Os planos das equipas WorldTour para 2021

    A Ineos Grenadiers tem tantos ciclistas capazes de competir e lutar pelo top dez em Grandes Voltas, que até fica difícil escolher. No entanto, os planos dos ciclistas ainda não foram divulgados. Egan Bernal disse, em entrevista, que gostaria de alinhar no Giro de 2021, enquanto que Tao Hart quererá tentar revalidar o título de campeão. Geraint Thomas deverá correr o Tour, enquanto que Carapaz ainda é uma incógnita. Adam Yates, Richie Porte, Daniel Martínez e Laurens de Plus são aquisições de luxo para a montanha, vamos ver onde se encaixam. Filippo Ganna será uma bala nos contrarrelógios em que participar. Curiosidade para ver o neo-pro Thomas Pidcock no WorldTour.

    A Israel Start-Up Nation conta com Chris Froome nas suas fileiras em 2021. O general Manager da equipa, Kjell Carlstrom, afirmou que o britânico deverá ser a aposta no Tour, assim como Daniel Martin: “tudo tem de correr bem, mas a ideia é que Chris será o nosso líder no Tour de França, mas ao mesmo tempo o Dan mostrou grande maturidade. Algumas equipas têm três líderes com potencial para lutar na geral do Tour, então, não seria mau ter pelo menos dois corredores com potencial para lutar pelo pódio. É uma boa tática.” A equipa reforçou-se em todos os campos, com Michael Woods a ser o reforço sonante para as clássicas e média montanha. Carl Fredrik Hagen e Daryl Impey são mais dois nomes com experiência e para ajudar os líderes. Impey deverá ter as suas oportunidades na média montanha, nas chegadas mais seletivas. Nas clássicas do empedrado, a equipa reforçou-se com Sep VanMarcke, um grande reforço.

    A Lotto Soudal, uma equipa de veterania e juventude, tem como principal arma para 2021 os sprints de Caleb Ewan, que já fez uma afirmação: ” O meu grande objetivo para 2021 é vencer etapas nas três grandes Voltas, no mesmo ano. Até ao momento, não houve muitos ciclistas a fazer isso na história do ciclismo, então esse é o meu grande objetivo”. A equipa apresenta-se com ciclistas muito combativos e caçadores de etapas, como Thomas de Gendt e Tim Wellens, que são corredores que podem conseguir bons resultados a qualquer momento. Para as clássicas, a equipa belga faz uso dos experientes Philippe Gilbert e John Degenkolb, corredores com um palmarés invejável.

    A Movistar Team continuará sobretudo a correr para as classificações gerais. Enric Mas é um corredor cada vez mais importante dentro da equipa e deverá corresponder isso no Tour, acompanhado pelo novo reforço Miguel Ángel López. Valverde deverá ficar com a competição “caseira”, em Espanha, competindo na La Vuelta. Iván García Cortina foi uma contratação muito boa para a formação de Eusebio Unzué, sendo ele uma das jovens promessas do ciclismo espanhol, com uma boa ponta final para dias mais duros, e com estaleca para lutar por bons lugares nas clássicas do pavé. Nélson Oliveira deverá alinhar no Giro.

    A Team BikeExchange perdeu uma das suas pérolas, Adam Yates, para a Ineos Grenadiers, no entanto, o seu irmão permanece nas fileiras e, ao que parece, estará nos planos correr tanto o Giro como o Tour. Antes disso, o britânico corre na Volta à Comunidade Valenciana e no Tirreno Adriático. Espera-se o salto de Lucas Hamilton para ajudar Simon nas etapas mais duras. A equipa conta ainda com Tanel Kangert, Esteban Chaves e Mikel Nieve na ajuda para a montanha. Luka Mezgec e o regressado Michael Matthews tomarão conta das chegadas mais rápidas. Matthews deverá ser a aposta no Tour e nas clássicas mais importantes para os sprinters.

    A Team DSM apresenta-se com Romain Bardet como “cabeça de cartaz” para 2021. O francês será o principal líder para as Grandes Voltas, depois da saída de Kelderman. Depois da prestação de Jai Hindley no Giro deste ano, a equipa deverá dar-lhe a chance que ele merece numa Grande Volta. Soren Kragh Andersen continuará a ser um ciclista capaz de dar resultados quando menos se espera, seja em clássicas ou média montanha. Para as clássicas, o nome que sobressai é o de Tiesj Benoot. Nos sprints, a equipa conta com Cees Bol, Alberto Dainese e Max Kanter. A saída do suíço Marc Hirschi foi um rude golpe para a formação alemã, sendo que ele foi um dos principais destaques da temporada transata. Vamos ver como se desenvolve o jovem prodígio norueguês Andreas Leknessund.

    A equipa sul-africana Qhubeka ASSOS, antiga NTT, sofreu uma debandada de ciclistas e teve de reformular a equipa. Giacomo Nizzolo continuará a ser a principal figura, pois é um dos nomes mais regulares a dar bons resultados, nos sprints neste caso. Domenico Pozzovivo e Aru serão os homens a lutar pela classificação geral em provas por etapas. Max Walscheid será também aposta para chegadas ao sprint. Victor Campenaerts será o nome principal para o contrarrelógio. Simon Clarke e Killian Frankiny são duas boas adições para a média montanha. É uma equipa que peca por falta de profundidade e qualidade nos vários setores. Giacomo Nizzolo afirmou que tem nos seus planos correr as primeiras clássicas belgas, Milan-Sanremo, o Giro e o Tour de França.

    Foto de Capa: Deceuninck Quick-Step

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    André Filipe Antunes
    André Filipe Antuneshttp://www.bolanarede.pt
    O André é licenciado em Marketing e Publicidade e um fã incondicional de ciclismo. Começou desde pequeno a ter uma paixão pelo desporto, através do futebol. Chegava a saber os plantéis de todas as equipas da Primeira Liga! Com o tempo, abriu-se o horizonte e o interesse para outros desportos, como o Ciclismo, o Futsal e, mais recentemente, a NBA. Diz que no Ciclismo existem valores e táticas que mais nenhum desporto possui e ambiciona um dia ter a oportunidade de assistir ao vivo a um evento deste calibre.