Síntese dos Campeonatos Nacionais de Ciclismo de 2023

    Portugal não foi o único país onde decorreram campeonatos nacionais, sendo que a última semana antes do Tour é, tradicionalmente quando ocorrem a maior parte dos campeonatos nacionais. Existem campeonatos, sobretudo fora da Europa que decorrem no início do ano ou em alturas mais convenientes para o calendário interno.

    Os campeonatos nacionais têm a particularidade de colocar ciclistas do World Tour, muitas vezes em desvantagem numérica, frente aos corredores das equipas nacionais. E todos os anos, coloca-se no ar a questão: quem é o campeão nacional de x país? É por isso que o BnR publica este artigo alguns dos campeões nacionais coroados na semana passada, em elites masculinos e femininas.

    ALBÂNIA

    Na Albânia, Ylber Sefa conquistou o pentacampeonato de contrarrelógio, com uma vitória confortável. O ciclista experiente dos Balcãs bateu Olsian Velia por mais de 3 minutos! E Velia foi o único a perder menos de 4 minutos para Sefa! Na prova de fundo, Ylber Sefa falhou o sétimo título nessa vertente, ao ser derrotado por um jovem chamado Lukas Sulaj Kloppenborg, de apenas 21 anos. Kloppenborg venceu num sprint a três frente a Velia e ao hexacampeão, que agora corre ao serviço da Vetrapo.

    Posteriormente, Ylber Sefa apresentou queixa à UCI com vista a que o resultado do nacional de fundo da Albânia fosse anulado. Sefa falou de uma situação em que estava isolado na frente, sem ninguém à vista e com um ritmo consistente até que de repente dois ciclistas se chegaram à sua roda. A esposa de Sefa, alegou ter visto alguns ciclistas agarrados a um carro para fechar o espaço para o campeão em título e acusou Olsian Velia de se ter escondido no meio de arbustos, com vista a completar menos volta. Segundo Carolien, da performance de Velia no Strava terão mesmo desaparecido

    ALEMANHA

    No contrarrelógio, equilíbrio foi a palavra de ordem. Nas mulheres, Mieke Kröger, ciclista da Human Powered Health sagrou-se campeã nacional de contrarrelógio pela segunda vez, repetindo o triunfo de 2015, numa prova em que o top 6 ficou todo separado por 49 segundos, com a vice-campeã, Katherine Fox a perder mesmo o título por apenas 1 segundo.

    Nos homens, Nils Politt alcançou pela primeira vez o título alemão de contrarrelógio, numa corrida ainda mais equilibrada do que a feminina. Em 32,2 km de esforço individual, o top 10 ficou separado por 54 segundos!

    Nas provas de fundo, Liane Lippert alcançou o 3º título nacional da carreira, com um ataque numa descida que a deixou isolada na frente para vencer com margem superior a 1 minuto sobre as rivais mais diretas. A ciclista da Movistar já vencera o título germânico em 2022 e em 2018.

    Nos homens, foi domínio absoluto da Bora-Hansgrohe, com a formação alemã a preencher todos os lugares do pódio: Maximilian Schachmann foi 3º, Nico Denz, foi 2º e o novo campeão nacional é Emmanuel Buchmann que continua a tentar reencontrar-se após épocas menos positivas desde que foi 4º no Tour, em 2019.

    ARGÉLIA

    No contrarrelógio feminino, Khadidja Araoui é bicampeã da Argélia, com a ciclista de 33 anos a bater Yasmine Elmeddah de forma clara, com quase 1 minuto e meio de vantagem. O campeão de esforço individual foi Youcef Reguigui quem levou a vitória para casa, também com uma margem segura. Ainda assim, o homem da Terengganu apenas alcançou o 2º título da carreira na especialidade, sendo que a lenda do ciclismo argelino não é presença tão assídua nos campeonatos de fundo. Aliás, o recordista é Azzedine Lagab, com 9 títulos no contrarrelógio.

    Nas provas de fundo, a corrida feminina inverteu as duas primeiras posições em relação ao contrarrelógio, com Elmeddah a sagrar-se campeã pela 2ª ocasião, depois de ter ganho também em 2021, frente a Araoui. Abdelraouf Genbayou ganhou a prova de fundo masculina, alcançando a maior vitória na carreira, aos 24 anos, num sprint a dois contra Oussama Chablaoui.

    ÁUSTRIA

    Anna Kiesenhofer é campeã nacional de contrarrelógio pela quarta vez na carreira, com a mulher da Israel Premier Tech a conseguir uma margem de quase 1 minuto para Christina Schweinberger e a dar continuidade à boa forma que tem vindo a apresentar desde a Volta ao País Basco. Nos homens, a luta foi ao segundo! Patrick Gamper é campeão nacional de crono, com o pódio separado por apenas 6 segundos, os seis primeiros por 16 segundos e o top 9 por 58 segundos, ou seja, uma prova muito semelhante à alemã.

