A etapa 2 é sinónimo da etapa mais longa desta edição da Volta a Portugal, com um trajeto de 198.5 quilómetros entre a Marinha Grande e Stº António dos Cavaleiros. Nesta chegada, encontrámos o ponto mais a sul em que a nossa Volta passa. Ao longo deste percurso, os ciclistas têm a oportunidade de passar junto à zona Oeste, uma região em que o ciclismo é uma modalidade muito amada.
Os últimos 50 quilómetros estariam marcados por um terreno bastante irregular, em que a primeira dificuldade imposta seria a subida a Salemas, com 4,6 quilómetros de extensão e 5.7% de inclinação média. Depois, até ao final, os ciclistas teriam que ultrapassar mais três colinas. A última das quais seria a culminar com a chegada, uma contagem de quarta categoria na zona de meta. Com 1400 metros de subida, com 8% de inclinação média. Esta é daquelas etapas em que não se ganha uma Volta, mas pode-se deitar tudo a perder, visto que é uma etapa propícia a cortes de tempo.
Mikel Aristi acabou por levar a melhor numa chegada típica para puncheurs, visto que era um final para homens rápidos, mas que subissem bem.
A fuga de hoje foi composta novamente por quatro nomes: Héctor Sáez (Euskadi Basque Country-Murias), Diego López (Equipo Euskadi), Dário António (BAI Sicasal Petro de Luanda) e Leangel Linarez (Miranda-Mortágua). A fuga teve início ao quarto quilómetro da etapa.
Esta fuga nunca conseguiu grande vantagem porque o pelotão não deixou passar dos dois minutos de diferença. O venezuelano, Leangel Liñarez, passou na frente das três metas volantes do dia, mostrando-se bem fisicamente.
A 46 quilómetros da meta, a fuga teve o seu fim. Nesta altura saltaram do pelotão: Gaspar Gonçalves (Miranda-Mortágua), Hugo Nunes (Rádio Popular Boavista), Micael Isidoro (BAI Sicasal Petro de Luanda), Álvaro Cuadros (Caja Rural), Ibai Azurmendi (Equipo Euskadi) e Héctor Sáez (novamente). O ciclista do Miranda-Mortágua, Gaspar Gonçalves, acabou por vencer o prémio de montanha em Salemas.
Mais uma fuga a dez quilómetros do fim, com o ritmo forte do pelotão, estava previsto um sprint com o pelotão todo junto.
No final, nas rampas de acesso a Stº António dos Cavaleiros, Luís Mendonça ia na frente para a vitória, a cerca de 200 metros da meta, mas Mikel Aristi, vindo de trás, acabou por ultrapassar o português da Boavista nos metros finais, acabando por vencer a etapa. Em segundo lugar acabou Mendonça a um segundo e no terceiro lugar terminou Gustavo Veloso a três segundos.
No grupo dos três segundos, de Veloso, chegaram também: Jóni Brandão, De Mateos, Daniel Mestre, Edgar Pinto, Marco Tizza e Alejandro Marque.
Na geral individual, Gustavo Veloso assume a camisola amarela, continuando assim a W52-FC Porto na posse da mesma. Dispõe agora de três segundos de vantagem para Mikel Aristi e sete segundos para Jóni Brandão.
Top 10 da etapa 2:
1º lugar- Mikel Aristi (Euskadi Basque Country-Murias) 4h:50m:05s
2º lugar- Luis Mendonça (RPB) +0:01s
3º lugar- Gustavo Veloso (W52) +0:03s
4º lugar- Jóni Brandão (Efapel) m.t
5º lugar- De Mateos (Louletano Aviludo) m.t
6º lugar- Daniel Mestre (W52) m.t
7º lugar- Edgar Pinto (W52) m.t
8º lugar- Marco Tizza (Amore&Vita) m.t
9º lugar- Alejandro Marque (Sporting/Tavira) m.t
10º lugar- João Rodrigues (W52) +0:08s