Pontos positivos e negativos na troca entre NY Knicks e Toronto Raptors | NBA

    modalidades cabeçalho

    Nos últimos dias de 2023, a última troca do ano civil da Liga norte-americana de basquetebol (NBA) aconteceu, com os New York Knicks a receberem OG Anunoby, Precious Achiuwa e Malachi Flynn, enquanto os Toronto Raptors passaram a contar com Immanuel Quickley e RJ Barrett no plantel, juntamente com uma escolha de segunda ronda no próximo ‘Draft’, oriunda dos Detroit Pistons.

    A troca gerou alguma surpresa, com OG Anunoby no centro das negociações. Começou a época nos Toronto Raptors, no último ano de contrato, e circulavam rumores de que o basquetebolista britânico não queria renovar o vínculo contratual com a equipa canadiana. Muitos adeptos esperavam que o jogador fosse para uma equipa que vai lutar pelo título, mas acabou por rumar aos New York Knicks, uma equipa que não está entre os principais candidatos, originando assim o negócio que é o tema do artigo.

    Quando acontece uma troca, acaba por haver, quase sempre, quatro opiniões sobre o resultado da mesma: uns adeptos afirmam que nenhuma das equipas saiu a ganhar; outros acreditam que ambas as equipas ficaram a ganhar; e depois há aqueles que acham que uma das equipas ficou por cima. No entanto, caro leitor, não estamos aqui para tentar prever quem terá razão, mas sim referir quais são os pontos positivos e negativos para ambas as equipas envolvidas. Por isso, vamos ver os principais pontos nesta troca.

    TORONTO RAPTORS – PONTO POSITIVO – DOIS JOGADORES QUE PODEM ENTRAR NO 5 INICIAL

    RJ Barrett e Immanuel Quickley são dois jogadores que podem entrar no 5 inicial, e acabaram por entrar logo nos primeiros dois jogos na nova equipa. Com Quickley a ter uma média de 20 pontos por jogo, 4.5 ressaltos de bola por jogo, 4 assistências e 1 roubo de bola por jogo, enquanto Barrett está com uma média de 16.5 pontos por jogo, 8 ressaltos de bola por jogo, 2 assistências, e uma eficácia verdadeira de lançamento (eFG%) de 52.1%.

    A referir ainda que RJ Barrett é canadiano, e apoia a equipa desde cedo, por isso os Raptors contam com um basquetebolista que vai sentir um carinho por vestir a camisa de um clube no qual ele acompanha desde criança.

    TORONTO RAPTORS – PONTO POSITIVO – BANCO DE SUPLENTES ESTÁ MAIS FORTE

    A chegada dos dois basquetebolistas aos Toronto Raptors, reforçou ainda o banco de suplentes, com a presença de Dennis Schroder e Gary Trent Jr, apesar das saídas de Precious Achiuwa e Malachi Flynn.

    Schroder já tinha passado boa parte da época no banco – apenas foi titular em quatro jogos -, para dar a vez a OG Anunoby. Quem não estava habituado a entrar no jogo vindo do banco era Gary Trent Jr., que não está a ter vida fácil nos últimos dois jogos: 23.5 minutos por jogo, 7 pontos por jogo, 1 assistência por jogo e 1 roubo de bola por jogo.Com o contrato a terminar no final da época, Trent precisa de melhorar os números, se quiser ter um contrato semelhante ao último – 33.7 milhões de dólares em dois anos.

    NEW YORK KNICKS – PONTO POSITIVO – CHEGADA DE UM DOS MELHORES DEFENSORES DA LIGA

    Quase todas as equipas da Liga norte-americana de basquetebol queriam ter OG Anunoby no plantel. Um dos melhores defensores e lançadores de três pontos da liga, ou seja, como se costuma escrever, um 3-and-D. A sorte acabou por sair aos New York Knicks, apesar de saberem que vão ter de oferecer um novo contrato ao Anunoby no final da época para não sair.

    OG Anunoby já causou algum impacto nos Knicks, conta, neste momento, com uma média de 14 pontos por jogo, 7 ressaltos de bola por jogo, 2 roubos de bola por jogo, 1.5 assistências por jogo, e uma eficácia verdadeira de lançamento (eFG%) de 66.7%, nos dois jogos na nova equipa.

    NEW YORK KNICKS – PONTO POSITIVO – SAÍDA DE UM JOGADOR QUE NÃO ERA ADORADO PELOS FÃS

    Se RJ Barrett sente-se em casa em Toronto, o mesmo não se pode afirmar quando este estava em Nova Iorque. Desde que foi o terceiro escolhido no ‘Draft’ de 2019, o jovem jogador não correspondeu às expectativas dos adeptos da franquia, que estão com fome por títulos – falham a conquista do campeonato desde 1973 e não chegam às finais de 1999.

    Nas quatro épocas e meias nos Knicks, RJ Barrett fez uma média de 18.1 pontos por jogo, 5.3 ressaltos de bola por jogo, 2.8 assistências de bola por jogo, 0.7 roubos de bola por jogo, eficácia verdadeira de lançamento (eFG%) de 47.6%, e 2.1 perdas de bola por jogo – está com 4 perdas de bola por jogo nos dois jogos pelos Raptors.

    TORONTO RAPTORS – PONTO NEGATIVO – SAÍDA DE UM NOME IMPORTANTE DO PLANTEL CAMPEÃO

    O ponto negativo para os Raptors é a saída de um jogador com a importância de OG Anunoby na equipa. O basquetebolista britânico era um dos dois jogadores que foi campeão com os Raptors, em 2019, e que desde então estava na equipa, o outro continua a ser Pascal Siakam.

    Nos seis anos e meio ao serviço dos Raptors, conta com uma média de 11.8 pontos por jogo, 4.3 ressaltos de bola por jogo, 1.6 assistências de bola por jogo, 1.2 roubos de bola por jogo, e apenas 1.3 perdas de bola por jogo. Em prémios individiuais, foi o jogador com mais roubos de bola por jogo em 2022-23 (1.9), e também esteve presente na segunda equipa ‘All-Defensive’ na época passada.

    NEW YORK KNICKS – PONTO NEGATIVO – SAÍDA DE UM JOGADOR ADORADO PELOS FÃS

    Enquanto RJ Barrett não era adorado pelos fãs dos Knicks, o mesmo não se pode dizer sobre Immanuel Quickley. Desde a época passada, Quickley estava com algum protagonismonos Knicks, afirmando-se como um lançador e um ‘6th man’.

    Na última época e meio ao serviço da antiga equipa, o novo camisola 5 dos Raptors fez, em média, 14.9 pontos por jogo, 3.7 ressaltos de bola por jogo e 3.2 assistências de bola por jogo, começando apenas 21 jogos como titular em 111 partidas. Um papel totalmente diferente ao que está a ter no Canadá.

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Filipe Torres
    Filipe Torreshttp://www.bolanarede.pt
    O Filipe saiu da Ilha de São Miguel, nos Açores, para tirar a Licenciatura de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Desde criança que é adepto de Futebol, tendo já sido árbitro. Para além do "desporto-rei", o Filipe também é apaixonado por Basquetebol e não falha no acompanhamento de Wrestling.