Do Branco ao Amarelo: A afirmação de Emanuel Duarte

    Emanuel Duarte é um dos principais destaques do verão ciclístico português. Desconhecido por muitos até à sua bela exibição no Alto da Torre na Volta a Portugal, o ciclista de 22 anos impressionou com o seu triunfo suado na Branca da Juventude da Volta a Portugal e acabou agora com qualquer dúvida que ainda subsistisse sobre o seu potencial com uma autoritária conquista da Volta a Portugal do Futuro.

    Foi um desfecho que se começou a desenhar logo ao primeiro dia, quando se intrometeu numa fuga com outros nomes importantes do panorama sub23 nacional e que viria a ser decisiva para as contas finais. Com vantagem clara sobre o pelotão, fez a diferença para os companheiros de escapada à base da força, lançando-se em solitário para a vitória na etapa e para a Amarela, que envergaria de fio a pavio.

    Com uma vantagem saudável, pode a partir daí gerir a corrida, beneficiando de ter uma das mais fortes equipas presentes. Um segundo dia acidentado viu Rafael Lourenço triunfar a solo, mas poucas diferenças entre os favoritos. Já terceira jornada foi dupla, com um sprint pela manhã, em que foi mais rápido o argentino Luciano Martinez, e um contrarrelógio tardio.

    Emanuel Duarte, Hernani Broco e Gonçalo Leaça, os rostos de uma LA dominadora
    Fonte: Volta a Portugal/Podium

    No esforço solitário contra o cronómetro, Gonçalo Leaça impôs-se com clareza, contabilizando menos 21 segundos que o segundo classificado. Emulando o bom desempenho que já tinha demonstrado na Volta de Elites, Emanuel Duarte foi o terceiro classificado e cimentou ainda mais a sua superioridade no topo da tabela.

    Finalmente, ao último dia, a machadada final – como se ainda fosse precisa… – deu-a ao ataque na subida ao Cabeço do Mouro, vincando ainda mais a diferença para a concorrência e chegando à meta junto do seu colega Gonçalo Leaça, apenas atrás do único resistente da fuga do dia, Miguel Salgueiro, e a ganhar ainda mais uns segundos aos adversários da Geral.

    Pode-se dizer que foi uma exibição de gala do algarvio: imponente na montanha e capaz de se defender perfeitamente no contrarrelógio, impressionou também pela vertente tática, sabendo como e onde mexer para ditar a lei da corrida.

    Alheia a esse domínio não foi a prestação de todo o conjunto da LA Alumínios. No segundo ano às ordens de Hernani Broco, a equipa composta por um grupo muito jovem está a mostrar uma evolução clara e capacidade crescente para discutir as corridas e também o seu Diretor Desportivo está de parabéns, culminando com esta fantástica vitória um ano muito acima das expectativas de início de época.

    Foto de Capa: Volta a Portugal/Podium

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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