O que estão os Bulls a fazer?

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    A época dos Chicago Bulls tem decorrido como a de tantas outras equipas: um jogador da equipa deu um murro no colega de equipa e deixou-o de fora durante alguns meses. O tal atleta que foi esmurrado voltou como um dos melhores jogadores ofensivos da NBA e os Bulls, de repente, são bons. É uma história tão antiga como o próprio desporto…

    Pronto, provavelmente não é uma história assim tão normal. Antes do início dos jogos oficiais, Bobby Portis decidiu resolver uma discussão num treino à maneira antiga, agredindo Nikola Mirotic com um soco. Os adeptos dos Bulls já não esperavam grandes conquistas este ano, mas certamente não quereriam que a única vez que a sua equipa chegasse às capas dos jornais fosse porque Bobby Portis não consegue conter as suas mãos apenas para o jogo de basquetebol.

    Os Bulls começaram a época como se esperava, com três vitórias em 23 partidas disputadas e o último lugar da NBA. Em Chicago, o objetivo é desenvolver os mais jovens e garantir outros recém-adultos através do draft e a temporada estava a correr de feição. Até ter aparecido Mirotic. Do nada, com o montenegrino naturalizado espanhol em campo, os Bulls começaram a ganhar jogos em catadupa. Kris Dunn e Lauri Markkanen, dois dos jovens com mais potencial em Chicago, acompanharam o agora líder e a turma de Fred Hoiberg passou de um claro candidato à primeira escolha do draft para uma equipa no meio do nada.

    Mirotic voltou de lesão a todo o gás Fonte: Chicago Bulls
    Mirotic voltou de lesão a todo o gás
    Fonte: Chicago Bulls

    Porque na NBA o que interessa é ser muito bom ou muito mau, a recente subida de forma dos Bulls preocupa os seus adeptos. Claro que todos gostam de ganhar, mas os Bulls não têm qualidade suficiente para serem candidatos sequer aos playoffs, o que significa que a manterem este ritmo, a sua escolha no draft será sempre longe dos jogadores que podem transformar todo o franchise.

    A subida de forma de Dunn e Markkanen serão sempre boas notícias, porque são jovens a desenvolver-se. O caso de Mirotic é diferente, porque numa equipa que quer perder mais vezes do que aquelas que ganha, um jogador a executar desta maneira não ajuda. Em Chicago já se pondera trocar o espanhol, porque a NBA é um mundo cruel para quem não perde jogos suficientes tendo uma equipa medíocre (perguntem aos Magic e aos Knicks). Se não conseguirem, podem sempre pedir ao Bobby Portis que volte a resolver o assunto pelas suas próprias mãos.

    Foto de Capa: NBA

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    António Pedro Dias
    António Pedro Diashttp://www.bolanarede.pt
    Tem 22 anos, é natural de Paços de Ferreira e adepto do SL Benfica. Desde muito pequeno que é adepto de futebol, desporto que praticou até aos 13 anos, altura em que percebeu que não tinha jeito para a coisa. Decidiu então experimentar o basquetebol e acabou por ser amor à primeira vista. Jogou até ao verão passado na Juventude Pacense e tem o Curso de Grau I de treinador de basquetebol desde os 19. O gosto pela NBA surgiu logo quando começou a jogar basquetebol e tem vindo a crescer desde então, com foco especial nos Miami Heat.                                                                                                                                                 O António escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.