A ascensão e queda de Nairo Quintana

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    No dia 16 de agosto de 2022, a Arkéa-Samsic anunciou a renovação de contrato com Nairo Quintana por três épocas. O colombiano ficava vinculado à equipa francesa até ao ano de 2025, completando um total de 6 anos pela formação Pro Continental. Contudo, tudo ia mudar no dia seguinte. Quintana era desclassificado do Tour de France devido a dois controlos antidoping onde acusou positivo pela presença de tramadol no organismo.

    O tramadol é uma substância proibida para consumo por ciclistas desde 2019, mas existe uma ressalva: o consumo não é considerado dopagem, pelo que “Nairoman” podia (e pode) continuar a correr.

    As infrações relativas à proibição de consumo do tramadol, em competição, constituem infrações ao abrigo das regras médicas da UCI. Não constituem violações das regras antidopagem. Por se tratar de uma primeira infração, Nairo Alexander Quintana Rojas não é declarado inelegível e, portanto, pode participar em competições– Pode ler-se em comunicado da União Ciclista Internacional (UCI)

    Ao princípio, a Arkéa apenas lançou um comunicado no qual repetia, basicamente, o que o comunicado da UCI dizia. Mas a 1 de outubro, Nairo confirmava que não ia continuar ao serviço da equipa francesa.

    O colombiano reiterou que é uma pessoa honesta, que não cometeu qualquer ilegalidade e que iria continuar a defender-se. E a 7 de outubro, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) rejeitou o recurso de Quintana, mantendo a decisão de anular o 6º lugar do líder da Arkéa na Volta à França, em 2022.

    E desde outubro, Nairo continua à procura de uma equipa, sendo associado a formações como a Medellín-EPM, na qual o compatriota Miguel Ángel López está a correr durante a época de 2023, mas também a equipas do World Tour como a Astana e até com a Corratec, uma formação italiana recém-promovida ao escalão Pro Continental e que recebeu um convite para o Giro.

    O L’Equipe associou mesmo Quintana às quatro equipas francesas no escalão máximo do ciclismo francês. Até um regresso à Movistar foi colocado em cima da mesa pelo próprio colombiano, em declarações à agência de notícias EFE.

    A verdade é que tive uma boa relação com eles. Tivemos oito anos de grande sucesso e porque não (regressar)? Mas continuamos a avaliar as opções” disse Quintana

    A Cyclingnews aponta mesmo uma certa “confusão” nas palavras de Quintana, uma vez que o colombiano tinha antes dado a entender que já estava num bom caminho para ser anunciado por uma equipa que lhe permitisse competir nas maiores provas do Mundo.

    O mesmo artigo da Cyclingnews aponta que à data (19 de novembro) a Movistar já tinha o bloco para 2023 fechado, tendo mesmo contratado Yvan Ledanois, que se distanciou publicamente de Quintana, abandonando a Arkéa ao mesmo tempo que o colombiano, mas com a salvaguarda de que as duas saídas não estavam relacionadas.

    E a 25 de janeiro, Nairo Quintana realizava a partir de Bogotá, uma conferência de imprensa que foi especulada, por diversos adeptos do ciclismo, como sendo o anúncio da reforma pelo ciclista que há 10 anos era perspetivado como um eventual vencedor do Tour e como o nome grande na luta contra a hegemonia da equipa SKY e, em particular, do britânico de Christopher Froome.

    CICLISMO COLOMBIANO: TREPADORES, MAS NÃO SÓ

    A Colômbia é um dos países com maior paixão pelo ciclismo. A imagem dos ciclistas colombianos como heróis nacionais não é, de forma alguma, uma tendência recente e que o diga Luís “Lucho” Herrera, vencedor da Volta à Espanha em 1987, tornando-se no primeiro colombiano de sempre a vencer uma Grande Volta. 

    O ciclismo colombiano sempre esteve muito associado à alta montanha, não fosse a Colômbia um país andino onde uma parte substancial da população habita no interior montanhoso do país, onde se localiza, de resto, a capital Bogotá. Aliás, a nação colombiana já conquistou a camisola da montanha no Tour e na Vuelta. Na Volta à Espanha de 1990 as três primeiras posições da classificação de melhor trepador, foram para ciclistas da Colômbia, com José Martín Farfán a terminar à frente de Álvaro Mejia e Pablo Emilio Wilches.

