A etapa 13 ficou marcada pelo sucesso de uma fuga numerosa e cheia de qualidade. Nos últimos 50 quilómetros destacaram-se os dois elementos da Bora-Hansgrohe, Lennard Kamna e Maximilian Schachmann e os três da EF Pro Cycling, Hugh Carthy, Daniel Martinez e Neilson Powless. Acabou por restar apenas na frente Schachmann e Powless, com o segundo a não aguentar o ritmo do primeiro durante muito tempo.
Atrás de Schachmann vinha um grupo perseguidor, de onde saltou Daniel Martínez e Kamna. Obviamente, o alemão Kamna não trabalhava visto que tinha o seu colega na frente. A subida foi feita na totalidade com o colombiano na frente. Os dois alcançaram Schachmann já dentro dos últimos dois quilómetros. Parecia que Kamna poderia levar a vitória, visto que se vinha a poupar há largos quilómetros, mas Martínez mostrou-se mais forte no sprint final.
🏆 🇨🇴 @danifmartinez96 is the king of the Puy Mary!
🏆 🇨🇴 @danifmartinez96, roi du Puy Mary !#TDF2020 #TDFunited pic.twitter.com/rglTq6AJTu
— Tour de France™ (@LeTour) September 11, 2020
No grupo dos favoritos, os dois eslovenos, Roglic e Pogacar, ganharam vantagem nos últimos dois quilómetros, e conseguiram ganhar alguns segundos importantes para a classificação geral. Richie Porte e Mikel Landa perderam 13 segundos. Miguel Ángel López perdeu 16 segundos, enquanto que Egan Bernal e Rigoberto Uran chegaram com um atraso de 38 segundos. Quintana e Yates chegaram a 40 segundos.
Os grandes derrotados do dia foram Guillaume Martin (Cofidis) e Romain Bardet (AG2R), terceiro e quarto da geral, respetivamente, que saíram do top dez, perdendo quase 3 minutos para Roglic. Bardet acabou por concluir a etapa, mas não partiu no dia seguinte, combalido devido a queda, teve de ficar sobre vigia médica. A queda envolveu também o holandês Bauke Mollema (Trek-Segafredo) que abandonou durante o decorrer da etapa.
A etapa ficou marcada pela subida na geral de Tadej Pogacar, subindo da sétima posição para o segundo lugar. O esloveno também ultrapassou Bernal na camisola da juventude. Com a fuga a ter sucesso, a EF Pro Cycling ultrapassou também a Movistar na classificação por equipas.
O dia seguinte ficou marcado por mais um ataque bem-sucedido. A Team Sunweb tem sido das equipas que mais arrisca, com ataques dos jovens audazes. A fuga do dia foi alcançada muito cedo, e só tivemos ataques a cerca de 10 quilómetros do fim. Tiesj Benoot tentava lançar-se em busca da vitória, mas o trabalho no pelotão não permitiu o seu distanciamento. Alaphilippe, Thomas de Gendt e Kamna escapavam-se também, mas sem sucesso. Marc Hirschi tentava nova vitória de etapa, mas a Bora Hansgrohe de Peter Sagan não permitiu que o suíço fugisse.
Quem decidiu sair, com um ataque fulminante, foi Soren Kragh Andersen, atacando para não mais ser alcançado. O dinamarquês utilizou todo o seu poder de bom rolador para alcançar o triunfo. O segundo classificado foi Luka Mezgec, já a 15 segundos, e o terceiro lugar foi para Simone Consonni. Foi novo dia para a equipa da Sunweb poder festejar, com a segunda vitória neste Tour. Não houve alterações significativas nas classificações das camisolas. Pierre Latour (AG2R) abandonou a prova durante a etapa.