Segunda semana do Tour de France: Roglic segue de amarelo

    A última etapa antes do dia de descanso trazia muita dureza, com chegada ao Grand Colombier, com pendentes médias a rondar os 7,3%, durante quase 18 quilómetros. Houve desde logo uma fuga a marcar a etapa, com Gogl e Rolland a serem os últimos escapados a resistir, sendo apanhados na subida final. Estávamos praticamente a entrar na última dificuldade do dia, e já o colombiano Egan Bernal ficava para trás. Seguiu-se Nairo Quintana a descolar dos favoritos. Adam Yates tentou mexer na corrida, mas o ritmo imposto pela Jumbo-Visma era elevado.

    Robert Gesink, George Bennett, Wout Van Aert e Tom Dumoulin tiveram um papel preponderante na ascenção, sempre com um ritmo que não permitia ataques. Já dentro do último quilómetro, Roglic tentou sair, seguido de Pogacar e de Porte. O homem da Emirates foi o mais forte no sprint final, batendo Roglic, com uma grande pujança acabou por conseguir levantar os braços pela segunda vez neste Tour. Porte chegou logo atrás, a 5 segundos. Nairo Quintana perdeu 3m50s, enquanto que Bernal foi o maior derrotado do dia, com uma perda de 7m20s.

    Bernal caiu da terceira posição da geral para o 13.º lugar. Pogacar manteve-se na segunda posição, agora a 40 segundos de Roglic. Rigoberto Urán, sem se dar por isso, subiu ao terceiro lugar da geral, a 1m34s do primeiro lugar. Neste dia, o colombiano Sergio Higuita abandonou a prova devido a uma queda provocada por um desvio repentino da bicicleta de Bob Jungels.

    Após duas semanas de Tour, quando ficam a faltar apenas seis dias de competição, podemos tirar várias ilações. A equipa Jumbo-Visma está claramente num patamar superior a todas as outras. Uma equipa que tem o sprinter a puxar na frente do pelotão, enquanto que os líderes das outras equipas já estão a descolar atrás, quer dizer algo.

    Tadej Pogacar parece ser o principal rival de Roglic, tendo já batido por duas vezes o camisola amarela nas chegadas. O problema é que não chega ganhar os sprints para conquistar a liderança da geral. Pogacar vai ter de atacar nesta terceira semana se quiser ganhar o Tour. Roglic será teoricamente superior no contrarrelógio, e Pogacar sabe disso, portanto, deverá atacar certamente nas próximas três etapas. A margem é curta, 40 segundos, portanto está tudo em aberto.

    De destacar ainda a excelente semana da Team Sunweb, conquistando duas vitórias, com muita audácia, proporcionando momentos agradáveis para o espectador. Marc Hirschi é um dos nomes que vai sobressair do Tour 2020, pelo estilo atacante que tem tomado, e pela vitória de etapa. Agora, vamos entrar na terceira semana do Tour, ficam várias perguntas no ar, por responder, mas a principal será sempre: Quem vai ganhar a Volta a França e vestir a amarela nos Campos Elísios?

    Classificação geral após a segunda semana (Top 10):

    1.º lugar– Primoz Roglic (Team Jumbo-Visma) 65h37m07s

    2.º lugar– Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) +40s

    3.º lugar– Rigoberto Urán ( EF Pro Cycling ) +1m34s

    4.º lugar– Miguel Ángel López (Astana) +1m45s

    5.º lugar– Adam Yates (Mitchelton-Scott) +2m03s

    6.º lugar– Richie Porte (Trek-Segafredo) +2m13s

    7.º lugar– Mikel Landa (Bahrain-Mclaren) +2m16s

    8.º lugar– Enric Mas (Movistar Team) +3m15s

    9.º lugar– Nairo Quintana (Team Arkéa Samsic) +5m08s

    10.º lugar– Tom Dumoulin (Team Jumbo-Visma) +5m12s

    Português:

    61.º lugar- Nélson Oliveira (Movistar) +2h08m29s

     

    Camisola verde (pontos): Sam Bennett (Deceuninck-Quick Step) 269 pontos

    Camisola branca (juventude): Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) 65h37m47s

    Camisola das bolinhas (montanha): Benoit Cosnefroy (AG2R) 36 pontos

    Classificação por equipas: Movistar 97h04m16s

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    André Filipe Antunes
    André Filipe Antuneshttp://www.bolanarede.pt
    O André é licenciado em Marketing e Publicidade e um fã incondicional de ciclismo. Começou desde pequeno a ter uma paixão pelo desporto, através do futebol. Chegava a saber os plantéis de todas as equipas da Primeira Liga! Com o tempo, abriu-se o horizonte e o interesse para outros desportos, como o Ciclismo, o Futsal e, mais recentemente, a NBA. Diz que no Ciclismo existem valores e táticas que mais nenhum desporto possui e ambiciona um dia ter a oportunidade de assistir ao vivo a um evento deste calibre.