La Vuelta #3: E tudo o Remco levou

    O dia seguinte terminava novamente com uma chegada em alto, apesar das mais duras desta Vuelta já estarem percorridas. A etapa começou na noite anterior, quando a Jumbo-Visma remetia, via Twitter, a continuidade de Roglic para o dia seguinte, que não se veio a suceder. Assim, o ainda campeão em título abandonava a prova a cinco dias do final e deixava Evenepoel com uma vantagem confortável. Quanto à etapa propriamente dita, a fuga voltou a vingar e Rigoberto Urán (EF Education-EasyPost) voltou a vencer numa Grande Volta cinco anos depois. No pelotão, Enric Mas (Movistar Team) abriu as hostilidades na subida final, João Almeida seguiu-lhe as pedaladas, isolou-se e ganhou nove segundos ao líder.

    As montanhas do centro de Espanha regressaram na etapa 18, com a uma subida de 2.ª categoria e duas de primeira, ambas no Alto de Piornal, a última a culminar com a meta. E é precisamente nesta escalada que se podia adivinhar que o dia pudesse sorrir a João Almeida: subida não muito comprimida, não muito inclinada, bem ao estilo do português. A tirada começou com uma fuga com 40 elementos que fazia prever o que iria acontecer. Carlos Rodríguez (INEOS Grenadiers) caiu e ficou em mau estado, juntamente com Jay Vine (Alpecin-Deceuninck), líder da montanha, que foi obrigado a abandonar.

    A Emirates mexeu na corrida bastante cedo, a 85 quilómetros do fim, com João Almeida a lançar-se ao ataque com dois companheiros de equipa. O português foi progredindo, tanto a solo como com a importante ajuda de Ivo Oliveira e Marc Soler, e alcançou parte da fuga. A oito quilómetros da chegada, Evenepoel arrancou fortemente do grupo principal e rapidamente entrou no grupo de Almeida. Robert Gesink (Jumbo-Visma) foi o único forasteiro que conseguiu resistir e foi alcançado nos metros finais e o camisola vermelha acabou por levantar os braços.

    A fechar a semana, a Vuelta continuou pelas montanhas de Madrid, num circuito em Talavera de la Reina que recebeu a partida e a chegada da 19.ª etapa. O dia começou novamente com um anúncio, mas desta feita a anunciar uma continuidade, a de Carlos Rodríguez. Numa etapa sem grandes sobressaltos, a vitória acabou por ser decidida ao sprint, com o inevitável Mads Pedersen a levar a melhor sobre Fred Wright, vencendo pela terceira vez nesta edição.

    O dia decisivo da Vuelta 2022 estava marcado por cinco contagens de montanha em 181 quilómetros, a última das quais, de primeira categoria, a sete quilómetros da chegada. A verdadeira etapa rainha desta edição, a que iria proclamar o vencedor – termos que, por esta altura, estão na orla do dia –, começou com uma fuga de cerca de dez elementos e Carlos Rodríguez a perder contacto com o grupo numa fase em que faltavam… 145 quilómetros – o espanhol acabaria por reentrar. Na luta pela classificação da montanha, Richard Carapaz (INEOS Grenadiers) passou em primeiro no alto e levou a camisola às bolinhas para casa.

    A cerca de 45 quilómetros do fim, a Movistar assumiu o comando do pelotão e Miguel Ángel López (Astana Qazaqstan Team) tentou o ataque, mas o grupo conseguiu resistir. Todavia, a 10 quilómetros da meta, conseguiu descolar, Rodríguez cedeu e João Almeida também atacou. Os dois voltaram a ser alcançados e, lá na frente, Carapaz voltou a vencer diante de Thyman Arensman (Team DSM), que havia saído do pelotão. Ayuso e Mas ainda ganharam dois segundos a Evenepoel, mas a vitória estava mesmo garantida. Já o português ganhou mais de um minuto a Rodríguez e ascendeu ao top-5 desta Vuelta, que teve o pódio mais jovem de sempre numa Grande Volta.

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    Tiago Alexandre
    Tiago Alexandrehttp://www.bolanarede.pt
    O Tiago nasceu em Abrantes e, atualmente, estuda em Portalegre, cidade para onde partiu em busca do seu sonho no meio do Jornalismo. Está ligado ao Desporto desde sempre e gosta de rebater as suas opiniões até à última. O Ciclismo e o Futebol - não o 'jogo da bola' - são as suas paixões, sem nunca descurar o Hóquei em Patins, o Futsal e o brilhante mundo dos Esports.