(parte 1)
CAPÍTULO 5: OS PROTAGONISTAS DE UMA ANOMALIA HISTÓRICA
É impossível atribuir o crédito que cada um dos jogadores dos Pistons merece sem especificar o seu contributo ao longo de toda esta travessia.
Conhecida pela sua supremacia nos momentos defensivos, é fácil esquecer o talento ofensivo que esta equipa tinha, incluindo o seu líder em campo. Afinal, Chauncey Billups não recebeu o alcunha de “Mr. Big Shot” sem motivo.
NBA Champion
2004 Finals MVP
Five-time All-Star#MrBigShot
Tomorrow, we retire his jersey. #DetroitBasketball pic.twitter.com/Bb9dj2YMf6
— Detroit Pistons (@DetroitPistons) February 10, 2016
Na temporada 2003-04, Billups obteve médias de 16.9 pontos, 5.7 assistências, 3.5 ressaltos e 1.1 roubos de bola por jogo. A sua excelente capacidade de passe e a eficázia sublime nos arremessos eram o motor que impulsionava o ataque dos Pistons, destacando-se sempre nos momentos decisivos.
O seu «buzzer-beater» do meio do campo forçou o prolongamento no jogo 5 das semi-finais da Conferência Este, um jogo em que os Pistons acabariam por perder. Não obstante, esta proeza deu aos Pistons a confiança necessária para recuperar e vencer os Nets de Jason Kidd em sete jogos.
A liderança e o estilo de jogo de Billups renderam-lhe o prémio de MVP das Finais e sua inteligência de elite no basquetebol voltou a fazer-se sentir na temporada seguinte. Em 2004-05, o experiente base foi nomeado para a Segunda-Equipa Defensiva da NBA, juntamente com o companheiro de equipa Tayshaun Prince, enquanto que o colega e e co-capitão, Ben Wallace, levou para casa o prémio de Jogador Defensivo do Ano.
Para os livros de recordação, ficam ainda as 5 presenças no All-Star Game, o melhor registo entre os jogadores da era “Goin’ to Work”.
Na posição de «shooting guard», encontrava-se “Rip” Hamilton. Outrora um jovem prodígio e suplente de um Michael Jordan mais velho em D.C., Hamilton foi trocado por Jerry Stackhouse numa altura em que os Wizards procuravam por outras opções ofensivas para colocar ao lado de MJ. Em Detroit, “Rip” teve mais minutos de jogo, transformando-se num atirador de médio alcance e o principal artilheiro de um campeão da NBA.
15 years ago today, Rip Hamilton wore a mask for the first time.
He would go on to wear one the rest of his career. pic.twitter.com/RxRogaWQeL
— NBA on ESPN (@ESPNNBA) March 10, 2019
Os seus 17.6 pontos e 1.3 roubos de bola foram essenciais para a afirmação dos Pistons como a organização de elite da Conferência Este. Na época seguinte, Hamilton liderou a equipa em pontuação pela terceira temporada consecutiva, com uma média de 18.7 pontos por jogo.
A temporada 2005-06 voltou a ser outra de grande sucesso individual para Hamilton, registando uma média de 20.1 pontos por jogo. Inclusive, foi durante esta época que a referência ofensiva dos Pistons recebeu a primeira de três convocações consecutivas para o All-Star Game (entre 2006 e 2008).
A desempenhar as funções de «small-forward», Detroit contava com a presença de Tayshaun Prince, um verdadeiro maestro na organização defensiva.
O protótipo daquele que viria a ser o extremo “3-and-D” utilizado nas atuais equipas da NBA, Prince, que estava apenas no seu segundo ano enquanto profissional, ficava encarregue de defender o perímetro das principais ameaças das equipas adversárias, nomeadamente, Kobe Bryant e Dwayne Wade durante os playoffs. Para além disto, o jovem extremo foi dos mais eficazes da linha de três pontos em toda a liga, com uma percentagem de concretização de 36.3%.
Tayshaun Prince is going back to Detroit! Here are some images of his early years with the Pistons #TBT #NBATBT pic.twitter.com/v4JDvXdDoZ
— NBA TV (@NBATV) February 19, 2015