 3.3 ressaltos por jogo. Apesar da boa média de pontos, a equipa não está a produzir bons resultados e não está a ter uma boa concretização de lançamentos (0.482 eFG%).

    Na sequência da troca de Harden, os Rockets receberam vários jogadores, entre os quais Victor Oladipo. O antigo jogador dos Pacers não deve permanecer por muito tempo em Houston. O atual contrato termina no final da presente época e há rumores de que Oladipo recusou uma proposta de 2 anos por 45 milhões de dólares dos Rockets. Até ao momento, Oladipo disputou 14 jogos pela equipa de Rockets e está com uma média de 19 pontos por jogo, 4.7 assistências por jogo e 4.8 ressaltos por jogo. Mas a cabeça de Oladipo não está em Houston, está em outros locais.

    Quem está a surpreender pela positiva nos Rockets é Christian Wood. O poste está a jogar a sua melhor época desde que chegou à NBA. A sua titularidade deixou DeMarcus Cousins, 4x all-star, no banco e o poste veterano agora está sem equipa, numa tentativa de querer jogar mais. Apesar da extraordinária época de Wood, o poste já falhou alguns jogos devido a lesões. Como consequência, as exibições dos Rockets estão muito fracas e já tiveram várias derrotas com uma diferença pontual de 20 pontos – destaque para a derrota frente aos Memphis Grizzlies por 49 pontos, a terceira maior da história da franchise.  Até ao momento, nos Rockets, Wood está com uma média de 22 pontos por jogo e 10.2 ressaltos por jogo. Com uma média de duplo-duplo por jogo, o atual poste dos Rockets é uma forte hipótese para conquistar o Most Improved Player (MIP).

    Com o atual recorde, é muito provável que a equipa de Houston não tenha grandes esperanças para a restante época desportiva. Os Rockets devem ser uma das lottery teams e muito possivelmente terão um bom lugar no próximo Draft. Vão ter uma boa hipótese para restabelecer o depósito para atacar a próxima época.

    Foto de Capa: Houston Rockets

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Filipe Torres
    Filipe Torreshttp://www.bolanarede.pt
    O Filipe saiu da Ilha de São Miguel, nos Açores, para tirar a Licenciatura de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Desde criança que é adepto de Futebol, tendo já sido árbitro. Para além do "desporto-rei", o Filipe também é apaixonado por Basquetebol e não falha no acompanhamento de Wrestling.