Basquetebol: Faltou calma e eficácia para ser perfeito

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    Portugal perdeu com a República Checa por 79-55 e ficou assim em segundo lugar do Europeu. Um resultado inesperado, já que o objetivo era a manutenção, mas o factor casa foi importante para empolgar as nossas jogadoras.

    Matosinhos foi palco, pelo terceiro ano seguido, de um Europeu de basquetebol. Há dois anos, Portugal perdeu a final do Europeu sub16 Divisão B, com a Sérvia. No ano passado, as sub18 ficaram em nono na Divisão A do Europeu da categoria. Este ano, as sub16 voltaram à final, desta vez da Divisão A, e voltaram a perder.

    O Europeu começou com uma derrota contra a Rússia, por 14 pontos. As russas, que eram uma das equipas favoritas mas que acabaram apenas em oitavo, foram melhores e umas justas vencedoras. No segundo jogo, uma vitória clara por 20 pontos contra a Eslováquia, e no terceiro jogo mais uma vitória, desta feita contra a Croácia, por apenas um ponto num jogo muito equilibrado. Estes resultados permitiram o segundo lugar no grupo logo atrás da Rússia.

    A equipa que defendeu as cores de Portugal
    A equipa que defendeu as cores de Portugal

    Na segunda fase de grupos, Portugal estreou-se com nova derrota, desta feita contra a República Checa, por 15 pontos. Um jogo muito mais equilibrado do que a final, mas o terceiro quarto foi fatal para Portugal, onde se verificou um score de 22-7. O segundo jogo deste grupo trouxe nova derrota, desta vez contra a Itália. As italianas foram mais fortes durante 30 minutos, mas nos últimos 10 Portugal reagiu, apenas conseguindo reduzir para oito. O terceiro jogo era decisivo e só uma vitória interessava para garantir a passagem aos quartos. O adversário era a Turquia, e a vitória foi por 21 pontos numa grande exibição da nossa seleção, que não deixou qualquer dúvida sobre a justiça da vitória.

    Nos quartos de final, mais um teste de fogo, desta vez contra a França. No jogo, Portugal foi mais eficaz e mereceu a vitória por completo. Esta vitória, além de garantir a passagem às meias finais, ou seja o melhor lugar de sempre de uma seleção portuguesa num Europeu, garantiu ainda a presença no Mundial de sub17, que se vai realizar no próximo ano, em Espanha.

    Espanha foi precisamente a adversária das meias finais e foi neste jogo que Portugal fez a sua melhor exibição na prova. Uma entrada demolidora, com vitória por 12-4 no primeiro quarto, e um segundo quarto mais equilibrado mas sempre com Portugal por cima deram uma vantagem de 15 pontos ao intervalo. O terceiro quarto foi diferente dos dois anteriores, e a Espanha reagiu bem, chegando a assustar, mas a ponta final deste quarto voltou a ter Portugal por cima e, no quarto tempo, Portugal voltou a dominar e a consolidar a vitória; o resultado final foi de 64-44. Neste jogo, os triplos e a poste Beatriz Jordão foram os fatores decisivos.

    São estas as checas que se sagraram campeãs da Europa
    São estas as checas que se sagraram campeãs da Europa

    Falei na jogadora e nos triplos porque a final foi precisamente o oposto do jogo das meias finais. Portugal entrou nervoso, com muita ineficácia nos triplos, um jogo interior ainda pior, como mostram os 20 pontos sofridos contra 4 marcados na primeira parte, e os ressaltos também não foram positivos, 26 contra 16; ao intervalo, o resultado era de 39-21. Outra semelhança com o jogo contra a Espanha é que no terceiro tempo Portugal entrou melhor e chegou a reduzir para 10 pontos, mas depois as checas voltaram a superiorizar-se e até ao final e alargaram a vantagem até aos 79-55. Um resultado pesado, mas que não se pode dizer que seja injusto.

    Fora do campo, Portugal saiu claramente vencedor. Meter 4 mil pessoas a ver jogos de formação é raro em qualquer país da Europa. Pena que depois, nas várias competições que existem em Portugal durante a época, não apareça nem 1/4 destas pessoas a ver os jogos.

    Imagens retiradas do site da FIBA Europa

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    Rodrigo Fernandes
    Rodrigo Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
    O Rodrigo adora desporto desde que se lembra de ser gente. Do Futebol às modalidades ditas amadoras são poucos os desportos de que não gosta. Ele escreve principalmente sobre modalidades, por considerar que merecem ter mais voz. Os Jogos Olímpicos, por ele, eram todos os anos.                                                                                                                                                 O Rodrigo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.