Durante vários anos, foram muitos os cientistas envolvidos na tentativa de identificar quem provocou a extinção dos dinossauros. Na noite de sete de maio de 2018, milhões de espetadores assistiram, em direto, ao tira-teimas. Os dinossauros morreram devido a um homem. E esse homem chama-se LeBron Raymone James.
Desde o regresso a Cleveland, James tem-se tornado num destruidor de primeiros classificados. Aconteceu aos Hawks de 2016, aos Celtics de 2017 e, agora, aos Raptors de 2018. E a história é sempre a mesma: as equipas fazem uma grande fase regular, levando tudo à frente (inclusive os Cavs) e os peritos da NBA começam a duvidar da capacidade de LeBron James em levar uma equipa às finais. E depois chegam os playoffs. James passa a primeira ronda, como sempre, e ou na final ou na semi-final de conferência encontra o primeiro classificado. Em 2017, os Celtics ainda ganharam um jogo em Cleveland. De resto, todas as partidas acabaram com vitória para os de Cleveland.
O caso dos Raptors é, no entanto, especial. De esperanças renovadas todos os anos, a equipa de Toronto passeia pela fase regular pronta a derrotar o “bicho papão” chamado James. Porém, entram sempre num estado quase vegetativo, paralisam a ver o Rei dominar cada jogo como se estivesse a defrontar miúdos da primária. São dez vitórias seguidas e um recorde de 12-2 para os Cavs frente aos Raptors nos últimos três anos de playoffs.
Este era “O” ano para Toronto. Todos os jornalistas apontavam a melhor equipa do Este na fase regular como favorita. Dwane Casey, DeMar DeRozan e Kyle Lowry olhavam para este ano como a grande oportunidade. Chegou a segunda ronda, Raptors-Cavs e… tudo foi como era dantes. Toronto não conseguiu fechar o primeiro jogo e perdeu no prolongamento. Depois levou uma tareia de um super-LeBron no jogo dois, um game-winner em cima da buzina no jogo três e nova tareia no jogo quatro.
Em todos estes jogos, em todos estes anos, há algo constante: LeBron não gosta de dinossauros (nem do Canadá, provavelmente) e humilha os Raptors a cada oportunidade que pode. De génio do basquetebol, James torna-se num ser todo-poderoso frente a Toronto, entrando nos pesadelos de todo um país, enquanto se ri, diverte e, como se provou no jogo dois, improvisa novas formas de tortura a um povo que a única coisa que deseja é passar a ser visto como mais do que um país de hóquei no gelo. Desta vez, os Raptors devem mesmo ter chegado ao fim da estrada e a culpa, como todos viram, não foi de um meteoro ou das alterações climáticas. O culpado foi LeBron James.
Foto de Capa: Cleveland Cavaliers
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro