Chegaram os monumentos no mundo do ciclismo! Este sábado, em Itália correu-se a Milan-Sanremo, prova que consta no calendário do World Tour. Esta que é a clássica mais extensa de todo o calendário ciclístico, com cerca de 291 km de extensão.
É também a clássica das chamadas “cinco grandes” em que os puros velocistas têm maiores chances de êxito. Ao longo dos anos foram vários os nomes de sprinters que ganharam esta prova: Démare, Degenkolb, Kristoff ou Cavendish são alguns exemplos.
Na prova deste ano os olhos estavam postos acima de tudo na equipa belga da Deceuninck- Quick-Step, são eles quem têm dominado as clássicas deste início de época, portanto teria que haver atenção redobrada.
A clássica teve uma fuga de dez homens: Hentala, Maestri, Masnada, Peron, Planet, Poli, Raggio, Sagiv, Schonberger e Tonelli, eram estes os escapados.
A fuga teve uma vantagem superior a oito minutos para o pelotão. O trabalho da Lotto Saudal, Bora Hansgrohe e da Deceuninck-Quick-Step, na parte final, foi importante para anular a desvantagem existente.
Numa parte mais dura, a fuga começou a desentender-se e Fausto Masnada da Androni Giocatolli saiu numa tentativa a solo. Entrou na subida da Cipressa sozinho, mas foi alcançado a meio da mesma pelo pelotão.
Faltavam 25 km para o final da prova, o pelotão estava finalmente compacto. Pouco depois Niccolo Bonifazio, o italiano da Direct Energie tentou a sua sorte e ainda teve uma vantagem de 20 segundos, mas que foi insuficiente e acabou por ser alcançado com cerca de dez quilómetros para o final.
Chegava então a parte mais interessante da etapa, onde se ia perceber se era um sprinter ou um puncheur que iria ter sucesso no final. A subida do Poggio com 3.8% de inclinação média e com 8% de inclinação máxima, durante 3.6 km.
O ritmo era bastante elevado, colocado pela Deceuninck-Quick-Step. Muitos sprinters, incluindo Elia Viviani, o campeão italiano, estavam a ficar para trás. A corrida ficou mexida, com as movimentações de Simon Clarke e de Julian Alaphilippe. Peter Sagan, Kwiatkowski, Wout Van Aert, Valverde, Oliver Naesen e Matteo Trentin seguiram os dois fugitivos.
No final, foi ao sprint que se decidiu, com cerca de dez elementos, Julian Alaphilippe conseguiu arrecadar o seu primeiro monumento da carreira. Num grupo em que estavam nomes como Peter Sagan ou Trentin, que teoricamente são superiores ao francês no que toca a finais ao sprint.
Que início de temporada fantástico para Alaphilippe, já leva sete vitórias! É ele o ciclista com mais vitórias na temporada 2019. Sendo esta a 25.ª vitória da sua carreira! E que vitória!
Classificação:
1. Julian Alaphilippe (Deceuninck-Quick-Step) 6:40:14
2. Oliver Naesen (AG2R La Mondiale) m.t.
3. Michal Kwiatkowski (Team SKY) m.t.
4. lugar- Peter Sagan (Bora-Hansgrohe) m.t.
5. lugar- Matej Mohoric (Bahrain Merida) m.t.
Foto de Capa: Deceuninck – Quick-Step / Tim De Waele / Getty Images