A bala mais certeira: A carreira de Alejandro Valverde

O INÍCIO

Alejandro Valverde obteve bons resultados, desde os tempos de júnior. Uma vitória aos 17 anos na “Gipuzkoa Klasikoa” (prova basca de renome nos escalões de formação) e dois vice-campeonatos nacionais de contrarrelógio prometiam um futuro interessante para o jovem murciano

Valverde iniciou a carreira profissional em 2002, ao serviço da Kelme – Costa Blanca. Não obteve qualquer vitória nessa época, mas conseguiu diversos resultados de relevo, nomeadamente naVolta a Espanha, marcando a estreia do espanhol em corridas de três semanas.

O “Bala” atingiu o primeiro alvo em fevereiro de 2003, quando ganhou a classificação geral do “Challenge” de Maiorca. Foi um ano de revelação para o ciclista espanhol que, aos 23 anos, foi vice-campeão do Mundo (batido apenas pelo compatriota, Igor Astarloa), ganhou duas etapas e o prémio da combatividade na Vuelta.

Os top 10 nos Mundiais e as vitórias de etapa nas Grandes Voltas tornaram-se um hábito para Valverde e apareceram logo em 2004, ano em que arrasa na Volta a Burgos. Em 2005, mudou-se para a estrutura que hoje é designada de Movistar Team.

À PROCURA DA GLÓRIA EM GRANDES VOLTAS

Em 2005, Alejandro Valverde tem um dos episódios mais marcantes da carreira: um frente a frente com Lance Armstrong. O murciano participava pela primeira vez na Volta a França e numa etapa com chegada em alto nos Alpes, foi capaz de aguentar e ganhar num grupo com nomes como Francisco Mancebo e Ivan Basso.  Valverde mostrou ao Mundo a excelente ponta final que Espanha já conhecia.

NaVuelta de 2006, Alejandro Valverde alcançava o primeiro pódio da carreira em três semanas. A prova rainha do ciclismo espanhol revelar-se-ia um talismã para o murciano. Dos oito pódios alcançados, seis foram na Vuelta, sendo que apenas por uma vez ocupou o lugar mais alto. Em 2009, Alejandro Valverde ganhou a Volta a Espanha, batendo Samuel Sánchez e Cadel Evans.

Apenas 6 anos depois é que Valverde conseguia fazer pódio no Tour, quando nem sequer era o líder da Movistar (foi gregário de luxo para Nairo Quintana). Em 2016, participou pela primeira vez na Volta a Itália e juntou-se a um grupo restrito de 19 ciclistas que, em toda a história, fez pódio nas três grandes voltas.

Em 2019, Alejandro Valverde alcança o último pódio da carreira em provas de três semanas ao alcançar um segundo lugar, apenas batido por um tal Primoz Roglic.

Filipe Pereira
Filipe Pereira
Licenciado em Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o Filipe é apaixonado por política e desporto. Completamente cativado por ciclismo e wrestling, não perde a hipótese de acompanhar outras modalidades e de conhecer as histórias menos convencionais. Escreve com acordo ortográfico.

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