Uma estrela que merece bem melhor

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    Nos últimos anos, nos desportos que mais adoro, tenho sentido que dois atletas estão constantemente no topo da lista para melhores jogadores do mundo. No futebol temos Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, no basquetebol temos LeBron James e Kevin Durant. Ano após ano vemos estes atletas a dominarem por completo o seu desporto. O que é que isto leva? A que outros jogadores, por serem contemporâneos a estes “extraterrestres”, não estejam integrados na categoria de melhor jogador do mundo.

    Agora, direccionando-me só para a NBA – nos últimos 6 anos, apenas três jogadores receberam tal honra, Kobe Bryant, em 2008, Derrick Rose, em 2011 e Lebron James, em 2009, 2010, 2012 e 2013.

    Para variar, os atletas que lideram a corrida nesta época foram James e Durant. E pode-se dizer que, se nenhum se lesionar, ambos vão estar na corrida até ao fim e muito afastados de todos os outros concorrentes. Neste caso, devo referir o quão injusto é para outros jogadores que têm feito uma época quase paranormal.

    Há um jogador que merecia estar pelo menos mais acima nesta lista, que é composta pelos 10 jogadores que, segundo os redactores da NBA, são os melhores; liderada actualmente por LeBron James e Kevin Durant, os outros concorrentes são, por ordem: Blake Griffin, Paul George, Stephen Curry, James Harden, Goran Dragić, DeMar DeRozan, Kevin Love e, por fim, Joakim Noah.

    James passou para a frente de Durant logo após o confronto em que os Miami Heat, equipa de LeBron, levaram a melhor sobre os Oklahoma City Thunder. Depois de um mês em que o número 6 da equipa da Flórida jogou num nível típico de um super-herói. A estrela de Oklahoma, contudo, tem feito isso a época toda; depois da lesão de Westbrook, Durant tem vindo a carregar os Thunder às suas costas.

    Bem, será necessário, antes de mais, traduzir a sigla “MVP” – Most Valuable Player. Este título é dado para o jogador que foi considerado o jogador mais “valioso” durante a época regular. Não basta jogar o basquetebol mais atractivo, nem marcar o maior número de pontos, ou defender melhor. Pode-se dizer então que para receber este título é fundamental que durante os jogos o atleta tenha de ser não só um elemento diferenciador. Tem de ser aquele em que todos os holofotes estão apontados, aquele que não treme quando o seu talento é chamado.

    Kevin Love já recebeu uma medalha de ouro olímpica.
    Kevin Love já recebeu uma medalha de ouro olímpica.
    Fonte: Pictures.zimbio.com

    As estatísticas são, por vezes, o que ajuda na diferenciação e, sendo assim, há um atleta que este ano tem preenchido grande parte dos requisitos anteriormente referidos. Kevin Love tem uma grande desvantagem perante todas as estrelas que estão à sua frente. Esse “problema” chama-se Minnesota Timberwolves. Se com alguma sorte os “Wolves” forem aos playoffs, será sem dúvida graças à maior estrela da equipa. No entanto, essa incapacidade de amealhar vitórias por parte da equipa de Minnesota é a principal razão para esta estrela não ser considerada como um dos melhores jogadores da liga.

    Neste último mês que passou, Kevin Love marcou mais pontos que Kevin Durant, teve mais ressaltos que Dwight Howard e lançou melhor de três pontos que Kyle Korver. Para os mais distraídos, Korver está numa sequência de mais de 120 jogos consecutivos a marcar pelo menos um triplo (recorde da liga). Estas estatísticas são impressionantes. Desde o jogo dos All-Stars, Love tem números assombrosos: 35,8 pontos, 12,8 ressaltos e 5 assistências por jogo. Nesta sequência conseguiu fazer o seu primeiro triplo-duplo da carreira e recentemente ia conseguindo fazer o seu segundo. Durante esta época, Kevin já teve quase meia centena de duplos-duplos e cerca de 20 jogos em que marcou mais de 30 pontos. Estamos a falar de um jogador que lidera a sua equipa em pontos e ressaltos.

    : Este duo dinâmico já garantiu algumas vitórias. Porém, para Love vingar terá de se despedir dos seus colegas de equipa.
    Este duo dinâmico já garantiu algumas vitórias. Porém, para Love vingar terá de se despedir dos seus colegas de equipa
    Fonte: Thesportsquotient.com

    Se virmos as estatísticas acima referidas, apercebemo-nos que esta estrela mais que assumida passa despercebida por causa da sua equipa. Visto que a equipa dos “Wolves” não joga completamente direccionada para Kevin Love, podemos prever que se estivesse num grupo com mais talento ofensivo e que jogasse mais para ele e, principalmente, que vencesse mais jogos e tivesse na corrida aos playoffs, o número 42 seria um concorrente a sério para LeBron James e Kevin Durant.

    É imprescindível para a sua carreira que Kevin Love mude de equipa o mais depressa possível. Isto se quiser vingar a sério na NBA.

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    André Albuquerque
    André Albuquerque
    O André já fez natação, futebol, futsal, basquetebol, judo, karate, jiu-jitsu brasileiro, ténis de mesa. No entanto, não sabe fazer nada sem ser ver os jogos da NBA e do seu Benfica!                                                                                                                                                 O André não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.