Um cheirinho a playoffs em janeiro

    Cabeçalho modalidadesEm maio de 2016, Heat e Raptors encontraram-se na segunda ronda dos playoffs. Foram sete jogos de equilíbrio que criaram uma certa rivalidade entre norte (Toronto, Canadá) e sul (Miami, Florida). Na madrugada de 9 para 10 de janeiro de 2018, as duas equipas aqueceram a fria cidade de Toronto com um jogo que mais parecia de payoffs. Já sem a maioria dos jogadores dessa altura do lado dos Heat e sem Biyombo, que decidiu o jogo sete a favor dos Raptors há dois anos atrás e apesar de algumas ausências, ambas as equipas deram um espetáculo com emoção do início ao fim, a lembrar outro tipo de jogos.

    Os Toronto Raptors chegavam a este confronto com um recorde de 14-1 em casa, mas tinham perdido Kyle Lowry na noite anterior, num jogo com direito a prolongamento em Brooklyn. Os Heat, numa série de quatro vitórias consecutivas, tinham vencido os Jazz duas noites antes, com Josh Richardson a dar a vitória a cinco segundos do fim. Ainda assim, a equipa de Miami viajava até Toronto sem Winslow e Waiters, com Tyler Johnson a contrair uma lesão na manhã do jogo. A primeira-parte foi equilibrada até Dragic ter pegado no jogo. Os 14 pontos do base dos Heat colocou os forasteiros a vencer por 10 ao intervalo, com DeRozan muito pouco em jogo do outro lado do campo. Mas o segundo tempo teria muito para contar…

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    Com os Raptors a recuperarem no marcador, Serge Ibaka e James Johnson envolveram-se num confronto físico que vai sendo raro na NBA. James Johnson é cinturão negro, tal como os seus pais e oito irmãos e tem um recorde de 7-0 em MMA e 20-0 em kickboxing. Não fosse a rápida intervenção de colegas de equipas, árbitros e treinadores e provavelmente teríamos visto mais do que um jogo de basquetebol no Air Canada Centre. Ambos os jogadores acabaram expulsos, com o jogo a prosseguir logo a seguir e os Heat a voltarem a ganhar uma vantagem mais confortável.

    Nos últimos minutos da partida, DeRozan voltou a ganhar vida. O extremo dos Raptors deu a vantagem à sua equipa por duas vezes. Da primeira vez, Dragic virou o marcador de novo para os homens de Miami. Mas da segunda, o All-Star de Toronto ganhou o ressalto do seu próprio lançamento e parecia ter dado a vitória à turma de Dwane Casey, com três segundos para jogar,

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    Porém, Wayne Ellington tinha outras ideias. Erik Spoelstra desenhou a mesma jogada que tinha dado a vitória frente aos Utah Jazz, mas desta vez foi Ellington e não Richardson a receber a bola. O número 2 dos Heat, mais conhecido pelo seu tiro exterior, viu o caminho para o cesto desimpedido e marcou com 0.3 segundos para jogar. DeRozan ainda tentou de um lado ao outro do campo um cesto do outro mundo, mas a bola, caprichosamente, não entrou. A estrela dos Raptors e Goran Dragic ainda haveriam de tentar ajustar contas depois da buzina final, tentando talvez terminar aquilo que Ibaka e Johnson tinham começado, mas não passaram de uns empurrões.

    Os Heat acabaram por ser a segunda equipa a sair de Toronto com a vitória, enquanto que do lado dos Raptors, a ausência de Kyle Lowry foi bastante notada. As duas equipas trouxeram o calor de novo ao Canadá e parecem estar a criar uma interessante rivalidade, dando aos fãs uma ideia do que poderão ver nos playoffs, caso se encontrem.

    Foto de Capa: Yahoo Sports

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    António Pedro Dias
    António Pedro Diashttp://www.bolanarede.pt
    Tem 22 anos, é natural de Paços de Ferreira e adepto do SL Benfica. Desde muito pequeno que é adepto de futebol, desporto que praticou até aos 13 anos, altura em que percebeu que não tinha jeito para a coisa. Decidiu então experimentar o basquetebol e acabou por ser amor à primeira vista. Jogou até ao verão passado na Juventude Pacense e tem o Curso de Grau I de treinador de basquetebol desde os 19. O gosto pela NBA surgiu logo quando começou a jogar basquetebol e tem vindo a crescer desde então, com foco especial nos Miami Heat.                                                                                                                                                 O António escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.