IMPERATIVO NÃO EXISTIR O EFEITO DOMINÓ
Os Clippers do playoff de 2020, invariavelmente, fazia lembrar o jogo tradicional do dominó. Atiravas uma peça ao chão e caía tudo de forma alinhada e sincronizada sem ter o fim à vista. A única peça feita com um material diferente que subsistia em pé era Kawhi. O jogador norte americano foi um poço de força e o mais regular da equipa. O problema é que nem sempre deu para carregar o peso coletivo às costas.
Dito isto, o efeito dominó não pode voltar a coexistir no grupo e a tarefa primordial de Tyronn Lue será manter a equipa unida, com um espírito inabalável.
IBAKA É SUFICIENTE?
Para concluir, a verdadeira questão – antes da época começar – seria perceber como se iria compor o plantel, ou seja, a «mini-remodelação» destes Clippers.
Veio Kennard e Batum, porém a contratação sonante pertenceu a Serge Ibaka.
A equipa definiu, claramente, um problema defensivo da época transata e o internacional espanhol veio colmatar isso mesmo. Como consequência, sai Montrez Harrell, que atuou a um nível defensivo baixíssimo (para o que nos tinha habituado) nos playoffs do ano passado. Ora, Ibaka não vem no melhor período da carreira e isso acarreta riscos, porém é um conhecido de Kawhi Leonard e concerteza será uma viabilidade a defender o perímetro e a zona pintada. Para além disto, o poste de 2.08 metros acrescenta maior versatilidade ofensiva e cria mais espaços em situação de pick and roll, cujo Harrell inviabilizava.
Isto, por si só, é insuficiente, e de certeza que não será esta a troca que irá galvanizar os Clippers na luta pelo título. Direi antes, no entanto, que será mais um passo importante para na próxima temporada atacarem com agressividade a conquista da NBA…Ou, “pelo menos”, uma final de conferência.