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Rúben Guerreiro e Rui Costa entram a vencer em 2023

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O arranque da temporada de 2023 tem sido bastante proveitoso para o ciclismo português. No espaço de dois dias, Rúben Guerreiro e Rui Costa confirmaram a vitória na classificação geral do Saudi Tour e da Volta à Comunidade Valenciana, respetivamente.

Praticamente em estreia pelas novas formações – recorde-se que Rúben Guerreiro trocou a EF Education-EasyPost pela Movistar Team, ao passo que Rui Costa deixou a UAE Team Emirates pela Intermachè-Circus-Wanty -, os dois portugueses liquidaram uma vitória em etapa para além de consumarem o título de campeões das respetivas provas, demonstrando um momento de forma explosivo, suficiente para se destacaram dos adversários em terrenos explosivos sem grande altitude, mas, ainda assim, com nuances de corrida diferentes.

Respeitando a ordem cronológica, o primeiro consagrado dos dois foi Rúben Guerreiro, que numa prova de categoria 2.1 (dois degraus abaixo de World Tour), bateu Davide Formolo (UAE Team Emirates) e Santiago Buitrago (Bahrain-Victorious) por uma margem inferior a 10 segundos na classificação geral final. O rumo da prova de cinco etapas conheceu o seu desfecho “quase” final na etapa número quatro, com chegada a Skyviews of Harrat Uwayrid e já depois de três ligações propícias aos homens rápidos em prova.

O Comboy de Pegões foi o mais forte na luta que envolveu os adversários acima mencionados e ainda Felix Grosschartner (UAE Team Emirates). O português mostrou-se em grande forma, sendo dos mais fortes nas complicadas rampas sauditas que constavam no final da etapa, no entanto, o final rápido fazia antever uma luta entre corredores que não seriam os melhores velocistas do pelotão. O mesmo se confirmou e foi Rúben Guerreiro o mais forte no sprint final, muito também devido à sua condição física superior.

Com uma etapa para o final da prova, a Movistar Team precisava de controlar a corrida e foi exatamente o que fez, possibilitando ao ciclista português de 28 anos festejar a sua primeira vitória numa corrida por etapas a nível profissional.

No mesmo prisma vitorioso surge Rui Costa. O experiente ciclista português fez o gosto à bicicleta no Troféu Calva, literalmente na sua primeira corrida ao serviço da nova formação, em janeiro passado. No mano a mano com Louis Vervaeke (Soudal Quick-Step), foi o ex-campeão do mundo que levou a melhor, estabelecendo um presságio vitorioso para a competição que se seguiu depois da série de desafios denominados “Challenge Mallorca”.

Ainda em território espanhol, mas numa competição 2.PRO, com um aglomerado de grandes equipas e grandes rivais, o poveiro de 36 anos subiu ao degrau mais alto do pódio, batendo Giulio Ciccone (Trek-Segafredo) e Tao Geoghegan Hart (Ineos-Grenadiers) numa diferença registada no teto dos 20 segundos ao fim de cinco etapas na região de Valencia.

Depois de ver o talentoso colega de equipa Biniam Girmay vencer a etapa inaugural, o primeiro teste deu-se com a chegada ao Alto de Pinos, onde Ciccone foi o mais forte e Rui Costa chegou no grupo dianteiro com nomes como Pello Bilbao (Bahrain-Victorious), Aleksandr Vlasov (BORA-hansgrohe) ou Mikel Landa (Bahrain-Victorious).

O segundo teste de fogo culminou na chegada ao Alto de la Cueva Santa, uma subida com alguma extensão e sem grandes rampas, o que facilitou, novamente, a inclusão de Rui Costa no grupo que iria discutir a corrida no dia seguinte. Por muitas vezes cotado como um ciclista matreiro, foi alguma dessa “matreirice” que causou a maior surpresa na chegada a rápida a Valencia depois de um início de etapa complicado.

Ao longo da etapa, o ciclista português não se intrometeu pelos sprints intermédios à procura de garantir uma margem mínima e levar a vitória para casa, não se desgastando ao contrário dos principais rivais. Ao invés disso, a dois quilómetros da meta, lançou-se ao ataque, ao qual apenas Thymen Arensman seguiu. Rui Costa conseguiu abrir uma diferença de 20 segundos para o italiano da Trek-Segafredo, mais do que suficientes para levar a vitória para casa graças a um ataque, diga-se, bastante meticuloso e cheio de força nas ruas da cidade espanhola.

Depois de um dos melhores arranques de temporada para o ciclismo nacional, segue-se a aproximação às clássicas da primavera e a algumas competições de uma semana, onde os dois portugueses terão um papel importante, a par de João Almeida (UAE Team Emirates).

Ricardo Rebelo
Ricardo Rebelohttp://www.bolanarede.pt
O Ricardo é licenciado em Comunicação Social. Natural de Amarante, percorreu praticamente todos os pelados do distrito do Porto enquanto futebolista de formação, mas o sonho de seguir esse caminho deu lugar ao objetivo de se tornar jornalista. Encara a escrita e o desporto como dois dos maiores prazeres da vida, sendo um adepto incondicional de ciclismo desde 2011.

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