NBA 2021/2022: O pináculo de uma dinastia – Parte II

    Tudo o que precisa é de tempo… e talvez um base mais puro para ajudar Marcus Smart, de forma a não depender tanto de jogadas individuais e ser obrigado a criar o seu próprio lançamento. Na verdade, foi essa tendência que levou ao número preocupante de turnovers durante as finais – Tatum terminou como o artilheiro da pós-temporada, mas também cometeu mais turnovers (100) do que qualquer um desde que a liga começou a rastreá-los em 1977.

    Por outro lado, não se pode criticar muito a contribuição ao longo da época de Jaylen Brown. Lesões e problemas relacionados à COVID-19 afetaram os dois primeiros meses da temporada de Brown. Nos quatro meses finais, o shooting guard mostrou realmente a sua categoria.

    À semelhança de Tatum, Brown abraçou o desafio de Udoka em cimentar o seu estatuto de  craque no conjunto de Boston. Resultado: obteve uma média de mais de quatro assistências por jogo após o intervalo para o jogo dos All-Star e seis por jogo em abril, ao mesmo tempo que complementava Marcus Smart como defensor no perímetro. Brown é a co-estrela ideal ao lado de Tatum, confortável num papel secundário.

    Os upgrades irão essencialmente centrar-se naquele que foi nomeado como o “Defensive Player of the Year” da temporada 2021/2022. Os Celtics revelaram-se desleixados nas finais – os 22 turnovers no jogo 6 foram o maior número da série – o que invariavelmente levará a pedidos para Boston procurar no mercado um distribuidor mais polido e experiente.

    Mas os Celtics chegaram às finais por causa de Marcus Smart. Ele é a espinha dorsal defensiva, a principal razão pela qual os Celtics lideraram a NBA em eficiência defensiva. Smart teve uma média de 3.2 turnovers nas Finais – a mais alta de todas as séries – e seu lançamento da zona do perímetro precisa de ser trabalhado. Contudo, ainda nos seus 28 anos de idade, o especialista defensivo só precisa de um mentor com outras qualidades na construção de jogo para colmatar esta lacuna.

    E isso pode ser tudo o que precisam, reduzir a frequência de turnovers. O plantel provavelmente retornará praticamente intacto. Robert Williams estabeleceu-se como um defensor de elite – e consistente – nesta temporada. O arremesso de três pontos de Grant Williams melhorou substancialmente e Al Horford, aos 36 anos, experienciou um ressurgimento inesperado.

    Por outras palavras, este não era o momento dos Celtics. Com alguns ajustes, no próximo ano, pode vir a ser.

    Foto de Capa: Golden State Warriors

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    Diogo Valente Vieira
    Diogo Valente Vieirahttp://www.bolanarede.pt
    Estudante na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. Procura realizar um percurso profissional dedicado sobretudo ao desporto nacional e internacional, através do jornalismo. O seu objetivo principal é tornar o jornalismo desportivo em Portugal o mais imparcial e prático possível, apresentando ao mesmo tempo uma personalidade com a qual a audiência possa identificar-se. Tem como interesses de destaque o futebol, o basquetebol e o wrestling.