NBA 2021/2022: O pináculo de uma dinastia – Parte I

    UM GRUPO DE GUERREIROS À ALTURA

    Não obstante, não foi só a principal referência do grupo que contribuiu para o prolongar da dinastia. Tal como disse o próprio Curry, cada pessoa no pódio importava para a dinâmica de jogo, a começar pelo treinador.

    Steve Kerr conquistou o seu quarto título como treinador principal, sendo que também ganhou cinco títulos como jogador com os Chicago Bulls e os San Antonio Spurs.

    Phil Jackson ganhou 11 títulos como treinador e dois como jogador. K.C. Jones ganhou oito títulos como jogador e dois como treinador principal (todos com os Celtics). Mas Kerr, uma escolha de segunda ronda que começou como titular em apenas 30 jogos dos seus 15 anos de carreira na NBA, é o primeiro na história da liga a ganhar pelo menos três títulos como jogador e técnico principal.

    Esta temporada foi talvez a melhor de Kerr. O técnico estabeleceu Jordan Poole como o herdeiro legítimo de Curry enquanto Klay Thompson ainda estava em recuperação e, em seguida, encontrou com sucesso um lugar para ambos quando Thompson regressou. Melhor ainda, ajudou a elevar a confiança de Andrew Wiggins, dispensado pelos Minnesota Timberwolves e rotulado pelo mundo do basquetebol como um flop.

    Wiggins foi, de longe, o segundo melhor jogador dos Warriors ao longo das finais, registando uma média de 18.3 pontos e 8.8 ressaltos, além de 1.5 desarmes de lançamento e roubos de bola em cada jogo, enquanto marcava cerradamente o ala All-NBA Jayson Tatum. O extremo dos Golden State Warriors chegou à NBA em 2014, com honra de primeira escolha do draft, mas só em 2022, quando se tornou útil num papel secundário, é que começou a prosperar como uma verdadeira estrela.

    O jogador de 27 anos foi fundamental nos play-offs da NBA, com o pináculo dessa condição a chegar no jogo 5 das finais, noite em que conseguiu que os Warriors vencessem um jogo no qual Stephen Curry não marcou um único triplo. Com 26 pontos e 13 ressaltos nesse confronto com os Celtics, juntamente com duas assistências e dois roubos de bola, Wiggins, revelou-se finalmente capaz de liderar uma equipa quando o seu melhor jogador se encontrava “apagado”.

    Por sua vez, Draymond Green vacilou um pouco ofensivamente durante os playoffs, especialmente contra uma equipa dos Celtics que foi construída para retirar muito do jogo que o ala-pivot projeta nos ataques organizados. Mas, defensivamente, foi tão inteligente, adaptável e regulador do ritmo de jogo como já é habitual, sempre à espreita para interceptar passes e impedir lançamentos perto do cesto.

    Klay Thompson foi o grande ponto de interrogação para estes play-offs e, apesar de algumas noites pouco assertivas (acertou apenas 35,6% dos seus arremessos nas finais), apareceu em momentos decisivos, com brilhantes atuações no capítulo defensivo que faziam lembrar o que a outra metade dos “Splash Brothers” poderia fazer há três, quatro, cinco anos atrás.

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    Diogo Valente Vieira
    Diogo Valente Vieirahttp://www.bolanarede.pt
    Estudante na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. Procura realizar um percurso profissional dedicado sobretudo ao desporto nacional e internacional, através do jornalismo. O seu objetivo principal é tornar o jornalismo desportivo em Portugal o mais imparcial e prático possível, apresentando ao mesmo tempo uma personalidade com a qual a audiência possa identificar-se. Tem como interesses de destaque o futebol, o basquetebol e o wrestling.