    Mas não é só nas montanhas que o ciclismo colombiano alcança resultados. Aliás a primeira grande conquista da Colômbia no ciclismo foi através do ciclismo de pista, com Martín Emilio “Cochise” Rodríguez a tornar-se campeão do Mundo de 4 mil metros de perseguição individual, na cidade de Varese, em Itália no ano de 1971.

    A Colômbia viria a estar igualmente bem representada nos contrarrelógios, com Santiago Botero a sagrar-se campeão do Mundo, em 2002. Atualmente, dois sprinters de elite no pelotão internacional (Fernando Gaviria e Álvaro Hodeg) são colombianos, com ciclistas como Sergio Higuita, com um perfil mais “explosivo”.

    NAIROMAN E A GERAÇÃO DE OURO DO CICLISMO COLOMBIANO

    Nairo Quintana nasceu a 4 de fevereiro de 1990, na cidade de Tunja, em Boyacá, sendo que passou maior parte da infância em Concepción. A história de como Quintana foi ganhando a experiência nas bicicletas é muito conhecida, com “Nairoman” a percorrer grandes distâncias diárias aos 15 anos de idade, para ir para a escola. O caminho não era nenhum piquenique, tendo terreno acidentado com rampas a chegar aos 8% de inclinação.

    Aos 19 anos, começava a carreira profissional na formação Boyacá Es Para Vivirla – Lecheboy e começou logo por se sagrar campeão colombiano de contrarrelógio no escalão sub-23 e marcou mesmo presença no Troféu Joaquim Agostinho desse ano. Em 2010, alcançava o seu primeiro grande sucesso em corridas por etapas, com a vitória na Volta à França do Futuro, conquistando as duas últimas etapas e devolvendo à Colômbia um título que fugia ao país desde 1985. O ciclista que corria pela Café de Colombia derrotou nomes como Mikel Landa, Romain Bardet e Andrew Talansky.

    Em 2012, Quintana começa a correr na Movistar e logo na primeira época no World Tour, conquista a Volta à Murcia, o Giro dell’ Emilia e a Route de Occitanie, sendo que o maior triunfo individual da temporada terá sido mesmo na 6ª etapa do Critérium du Dauphiné.

    O sucesso imediato do colombiano levou-o à Vuelta, onde iria vencer o contrarrelógio coletivo e teria um grande protagonismo na famosa etapa de Fuente Dé em que Alberto Contador atacou de longe para conquistar a geral e em que Quintana ajudou Alejandro Valverde a passar para segundo. Estava mais do que claro que Quintana era um ciclista preciosíssimo para a Movistar

    A GLÓRIA NAS TRÊS SEMANAS

    Em 2013, Nairo Quintana partia para o seu primeiro Tour, com o objetivo de apoiar Alejandro Valverde. “Nairoman” chegava em grande forma depois de uma época em que já tinha arrecadado vitórias em etapa na Volta ao País Basco (onde também conquistou a geral frente a ciclistas como Richie Porte e Alberto Contador).

    O colombiano não tardou a confirmar o momento de forma, com uma excelente performance na primeira chegada em alto da 100ª edição do Tour, na qual deu indicações de ser o único capaz de acompanhar o ritmo de um Chris Froome completamente dominante. Ficou até a impressão de que Quintana podia ter lutado pela vitória na etapa se não se tivesse deixado ficar para trás no apoio a Valverde.

    O destino do jovem Nairo seria moldado na etapa 13 desse Tour, quando Alejandro Valverde ficou apanhado num corte no pelotão em que perdeu 12 minutos, mas em que Quintana não foi obrigado a recuar para apoiar o murciano (ao contrário de Rui Costa, por exemplo). E na etapa 15, no mítico Mont Ventoux, Froome selava a vitória na geral, ganhando quase dois minutos a Contador. Quintana foi o único a chegar com menos de 1 minuto de atraso para o britânico, tendo sido o único capaz de lhe seguir a roda durante os últimos 5 km da subida.

