Todos os olhos a Norte

    Cabeçalho modalidadesChegou uma estrela e de seguida um conjunto de roleplayers de grande qualidade, mas a química não surgia. Um treinador considerado pela crítica como um mestre defensivo, mas a defesa era das piores da liga. Minutos que levavam os jogadores à exaustão. Expetativas que não estavam a ser cumpridas, mais uma vez. E, como por obra do acaso, tudo mudou no espaço de um mês e os olhos do mundo do basquetebol estão postos a norte e focados nos Minnesota Timberwolves.

    Mas o acaso não é responsável em nada pelo bom momento da equipa liderada por Tom Thibbodeau. O tempo esse, é o grande culpado por um basquetebol simples, mas eficaz, e por uma defesa que começa a ir de encontro ao que era esperado. A chegada de nomes como Jeff Teague, Taj Gibson ou Jamal Crawford tornariam qualquer equipa mais sólida mas, nenhum deles tem a capacidade para ser um líder. Esse líder, chegou de Chicago e é o homem ideal para levar os lobos ao sucesso. Jimmy Butler é o líder que os Timberwolves precisavam. Discreto, mas eficaz, conhecedor dos métodos de Thibbodeau, Butler consegue ser uma extensão do treinador dentro da quadra de jogo. O terceiro nome ideal para encaixar nos jovens e energéticos Andrew Wiggins e Karl-Anthony Towns. Em Wiggins, pode-se exigir maior eficácia e melhor escolha na hora de atirar ao cesto e, olhando para a estrutura física do jogador, pode e deve melhorar em termos defensivos. Para Towns, o caso defensivo é o mesmo. Mas esta é a questão que deve assustar tudo e todos na liga, sem exceção: as duas jovens estrelas ainda tem muito para crescer, sendo já jogadores de uma qualidade inquestionável. Para suprir esta questão, a experiência e frieza de Jimmy Butler é como disse anteriormente o encaixe perfeito. Teague e Gibson completam um cinco de competência que venceu os últimos doze de quinze jogos realizados.

    Jimmy Butler tem sido o líder perfeito para os Minnesota Timberwolves Fonte: NBA
    Jimmy Butler tem sido o líder perfeito para os Minnesota Timberwolves
    Fonte: NBA

    A questão passa então pelo banco dos T-Wolves. Crawford e Dieng são eficazes, trazendo por norma pontes nos dois casos e capacidade defensiva acima da média para o poste senegalês. Tyus Jones tem crescido a olhos vistos e é um bom suplente para Jeff Teague. Bjelica não sendo nada de especial, não é mau de todo. Fica claramente a faltar um small-forward que de facto contribua para esta equipa, não o que as pobres exibições de Shabazz Muhammad ofereceram no início da época e que reduziram a rotação da equipa a nove nomes. Assim, uma troca seria bem-vinda com a chegada de um nome que acrescentasse qualidade e ao mesmo tempo permitisse um maior descanso a Andrew Wiggins e Jimmy Butler. Nomes como Marco Belinelli ou Tyreke Evans podem ser a resposta.

    Nos próximos seis jogos, os Timberwolves jogam fora de portas por cinco vezes. Enfrentam equipas como os Houston Rockets, os Toronto Raptors, os LA Clippers, os Trail-Blazers e finalmente, os campeões em título Golden State Warriors. Depois destes jogos será possível ter mais certezas em relação à verdadeira qualidade e possíveis ambições dos lobos. Mas, neste momento, não é totalmente descabido pensar que esta equipa pode chegar às finais de conferência. Os Minnesota Timberwolves começam a assustar, o uivar do lobo é cada vez mais forte à medida que se aproxima do topo da cadeia alimentar da NBA e todos os olhos se viram para norte. A pergunta é: conseguem ficar no topo?

     

    Foto de Capa: NBA

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    Diogo Mota
    Diogo Motahttp://www.bolanarede.pt
    Um dia sonhou ser jogador de futebol. Hoje acredita que será capaz de ocupar uma cadeira enquanto treinador. Apaixonado eterno pelo Futebol Clube do Porto, encontra-se frequentemente presente nas bancadas do Estádio do Dragão, descobriu igualmente que amor também morava em White Hart Lane junto do Tottenham Hotspur. Em 2009 encontrou uma nova paixão na NBA, passando a torcer pelos New York Knicks, percorrendo demasiadas noites em claro a assistir à melhor liga do mundo. Não concebe a sua vida sem desporto, fazendo de tudo para procurar discutir seja futebol ou basquetebol. Acredita que a sua alma não seria a mesma se por algum motivo ficasse sem Sport TV.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.