Há mais ciclismo para além do Tour de France

    Depois viramos agulhas para o empedrado, a prova é a Ronde Van Vlaanderen ou Tour de Flandres.

    Para se ter uma noção exacta desta clássica, toda a Bélgica pára para assistir a esta prova, é a prova rainha daquele país e segunda maior prova de pavê.

    Esta prova é para especialistas em pavê (estradas empedraras) e onde a dureza é a palavra de ordem, sinónimo dessa dureza são os míticos sectores de pavê, Kopenberg, Kwaremont,Kapelmuur,Paterberg,que fazem desta prova uma das mais espectaculares do ano.

    Nesta prova centenária (primeira edição em 1913) 6 ciclistas dividem o recorde de vitórias, são eles Tom Boonen, Achiel Buysse, Fabien Cancellara, Eric Leman, Fiorenzo Magni e Johan Museeuw, todos eles com 3 vitórias na prova, os belgas naturalmente são quem domina esta prova com um total de 68 vitórias.

    Philip Gilbert, vencedor este ano do tour de Flandres, depois de uma ataque a mais de 60 km da meta numa as vitórias mais épicas da sua carreira! Fonte: Philip Gilbert
    Philip Gilbert, vencedor este ano do tour de Flandres, depois de uma ataque a mais de 60 km da meta numa as vitórias mais épicas da sua carreira!
    Fonte: Philip Gilbert

    Continuando no pavê segue-se a prova rainha desta categoria, o Paris-Roubaix.

    Iniciada em 1896 é das provas mais antigas do ciclismo e a mais mediática prova de um dia. Conhecida como o inferno do norte, a Paris-Roubaix é não só o expoente máximo das clássicas do norte como também é o culminar de semanas de provas em pavê.

    Tem diversos sectores de pavê, onde a selecção dos ciclistas mais fortes é logo feita, terminando a corrida no Velódromo em Roubaix. Dos ciclistas mais badalados desta competição destacam-se dois belgas, Tom Boonen e Roger de Vlaeminck com 4 vitórias cada, sendo que Tom Boonen em 2012 tem das vitórias mais espectaculares da
    competição, arrancando a solo a cerca de 50km da meta e conseguindo uma das vitórias mais bonitas da sua carreira. Mas a grande vitória nesta prova pertence a Dirk Demol que venceu a prova depois de ter estado 222km em fuga!

    Existe em França uma associação chamada Les Amis de Paris-Roubaix, e é graças a eles que os sectores de pavê sobrevivem, dado que há adeptos que no final das corridas levam os paralelos para recordação, é esta mesma associação que volta a repor, ajudando assim a esta mítica prova a prosseguir com tanto entusiasmo e espectáculo, ano após ano.

    Paris-Roubaix, a dureza da prova espelhada na face deste ciclista Fonte: Paris-Roubaix
    Paris-Roubaix, a dureza da prova espelhada na face deste ciclista
    Fonte: Paris-Roubaix

    De França saltamos novamente para a Bélgica e para a rainha das clássicas acidentadas, a Liege-Bastogne-Liege.

    Depois das clássicas do norte, chegam as “Clássicas Acidentadas”, ou clássicas da Primavera e a Liege-Bastogne-Liege é considera a principal Clássica deste tipo de terreno.

    É uma das corridas que juntamente com a La Fleche Wallone e a Amstel Gold Race, formam as Clássicas das Ardenas e que decorrem no mês de Abril. A Liege também conhecida como a La Doyenne (a mais antiga), foi criada a primeira vez em 1892, sendo uma corrida para amadores, mas em 1894 já era disputada por ciclistas profissionais. O recordista de vitórias é o galardoado Eddy Merckx que conta com cinco vitórias no seu pecúlio.

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    Tiago Silva Ferreira
    Tiago Silva Ferreirahttp://www.bolanarede.pt
    O Tiago é uma pessoa que adora desporto, em especial futebol. Tendo praticado andebol e basquetebol, viu que o seu grande talento era a Playstation e por aí ficou! Adora o ciclismo.                                                                                                                                                 O Tiago não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.