Antevisão Giro d’Italia: Os favoritos à conquista em 2021

    OUTSIDERS

    João Almeida e Remco Evenepoel (Deceuninck-Quick Step) – A equipa deverá apoiar o português para as contas da geral, depois da sua brilhante exibição na edição passada. João Almeida deverá começar logo na frente, face aos adversários, depois do primeiro dia de contrarrelógio. Esta edição terá etapas de dureza extrema, o que dificultará a vida ao caldense, no entanto, deverá acabar no top dez. Remco Evenepoel irá fazer a sua primeira prova, depois da sua grave queda em 2020, precisamente em itália, no Giro da Lombardia. Existem muitas dúvidas quanto à sua forma física, na sua primeira prova de três semanas. Se estivesse na forma que se viu no início do ano transato, seria claramente um dos grandes favoritos, mas é uma incógnita. A equipa belga vem ainda com James Knox e Fausto Masnada, apostando todas as fichas na classificação geral, o que não costuma acontecer.

     

    Vincenzo Nibali e Mollema (Trek-Segafredo)–  O Tubarão de Messina foi operado há pouco tempo e não se sabe se recuperou totalmente. Terminou em 7.º lugar na edição passada. Nesta temporada pouco vimos do experiente corredor da Trek. Mollema já venceu por duas ocasiões nesta temporada e é um corredor acostumado a estas andanças. A sua primeira participação no Giro ocorreu em 2010, com um 12.º lugar na altura. Depois disso, alcançou um sétimo lugar em 2017 e um quinto lugar em 2019. A equipa vem com um bloco interessante, acima de tudo na média montanha, com Giulio Ciccone, Brambilla e Ghebreigzabhier.

    George Bennett (Jumbo-Visma)- Esta época ainda não obteve um resultado digno às suas capacidades. Vai assumir a liderança da Jumbo-Visma na competição, onde já fechou no oitavo lugar em 2018. Não traz o melhor dos blocos para a montanha, visto que a equipa contará com vários corredores de apoio aos dois sprinters, David Dekker e o regressado Groenewegen.

    Pavel Sivakov (Ineos Grenadiers)- Se Bernal falhar, está aqui a solução. O russo lideraria se estivesse noutra formação e já fez o Giro em 2019, onde fechou no nono lugar da geral. Obteve o melhor resultado, até ao momento, no Tour dos Alpes, com um sexto lugar final.

    Pello Bilbao (Bahrain-Victorious)- O espanhol adora esta competição, onde já venceu duas etapas em 2019. Na edição passada, liderou a Bahrain, acabando no quinto posto. Esta temporada tem estado em grande forma, com um triunfo no Tour dos Alpes e várias boas exibições. Se Mikel Landa tiver algum infortúnio, a equipa deverá focar-se em Bilbao. É um dos melhores ciclistas no que toca a descidas, candidato a top dez, mas se as coisas começarem a correr mal é corredor para se intrometer nas fugas e vencer uma ou duas etapas.

    Formolo (UAE Team Emirates)- O italiano lidera a equipa da Emirates, que irá dividir-se em dois blocos, um para a montanha e outro para os sprints. Esta temporada não fez nada de exuberante, mas já sabe o que é fechar no top dez de grandes voltas.

    Emanuel Buchmann (Bora-Hansgrohe)- Correu duas provas por etapas em 2021, ficando às portas do top dez em ambas. Vai para a sua oitava participação em grandes voltas. Terminou apenas por uma vez no top dez, concluindo no quarto lugar do Tour de 2019. Não tem a melhor equipa para o ajudar, longe disso, visto que o objetivo principal será a “maglia ciclamino” ou camisola dos pontos para Peter Sagan.

    Jai Hindley e Romain Bardet (Team DSM) – O australiano Jai Hindley fechou em segundo lugar na última edição do Giro, apenas superado por Tao Hart no contrarrelógio final. Não tem estado ao seu melhor nível esta temporada, mas pode ser um nome importante nas etapas mais duras. Romain Bardet esteve bem no Tour dos Alpes e deverá andar com os melhores no Giro. Esta é a sua primeira temporada na Team DSM e  quererá mostrar serviço. O francês é candidato a top dez, se nada de anormal acontecer. 

    Dan Martin (Israel Start-Up Nation)- Terminou no quarto lugar da Volta à Espanha em 2020 e já é por hábito um dos nomes de referência para as grandes voltas. Esta época tem estado longe do seu valor real, mas algumas etapas deste Giro deverão assentar-lhe bem. O irlandês participou por uma ocasião no Giro, no longínquo ano de 2010, terminando num modesto 57.º lugar. Irá, certamente, melhorar esse lugar, mas se as coisas começarem a correr mal na segunda semana, é provável que termine apenas no top 15/20.

    Marc Soler (Movistar Team)- O espanhol vai assumir-se como o líder da Movistar na prova italiana. Vem com um bloco interessante e que tem estado a andar bem, especialmente Einer Rubio e Antonio Pedrero, que estiveram a grande nível na Volta às Astúrias. A experiência de Dario Cataldo, Davide Villella e de Nélson Oliveira serão essenciais nesta equipa. O anadiense teve prestações de qualidade em Espanha, acabando no segundo lugar na Volta à Comunidade Valenciana e no nono lugar da geral das Astúrias. Soler estreou-se a ganhar, em etapas, na Vuelta de 2020, após um ataque a solo bem sucedido. A sua melhor classificação numa grande volta é um nono lugar na Vuelta de 2019.

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    André Filipe Antunes
    André Filipe Antuneshttp://www.bolanarede.pt
    O André é licenciado em Marketing e Publicidade e um fã incondicional de ciclismo. Começou desde pequeno a ter uma paixão pelo desporto, através do futebol. Chegava a saber os plantéis de todas as equipas da Primeira Liga! Com o tempo, abriu-se o horizonte e o interesse para outros desportos, como o Ciclismo, o Futsal e, mais recentemente, a NBA. Diz que no Ciclismo existem valores e táticas que mais nenhum desporto possui e ambiciona um dia ter a oportunidade de assistir ao vivo a um evento deste calibre.