    Quintana acabaria por ficar em segundo lugar, com as camisolas da montanha e da juventude na 1ª vez que participava no Tour de France, o que criou a expetativa de que Quintana acabaria por dominar a cena do ciclismo ao ponto de acabar por se tornar no primeiro colombiano de sempre a ganhar o Tour.

    E em 2014, foi mesmo o primeiro colombiano de sempre a conquistar o Giro. Terminou à frente do compatriota Rigoberto Urán, com Fabio Aru a fechar o pódio. Urán parecia ter a corrida bem encaminhada à entrada para a etapa 16, mas Quintana foi capaz de recuperar de uma desvantagem de 2 minutos e 40 segundos na chegada a Val Martello.

    Todavia, foi uma etapa envolta em controvérsia, pois o ataque de Quintana foi na descida do Stelvio, sendo que uma mensagem no Twitter oficial da corrida assinalava que a descida tinha sido neutralizada por questões de segurança (os ciclistas enfrentaram neve e chuva intensa nesse dia, com várias pessoas no pelotão a sugerir o cancelamento da etapa), levando o camisola rosa e restantes ciclistas da geral a baixar o ritmo. Quintana aproveitou para se colocar num grupo com vários ciclistas, incluindo Pierre Rolland e Ryder Hesjedal.

    Diversos Diretores Desportivos apelaram à penalização de Quintana, com outros a defender que a abordagem da corrida foi derivada da escolha individual dos ciclistas. A verdade é que Quintana venceu a geral e a classificação de melhor jovem nessa edição do Giro.

    “É verdade, estou feliz por todas as conquistas de todos os colombianos porque todos os colombianos e as pessoas de todo o Mundo descobrem o que a Colômbia é na realidade. A Colômbia é amor” – Disse Quintana em declarações após confirmar a vitória final no Giro.

    Em 2015, Nairo Quintana repetia o 2º lugar na geral do Tour, novamente atrás de Christopher Froome com o britânico a dominar a classificação geral nas primeiras duas semanas. Ainda assim, o colombiano da Movistar foi capaz de deixar Froome para trás de forma clara nas duas últimas etapas de montanha, terminando a pouco mais de um minuto do britânico na geral, depois de uma exibição de alto nível por parte de Quintana na etapa que findava no topo do Alpe d’Huez. Nairo repetia a vitória na classificação da juventude do Tour e tornava a bater Alberto Contador (e desta vez também) Vincenzo Nibali na geral.

    Começaram a ganhar força críticas em relação à forma de correr do colombiano, devido à falta de ataques. Numa era em que Contador atacava de todas as formas e feitios frente a um bloco dominador da SKY, a abordagem de Quintana era substancialmente mais comedida, com “Nairoman” a reiterar, por mais do que uma ocasião, que só atacava quando tivesse forças para o fazer.

    O facto de no Tour de 2016, Froome ter dominado a geral com uma corrida ganha, essencialmente, nos 54,5 km de contrarrelógio incluídos na “Grand Boucle” acentuou estas críticas. Quintana perdeu 3:15 para o britânico em duas etapas de esforço individual. De resto, poucos foram os ataques de “Nairoman”, nomeadamente na penúltima etapa em que podia tentar chegar a um novo 2º lugar.

    Em bom nome da verdade, Quintana tentou abalar as contas em seu favor na etapa 17, quando um Chris Froome completamente estelar se mostrou capaz de contra-atacar, para não referir o poderosíssimo bloco da SKY que parecia ser capaz de neutralizar qualquer ofensiva, sem sequer alterar o seu ritmo.

    De qualquer forma, foi com um ataque de longe na etapa 15 da Vuelta com chegada ao Aramon Formigal, que Quintana foi capaz de selar a sua segunda (e até hoje, última) vitória em provas de três semanas. O colombiano foi capaz de seguir um ataque de Alberto Contador, com as formações da Movistar e da Tinkoff-Saxo, a garantirem uma vantagem superior a 2 minutos sobre Froome, num dia em que mais de 90 ciclistas chegaram fora do tempo limite.

