Desta vez, não houve maldição do 3-1

    Cabeçalho modalidadesO salário mínimo português dava para pagar um bilhete para um dos piores lugares num pavilhão a rebentar pelas costuras (sem direito a cerveja). Esta segunda à noite, os Warriors voltaram a ser campeões da NBA, numa temporada em que perderam apenas um jogo nos playoffs, ao baterem os Cleveland Cavaliers por 129-120, no jogo 5 das finais. A peça que faltava era mesmo Kevin Durant, que foi claramente o jogador decisivo destas finais e que conquistou o seu primeiro título na sua segunda final (na primeira, os “seus” Thunder perderam com os Heat “de LeBron”). Como o tempo voa…

    Primeiro período demasiado parado, com muitas faltas e lances-livres e os Cavaliers com um ligeiro domínio. Kevin Durant e Klay Thompson tiveram problemas de faltas bastante cedo e isso pode ter abrandado a equipa de Golden State, embora Kevin Love tenha dado de caras com o mesmo problema para os Cavs. Depois de um início mais forte dos Warriors, a turma de Cleveland passou rapidamente para a frente e assim se manteve até ao fim do primeiro quarto de jogo.

    Depois de um longo “descanso” no banco, Kevin Durant voltou com vontade de dominar no segundo período. Os Cavaliers estenderam a sua vantagem para oito pontos, apenas para verem KD, Iggy, Dray e Steph construírem um daqueles parciais que não raras vezes vemos acontecerem na Oracle Arena e que fazem o pavilhão explodir. A vantagem de Golden State foi até aos 17 mas chegou ao intervalo nos onze, muito graças a um incrível lançamento de JR Smith, num período que foi, ainda assim, bastante negativo para os Cavs.

    O MVP das finais, Kevin Durant festeja o seu primeiro título no ano de estreia em Golden State Fonte: SLAM Magazine
    O MVP das finais, Kevin Durant festeja o seu primeiro título no ano de estreia em Golden State
    Fonte: SLAM Magazine

    E a verdade é que a esperança que JR Smith deu aos Cavaliers antes do intervalo se provou importante, com a equipa de Cleveland a vencer o terceiro período e a partirem para os doze minutos decisivos bem dentro do jogo, mesmo sem a vantagem na partida. Cinco pontos de diferença separavam as equipas antes do último período (mais uma vez graças a um grande lançamento de Smith, que esteve imparável da linha de 3), que decidiria se a época terminava ali ou se teríamos jogo 6 em Cleveland.

    Essa dúvida seria rapidamente dissipada… Embora não se tendo distanciado por aí além no resultado, os Warriors controlaram facilmente o quarto período e venceram de forma justa, recuperando o título que lhes tinha fugido há um ano atrás. Kyrie Irving, LeBron James e o inesperado JR Smith tentaram, mas a equipa de Golden State, às costas de Kevin Durant e Stephen Curry, foi mesmo superior.

    Depois do primeiro período equilibrado, o domínio foi dos Warriors e nunca mais deixou de o ser. Um ano depois de uma derrota complicada, com os Warriors a não conseguirem o título apesar de terem tido três jogos para o fazer, a equipa de Golden State só deixou a oportunidade de festejar o título uma vez, na única derrota nos playoffs, no jogo 4 em Cleveland. Regressados a casa, os novos campeões não permitiram que as dúvidas permanecessem e fecharam mesmo estas finais.

    E assim se fecha mais uma temporada da NBA. As finais eram previsíveis e o campeão também, algo que não agradará ao adepto comum e que, sejamos sinceros, fez destes playoffs um dos menos interessantes dos últimos anos. Porém, Kevin Durant (e os Warriors por consequência) tiveram aquilo que queriam e ninguém os pode culpar por quererem ser melhores. E foram mesmo melhores. Com dezasseis vitórias e uma derrota apenas nos playoffs, os Golden State Warriors são, novamente, os campeões da NBA!

    Foto de Capa: SLAM Magazine

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    António Pedro Dias
    António Pedro Diashttp://www.bolanarede.pt
    Tem 22 anos, é natural de Paços de Ferreira e adepto do SL Benfica. Desde muito pequeno que é adepto de futebol, desporto que praticou até aos 13 anos, altura em que percebeu que não tinha jeito para a coisa. Decidiu então experimentar o basquetebol e acabou por ser amor à primeira vista. Jogou até ao verão passado na Juventude Pacense e tem o Curso de Grau I de treinador de basquetebol desde os 19. O gosto pela NBA surgiu logo quando começou a jogar basquetebol e tem vindo a crescer desde então, com foco especial nos Miami Heat.                                                                                                                                                 O António escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.