    Nas mulheres, foi Carina Schrempf, ciclista da Fenix-Deceuninck com experiência no atletismo, quem bateu Lisa Perterer para se sagrar campeã nacional de fundo pela primeira vez na carreira, alcançando a maior vitória na carreira, aos 28 anos.  Nos homens, foi um ciclista da Movistar quem levou para a equipa espanhola uma camisola menos comummente envergada dentro da formação espanhola. Gregor Mülhberger venceu de forma clara com Patrick Gamper a ser o único capaz de ameaçar a vitória do ciclista que tinha sido campeão de fundo em 2017.

    Lukas Pöstleberger foi quem mais se aproximou no que ao “resto” diz respeito e ficou a mais de três minutos de Mülhberger.

    AZERBAIJÃO

    No contrarrelógio feminino, foi Viktorya Sidorenko quem conquistou o título no crono, com apenas 20 anos de idade e por apenas 13 segundos. A prova de fundo ainda não teve resultados divulgados.

    Nos homens, Samir Jabrayilov conquistou um título inédito no contrarrelógio, dez anos depois da vitória na prova de fundo, por 5 segundos frente a Musa Mikayilzade, que fez uma dobradinha em 2021. Na prova de fundo. Ali Gurbianov, da Sakarya BB Pro Team, pulverizou a concorrência, vencendo o campeonato nacional por mais de 4 minutos de vantagem, aos 22 anos.

    BÉLGICA

    No contrarrelógio feminino, Lotte Kopecky mostrou estar a um nível completamente diferente, vencendo com 1 minuto de vantagem para Febe Jooris, para vencer o pentacampeonato, igualando o registo de Ann-Sophie Duyck. Kopecky fez a 3ª dobradinha da carreira ao ganhar o 3º título de fundo numa chegada ao sprint.

    Na prova masculina de contrarrelógio, Wout Van Aert esmagou os rivais para ganhar o 3º campeonato belga de contrarrelógio, quase a dobrar mesmo Alec Segaert, que ficou mesmo na segunda posição do dia. Remco Evenepoel caiu e acabou por falhar o pódio por apenas 16 segundos, o que abriu as portas a uma vitória fácil para o ciclista da Jumbo-Visma.

    Na prova de fundo, Remco Evenepoel juntou o título belga ao de campeão do Mundo. O jovem de 22 anos saltou para a frente com 8 outros ciclistas, aproveitando uma rampa para se distanciar de Wout Van Aert que não tinha colaboração para perseguir no grupo de trás. A 9,5 km do fim, ficava sozinho com Alec Segaert, que discutiram a vitória num sprint, com o homem da Lotto DSTNY a repetir a segunda posição da prova de contrarrelógio.

    BELIZE

    No contrarrelógio feminino, foi Patricia Chavarria quem levou a vitória para casa, a primeira depois de ter ficado no segundo lugar em 2012 e em 2014. No esforço individual masculino, Oscar Quiroz, que corre na National Cycling League ao serviço da Miami Blazers, conquistou o tetracampeonato de contrarrelógio, vencendo de forma esmagadora, com mais de três minutos de vantagem para as rivais diretas.

    Na prova de fundo feminina, Kaya Cattouse esmagou a concorrência para vencer o 2º título consecutivo, o 3º da carreira, com quase 8 minutos de vantagem. Venceu também em 2019. Nos homens, a luta foi a cinco, com Cory Williams quem conseguiu vencer isolado, com o seu irmão e colega de equipa, Justin Williams, a fechar no 2º lugar. O ciclista da L39ion of Los Angeles alcançou o primeiro nacional da carreira.

    BENIM

    No campeonato do Benim, Hermionne Ahouissou fez dobradinha, ao conquistar um título inédito tanto no contrarrelógio como na prova de fundo. Em 2023, a corredora já conta com um top 10 nos campeonatos africanos de contrarrelógio individual. Nos homens, Rémi Rouwou conquistou um triunfo inédito para se sagrar campeão beninense de contrarrelógio, aos 26 anos. Emmanuel Sagbo, de 28 anos.

    BRASIL

    Ana Paula Polegatch é campeã de contrarrelógio do Brasil pela 5ª vez na carreira, ao ser a mais rápida nos 16,6 km em Cascavel. É o terceiro título da ciclista de 34 anos. Já a corrida masculina teve 28,3 km, com Diego Mendes, da Pedalli Bike Store-Sequeira a alcançar o 2º triunfo da carreira, depois de ter ganho o GP Cidade de Curitiba, em março.