    Chegava 2017 e Nairo decidia que era o ano para tentar a dobradinha que ninguém alcança desde 1998, quando Marco Pantani venceu o Giro e o Tour no mesmo ano.  Quintana começou bem, com uma vitória clara no Blockhaus, mas tudo ficou virado do avesso logo depois do primeiro dia de descanso, quando perde quase três minutos num contrarrelógio com chegada a Montefalco. Desta vez, o vencedor, não era Christopher Froome, mas sim um neerlandês da Team Sunweb (atual DSM), chamado Tom Dumoulin.

    Não era a primeira vez que Dumoulin dava um ar da sua graça em corridas de três semanas, tendo perdido de forma dramática a Vuelta de 2015, no penúltimo dia, para Fabio Aru. Dumoulin era conhecido como um contrarrelogista de elite, mas as suas capacidades em Grandes Voltas eram muito pouco conhecidas. Ainda assim, o neerlandês entrava para a 100ª edição do Giro apenas a contemplar um lugar no top 10.

    Quintana foi capaz de adotar uma postura ofensiva neste Giro, talvez demasiado para os seus objetivos de época, com vários ataques em etapas como a 14, com chegada em Oropa, na qual Dumoulin foi capaz de deixar o colombiano para trás, marcando mais uma vez, a importância de um ritmo consistente em detrimento das mudanças de ritmo de Quintana.

    Apesar da “poopy stage” marcada pelos problemas intestinais de Dumoulin, Nairo ia perder essa Volta a Itália, novamente no contrarrelógio, desta vez na última etapa da corrida. O objetivo da dobradinha caía por terra antes de sequer começar a voar. Ainda assim, Quintana foi ao Tour, terminando fora do top 10, numa prova em que passou essencialmente despercebido.

    PROBLEMAS NA MOVISTAR E QUEBRA DE RESULTADOS

    2018 marcava o início de uma certa falta de brilhantismo no desempenho de Quintana. O colombiano ficava no 10º lugar do Tour de 2018, ficava fora do top 5 da Vuelta do mesmo ano e até nas outras corridas, os resultados começavam a estagnar. Apesar disso, alcançou uma excelente vitória na 17ª etapa da Volta à França, em Saint Lary Soulan. Nessa ocasião, Quintana partiu a 14,7 km da meta na roda de Daniel Martin, pelo que “Nairoman” foi apanhando homens pela subida acima, confirmando a segunda e última vitória do ano.

    Foi na época de 2018 que teve início uma rivalidade que marcou os últimos anos do colombiano na Movistar. Mikel Landa chegava à equipa espanhola, depois de um ano em que venceu a camisola da montanha no Giro e apenas falhou o pódio do Tour por 1 segundo, enquanto gregário de Froome. O ciclista basco tinha acabado o Giro de 2015 no pódio, pelo que chegava à equipa de Eusébio Unzué com ambições.

    O documentário “O Dia que Menos se Espera” analisa as temporadas da Movistar e deu a conhecer tensões entre Quintana e Landa, sobretudo em 2019. Aliás, é nessa edição do Tour que ocorre uma das decisões mais incompreensíveis da equipa espanhola. Na etapa 18, Quintana estava incluído numa fuga numerosa que chegou a ter 7 minutos e meio de vantagem para o pelotão. “Nairoman” tinha 9 minutos e meio de atraso para a camisola amarela, mas a consistência da fuga permitia ao colombiano espreitar um lugar no pódio ou até algo melhor,

    Todavia, no Col d’Izoard, penúltima subida do dia, a Movistar decidiu perseguir o próprio corredor, com Marc Soler a assumir a dianteira do pelotão com Landa na roda. O basco estava melhor colocado na geral, mas nada justificava que a antiga equipa de Miguel Indurain fizesse o trabalho de perseguição.

    “Partimos com a ideia de servir de ponte para o Mikel. Quando viram que tínhamos espaço suficiente, baixaram a velocidade atrás e apostaram na minha vitória (…) Quando tens várias cartas, acontecem coisas destas. É preciso perguntar aos diretores”- Disse Quintana, após a etapa, de acordo com o “AS”.

