Etapas que marcam: Aguenta, Rui!

    À falta de seis quilómetros para a meta, também a RadioShack de Schleck se chega à frente para endurecer a corrida. Jakob Fuglsang é o homem que toma a dianteira do grupo e acelera, deixando ciclistas em dificuldades por todo o lado. Pouco depois da entrada ao serviço do dinamarquês, alcançam Velits, assegurando que mais uns segundinhos de bonificação estarão em disputa.

    Rui Costa finalmente cede e começa a ver os adversários recuperarem-lhe tempo. Frank Schleck não perde a deixa e rapidamente reage, atacando. Na roda leva Mikel Nieve e a eles junta-se Levi Leipheimer. É um grupo de elite, este que se destaca, e que, em Schleck e Leipheimer, conta com os dois vencedores anteriores desta prova.

    A corrida passa a fazer-se a dois tempos: na frente, Schleck é o motor do grupo, fazendo tudo para roubar uns segundos extra a Costa, que, por seu lado, coloca o seu ritmo e tenta manter-se na luta pela Geral, contando para isso com o apoio de Alejandro Valverde. O seu mais consagrado colega de equipa parece com melhores pernas que o português, mas não se inibe de fazer um papel secundário e servir de gregário para tentar levar Rui Costa à vitória final.

    Schleck e Leipheimer foram os principais perigos ao ataque em Arosa
    Fonte: Quick-Step Floors

    A dois quilómetros do fim, a diferença entre grupos já é de um minuto e dezoito segundos e Schleck o líder virtual, pelo que o luxemburguês faz uma última aceleração nos metros finais. Quem sai a ganhar são os seus colegas de ataque, que o ultrapassam no final para serem eles os beneficiados pelas bonificações de segundo e terceiro da jornada.

    Começa a espera pelo líder e, entretanto, vão aparecendo outros ciclistas, entre eles Gesink que não é capaz de rematar o trabalho da sua equipa, mas, ainda assim, é dos que mais perto da frente termina. Finalmente, Rui Costa é o 14.º a cruzar a meta, a mais de dois minutos do vencedor Albasini, mas a menos de um minuto do grupo de Schleck e, por isso, conseguia o hercúleo feito de se manter de amarelo.

    À entrada da última jornada, teria para se defender 14 segundos sobre Schleck e 21 sobre Leipheimer. Num dia acidentado, mas com muito menos dureza, não passaria dificuldades de maior e confirmaria uma das maiores vitórias da história do ciclismo português. Uma vitória cujas bases foram construídas com uma exibição combativa e de sofrimento em Arosa. 

    Foto de Capa: Movistar Team

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