A terceira semana para além de ser a última da prova, seria a mais decisiva, não só por estar o título de vencedor da Vuelta 2022 em jogo, mas também para se perceber até onde iria chegar o reinado de glória de Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl Team). Na semana anterior, as dúvidas ficaram praticamente desfeitas. Mas faltava a principal: conseguiria o belga vencer uma prova de três semanas?
A pergunta e a dúvida não reinavam apenas sobre o jovem da Quick-Step, também Juan Ayuso (UAE Team Emirates) era questionado sobre a possibilidade de, aos 19 anos, ser capaz de aguentar três semanas ao mais alto nível. Carlos Rodríguez (INEOS Grenadiers) também deixava dúvidas. E João Almeida (UAE Team Emirates)? Qual seria o papel do português? A forma do ciclista de A dos Francos tinha vindo paulatinamente a crescer e assim se esperava que continuasse.
Depois do último dia de descanso, a 16.ª etapa ligou Sanlúcar de Barrameda a Tomares. Esperava-se, também, um dia de pouco trabalho, com os sprinters a lutar pela vitória final. E assim… até aos derradeiros três quilómetros. À entrada da pequena, mas dura subida, que culminava na meta, o belga furou e ficou pelo caminho, protegido pela regra dos três quilómetros. Nessa altura Primoz Roglic (Jumbo-Visma) já tinha atacado e assim se manteve até partir o pelotão, reduzi-lo a um grupo de cinco elementos… e cair, nos metros finais. O esloveno foi ao chão num trambolhão enorme e a vitória acabou por sorrir, uma vez mais, a Mads Pedersen (Trek – Segafredo). Na geral tudo se manteve igual, embora Roglic tenha recuperado oito segundos.
A vitória de Pedersen e o tombo de Roglic#Ciclismonaespn #lavuelta22 #lv2022 pic.twitter.com/kP1LyE2SiE
— País Do Ciclismo – #lavuelta2022 (@opaisdociclismo) September 6, 2022