    No Izoard vimos que alguém que estava a sofrer e acelerámos, depois mudámos a estratégia. Ninguém se movimentou até ao fim; Nairo estava fugido e por isso, as pessoas estavam nervosas, há que respeitá-las. Disse Landa após a etapa, segundo a Antena 2 (espanhola)

    Em 2019, Quintana tornou a ficar na segunda metade do top 10 do Tour, num ano em que a “Grand Boucle” foi finalmente conquistada por um colombiano: um jovem de 23 anos chamado Egan Bernal, ciclista da INEOS, a antiga SKY. Uma Movistar a espelhar muito a exibição de 2018, com a aposta no “tridente” Valverde-Landa-Quintana, uma escolha que deixou a Movistar sem rumo por duas edições consecutivas do Tour.

    Em 2020, Quintana começa a aventura no 2º escalão do ciclismo profissional, com a Arkéa. Nairo tinha a liderança indiscutível no Tour, mas também a certeza de que era a única volta que conseguiria disputar, a não ser que a formação francesa recebesse um “wild card” improvável para uma das outras duas. 

    O colombiano começou em grande a época com uma vitória dominante no Tour de la Provence, batendo ciclistas como Thibaut Pinot, Alexey Lutsenko, Hugh Carthy e Aleksandr Vlasov por mais de minuto e meio no Mont Ventoux. Na última corrida do World Tour antes da interrupção das corridas devido à pandemia da COVID-19, Quintana conquistou a vitória na última etapa do Paris-Nice, batendo de forma clara ciclistas como Bardet, Nibali e Richie Porte, com este último a fechar o pódio do Tour, cerca de cinco meses depois.

    No regresso à competição, Quintana fechou no pódio do Tour de l’Ain, apenas atrás de Bernal e de Primoz Roglic, os dois maiores candidatos à edição desse ano do Tour. Na “Grand Boucle” Quintana esteve bem até à etapa 15, quando quebra na chegada ao Grand Colombier e perde quase 4 minutos para Tadej Pogacar, vencedor da etapa. 

    Esta quebra de desempenho esteve relacionada com uma lesão no joelho que o colombiano contraiu devido a uma queda na etapa 13 dessa edição do Tour, agravando uma lesão contraída no início de julho que o deixou uma semana sem treinar, tendo sido atropelado enquanto treinava. O “Nairoman” teve mesmo de ser operado aos dois joelhos, devido a fraturas na cartilagem.

    Na Arkéa, Nairo foi capaz de alcançar bons resultados, sobretudo em corridas francesas, mas no que a três semanas diz respeito, estava uma sombra do que em tempos foi. E não parece ter sido apenas uma questão respeitante à qualidade do colombiano, mas também respeitante ao aumento da qualidade geral do pelotão, parecendo complicado que mesmo num cenário de regresso à melhor forma, que Nairo consiga fazer frente a ciclistas como Pogacar, Vingegaard e até Evenepoel, nem que seja por uma questão de idade e das suas debilidades no contrarrelógio.

    O FUTURO

    Na conferência de imprensa do dia 25 de janeiro, Nairo Quintana não anunciou a reforma. Pelo contrário, frisou que vai continuar à procura de equipa. Aliás, o antigo vencedor do Giro e da Vuelta já conta com um 3º lugar nos campeonatos nacionais de estrada da Colômbia, batido apenas por Daniel Martinez e por Esteban Chaves.

    Nesta segunda feira, o CycingUptoDate referiu a existência de rumores de que Nairo Quintana pode rumar à Trek-Segafredo para substituir Antonio Tiberi, italiano de 21 anos saiu da Trek, depois de ter sido divulgado que o jovem ciclista matara a tiro o gato do Ministro do turismo de São Marino. O mesmo site fala de rumores a associar Quintana à Bahrain-Victorious.

    Só o futuro dirá como irá culminar a carreira do ciclista que há 10 anos estava predestinado a ganhar o Tour e que hoje parece que não o irá voltar a correr. “Nairoman” nunca perdeu o apoio dos colombianos.

    “Estou em boa forma para continuar(…) Um ciclista não desiste perante as adversidades, considero-me um lutador. Vou continuar a lutar para competir, sou um corredor honesto”

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    Filipe Pereira
    Filipe Pereira
    Licenciado em Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o Filipe é apaixonado por política e desporto. Completamente cativado por ciclismo e wrestling, não perde a hipótese de acompanhar outras modalidades e de conhecer as histórias menos convencionais. Escreve com acordo ortográfico.