Ciclismo | Jornada de Europeus e Mundiais termina com Julian Alaphilippe no topo

    Sobre nações vitoriosas, referir o triunfo da Alemanha sobre a Holanda e Itália na prova de contrarrelógio misto.

    A derradeira jornada da carreira de Tony Martin terminou com um belo momento, colocando a cereja no topo de um bolo que se traduz, indiscutivelmente, num dos melhores contrarrelogistas do presente século.

    Relativamente aos escalões jovens, importa destacar alguns resultados, sobretudo numa perspetiva futura. A tal veia vitoriosa da Itália claramente que tem uma explicação, e essa talvez passe por aqui. A aposta na formação abrilhantou-se com a corrida sub-23: Filippo Baroncini sucedeu ao compatriota Samuele Battistela. Decore bem o nome, pois são 21 anos e já com um contrato com a Trek-Segafredo. Michele Gazoli e Luca Colnaghi, a par do grande vencedor, terminaram nos 10 primeiros classificados, mostrando ao mundo do ciclismo que a Itália está aí para as curvas… sprints, subidas, contrarrelógios, tudo.

    Contudo, a primeira medalha da história da Eritreia é talvez o ponto de maior destaque não só desta corrida, como dos escalões jovens. Biniam Ghirmay, com um excelente sprint num grupo reduzido, conquistou a segunda posição na competição, isto na semana em que se ficou a saber que o Ruanda vai receber o Campeonato do Mundo de 2025: as boas notícias chegaram em abundância para os entusiastas desta modalidade em África.

    Já nos Juniores encontramos o melhor resultado dos portugueses. António Morgado é um nome sonante dentro das camadas jovens nacionais e voltou a demonstrar o porquê disso mesmo na Flandres. Uma prestação sólida e fora de um habitat totalmente proporcional às suas capacidades culminou com um honroso sexto lugar – o vencedor foi Per Strand Hagenes -.

    Saltando para os Europeus e já depois de referidas as vitórias nas elites masculinas e femininas, há que aludir o padrão de prestações positivas de jovens como o já mencionado Baroncini (segundo classificado atrás de Thibau Nys na prova em linha).

    Mas também de Erik Fetter (uma das caras que promete elevar o ciclismo húngaro para outro nível), Johan Price-Pejtersen (vencedor dos dois contrarrelógios das competições em causa) ou Lennert van Eetvelt (pela sua consistência nos resultados apresentados).

    Já em moldes femininos no ciclismo, a vencedora Silvia Zanardi e Blanka Vas, húngara no escalão sub-23/Elites ou Linda Riedmann e Zoe Backsted nas juniores são os principais nomes a reter.

    A bolha de resultados nas mais variadas plenitudes destas competições fica desta forma desmistificada. Setembro termina com selo das maiores e menores nações do ciclismo mas não significa que o espetáculo tenha acabado, sobretudo quando ainda existe um Paris-Roubaix para ser ultrapassado no próximo sábado. Prepare-se!

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    Ricardo Rebelo
    Ricardo Rebelohttp://www.bolanarede.pt
    O Ricardo é licenciado em Comunicação Social. Natural de Amarante, percorreu praticamente todos os pelados do distrito do Porto enquanto futebolista de formação, mas o sonho de seguir esse caminho deu lugar ao objetivo de se tornar jornalista. Encara a escrita e o desporto como dois dos maiores prazeres da vida, sendo um adepto incondicional de ciclismo desde 2011.