A 107ª. edição do Giro d’Itália finalizou e trouxe com ela vários destaques individuais, alguns surpreendentes, outros nem tanto.
A nível geral individual, cedo se percebeu que um dos principais candidatos iria confirmar o seu favoritismo e, por isso, é a primeira figura a salientar de uma lista de cinco destaques que apresentamos.
- Tadej Pogacar
O esloveno foi primeiro desde a segunda etapa e nunca mais largou a camisola rosa. O líder da UAE Team Emirates que já tinha vencido duas edições do Tour, em 2020 e em 2021, mostrou na estreia na Volta Italiana um domínio avassalador. Vencedor de seis etapas, rei da montanha e vitórias na geral com quase dez minutos de vantagem sobre o segundo.
Depois do Tour, onde tem um rival à altura, Vindergaard, Pogacar parece ter encontrado um filão no Giro para continuar a vencer as grandes voltas.
- Jonathan Milan
O sprinter bisou na camisola verde. O ciclista da Lidl-Trek conseguiu aumentar o número de vitórias, de uma para três, e ainda fez quatro segundos lugares. Aos 23 anos, Milan tem tempo para se consolidar como um dos grandes sprinters do pelotão internacional.
- Daniel Martinez
O colombiano da Bora-hansgrohe fez o primeiro grande resultado numa grande volta. Sem capacidade como os outros para rivalizar com Pogacar, Daniel Martinez conseguiu segurar o segundo lugar na geral individual. Daniel Martinez fez vários top 10 em etapas, sem ter ganho qualquer uma, mas desde o final da oitava etapa que era o segundo na classificação geral.
- António Tiberi
O jovem ciclista da Bahrain – Victorious conseguiu vencer a camisola da juventude e fazer quinto na geral individual. Com 22 anos, Tiberi estreou-se desta forma no Giro, depois de duas participações na Vuelta, onde conseguiu dois top 10 na etapa inicial de contrarelógio.
O atleta conseguiu estar nos dez primeiros, em quatro etapas, duas delas em linha. Mais um talento para o futuro, nomeadamente no contrarrelógio, mas que bem trabalhado pode dar um bom líder de equipa para as grandes voltas.
- Tim Merlier
Voltando aos sprinters, o ciclista da Soudal-Quickstep conquistou três tiradas na edição do Giro, depois de uma na estreia. A mítica etapa final em Roma foi para Merlier.
Sem a mesma preocupação em amealhar pontos como Jonathan Milan, o belga acabou em terceiro na geral dos pontos e somou mais duas presenças no top10 em etapas. O sprinter entrou tarde no World Tour, porém ainda vai a tempo de garantir mais alguns êxitos nas grandes voltas e outras competições no escalão principal do ciclismo mundial.