Philadelphia 76ers | Processo concluído?

    Os Philadelphia 76ers começaram a temporada 2020-2021 a todo gás, superando os Bucks e Nets, estando atualmente no primeiro lugar na Conferência Este, com um recorde de 13-6. Será evidentemente um posto complicado de assegurar até ao final da época, contudo os sinais até ao momento têm sido muito animadores, juntando às boas exibições, resultados muito convincentes.

    Aliás, a hashtag “#TrustTheProcess” parece que finalmente se irá desvanecer, ao passo que o processo, pelo que tudo indica, está mesmo perto de estar concluído. Naturalmente, há sempre espaço para evoluir e se for possível não tenho dúvidas que Doc Rivers irá procurar acrescentar talento ao seu plantel, contudo, os primeiros sinais deste 76ers renovado têm sido deveras positivo, juntando ao bom desempenho defensivo, novas dinâmicas ofensivas muito interessantes de observar.

    Os 76ers, de resto, prosperam em várias áreas esta época, ao passo que Rivers tem ao seu dispôr um plantel extremamente plurivalente, com as principais referências da equipa no topo da liga na respetiva valência que trás ao jogo. Ao nível dos ressaltos, por exemplo, a equipa de Philadelphia tem três jogadores no top 20 da liga, sendo eles Joel Embiid, Ben Simmons e Dwight Howard. Depois ao nível ofensivo, a presença de Danny Green no top 20 de jogadores com mais triplos efetuados, sublinha uma das principais melhorias da equipa relativamente à época passada, ao passo que Brett Brown não tinha nenhum jogador nesta lista em 2019-2020.

    Individualmente falando, os 76ers acrescentaram talento ofensivo que permitiu que o cerco às estrelas da equipa (Ben Simmons e Joel Embiid) ficasse menos cerrado, abrindo espaço para números ofensivos inatacáveis de Embiid, apresentando uma melhoria substancial até ao momento nos dois lados do campo.

    Atualmente, o poste camaronês tem em média 27.7 pontos, 11 ressaltos, 2.8 assistências e 1.4 desarmes de lançamento por jogo, cimentando-se como um candidato sério ao prémio de MVP esta temporada.

    Todavia algumas críticas no princípio da época pela sua baixa produtividade ofensiva, Ben Simmons, mantém-se uma peça fulcral no lado defensivo do campo. Seja pela sua versatilidade posicional, seja pelos números impressionantes que vai desenvolvendo termos de roubos de bola: esta época tem em média 1.6 steals por partida, Simmons ratifica-se como um jogador fundamental nas aspirações de Doc Rivers.

    A não esquecer, igualmente importante, como terceiro homem neste círculo de estrelas da «turma» dos 76ers, Tobias Harris. Tem médias assinaláveis de 20 pontos, 6.7 ressaltos e 2.8 assistências, culminando tudo com percentagens de 52.5% em lançamentos de campo e 46% em lançamentos de três pontos. Isto é também derivado da menor limitação que acarreta dentro das dinâmicas da equipa, uma vez que com Brett Brown, Tobias exercia trabalho de isolação com uma frequência demasiado grande, tendo agora com Doc Rivers um trabalho diferente sem bola, obtendo lançamentos mais fáceis a partir dos principais criadores da equipa.

    Depois, como uma equipa não funciona somente com três, quatro ou cinco jogadores, tem havido jogadores tais como Shake Milton ou até mesmo o rookie Tyrese Maxey, com um contributo bastante positivo. Para além disto, o acréscimo no plantel de atiradores de alto nível como Seth Curry e Danny Green têm sido a chave para o sucesso desta equipa.

    A equipa de Philadelphia, de resto, parece dar continuidade ao bom trabalho defensivo da época trasata, na medida em que ofensivamente, com o acréscimo de Seth Curry e Green, como atiradores de elevada notoriedade, vêm desenvolvendo novos mecanismos de “ferimento” nas defensivas contrárias.

    Tudo culminado, permite atualmente aos 76ers ser a quinta melhor defesa da liga e o 12.º melhor ataque, evoluindo nos dois parâmetros comparativamente à época transata, onde terminaram como o 13.º melhor ataque e a oitava melhor defesa da liga. Muito mérito disto, é também de Doc Rivers, que evidentemente tem gerido esta equipa com uma mentalidade vencedora e com uma visão mais simplista, possibilitando a melhor extração de talento do seu grupo de jogadores.

    Ainda assim, Rivers não é um treinador perfeito e a sua trajetória “nos momentos a doer” não é a melhor. Isto é, se por um lado podemos auferir uma temporada regular promissora para esta equipa, por outro lado, os playoffs não passam de uma incógnita. Ainda assim, de sublinhar que a presença de vários jogadores novos com outro traquejo para atuarem nesta fase da temporada, possa conferir outra viabilidade a quem prospera que os 76ers cheguem, porventura às finais de conferência ou até mesmo às finais da NBA.

    Foto de Capa: Philadelphia 76ers

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.