    Na prova em linha feminina foi Ana Vitória “Tota” Magalhães, colega das portuguesas Beatriz Pereira e Daniela Campos, quem se sagrou campeã pela 1ª vez na carreira num sprint a duas com Ana Paula Casetta.  Na corrida masculina, Caio Godoy, de 28 anos, que corre pela SwiftCarbon Brasil chegou isolado e  é campeão brasileiro pela primeira vez

    BULGÁRIA

     Na prova feminina de esforço individual, Iveta Kostadinova repetiu o triunfo de 2021, batendo Viktoriya Danova por apenas 29 segundos. Nos homens, o duelo decisivo foi ainda mais renhido com o jovem Martin Papanov, de 23 anos, a levar a melhor sobre Nikolay Genov, campeão em 2022 por apenas 19 segundos.

    Na prova em linha, Kostadinova falhou a dobradinha, em detrimento de Vikotriya Danova que venceu com quase 2 minutos de vantagem para a campeã de contrarrelógio. A 3ª classificada, Maria Garalieva, ficou a 7 minutos e 51 segundos de Danova. Na prova masculina, Yordan Andreev, da Sidi Ali – Unlock Team, ficou á frente do bicampeão búlgaro de crono em sub-23, Yordan Petrov de apenas 20 anos e de Preslav Balabanov, jovem de 22 anos que também fechou na 3ª posição do contrarrelógio de elites.

    BURKINA FASO

    Apenas com provas em linha, Lamoussa Zoungrana sagrou-se bicampeã nacional, ao alcançar a 4ª vitória do ano, sendo que todas foram dentro de portas. Nos homens, foi Paul Daumont a alcançar o 2º título da carreira, depois de ter sido campeão nacional em 2021, num dia de dobradinha para a A.S Bessel.

    CANADÁ

    No contrarrelógio feminino, Paula Findlay sagrou-se bicampeã do Canadá, com a corredora de 34 anos  a bater nomes do World Tour, como Olivia Baril, da UAE Team ADQ. Já nos homens, Derek Gee é bicampeão canadiano de contrarrelógio, comprovando uma superioridade que já era aparente, com base na lista de inscritos da prova.

    Na prova de fundo, Baril voltou a ficar no segundo lugar, mas desta vez em detrimento de Alison Jackson, vencedora do Paris Roubaix Femmes e que atua ao serviço da EF Education-TIBCO-SVB. Jackson repete, desta forma, o triunfo alcançado em 2021.  Na corrida de elites masculinos, Nickolas Zukowsky sagrou-se campeão do Canadá, ao chegar isolado frente a 5 homens da Team Ecoflo Chronos, com um jovem de 19 anos, Philippe Jacobs.

    Destaque para esta Ecoflo que meteu 4 ciclistas no top 5 e só Nicolas Rivard tem mais de 21 anos.

    COSTA RICA

    Nos campeonatos femininos, a Costa Rica assistiu a uma vitória de Milagro Mena, que ganhou o 4º campeonato de contrarrelógio da sua carreira por apenas 8 segundos. Na prova masculina, Jason Huertas venceu de forma assertiva o campeonato costa-riquenho de contrarrelógio pelo 3º ano consecutivo.

    Na prova de fundo das mulheres, o destaque foi para a juventude com as quatro primeiras classificadas, todas com idade abaixo dos 25 anos, a prevalecerem sobre o resto. A jovem de 20 anos, Dixiana Quesada é a nova campeã da Costa Rica, vencendo Marisol Garcia num sprint a duas.

    Na prova dos homens, Jason Huertas ganhou, repetindo a dobradinha de 2021. Dominou de forma clara, apenas com Daniel Bonilla na sua roda, chegando a 32 segundos do ciclista da Lasal Cocina – Louriña.

    CROÁCIA

    Bem… aos 38 anos Mia Radotic é campeã nacional de contrarrelógio pelo 12º ano consecutivo! E ganha à vontade com mais de minuto e meio para a segunda e 2 minutos para a terceira, é impressionante! Quando Radotic ganhou pela primeira vez, ainda o Benfica não tinha sido tetracampeão, Sebastian Vettel só tinha dois campeonatos do Mundo na F1… é deveras incrível o domínio de Radotic que também já conquistou a prova de fundo em 7 ocasiões.

    No crono masculino, Fran Miholjevic esmagou completamente a concorrência para se sagrar bicampeão aos 20 anos de idade. O corredor da Bahrain-Victorious meteu 2 minutos e 48 segundos no rival mais direto.

    Nas provas de fundo, Majda Horvat sagrou-se campeã croata, dominando completamente uma prova na qual bateu Andrea Heged por 56 segundos, mas na qual, a dodecacampeã do contrarrelógio já ficou a 5 minutos e 51 segundos. Na prova masculina, Viktor Potocki venceu o 3º título nacional da carreira num frente a frente com Antonio Barac.

    CHÉQUIA

    No contrarrelógio, a vitória ficou presa por 4 segundos para Eliska Kvasnicková, que com apenas 18 anos foi capaz de derrotar Kristýna Burlova, ciclista de 21 anos que corre pela Lotto DSTNY. Na corrida masculina foi Jakub Otruba, da ATT Investments quem alcançou o primeiro título da carreira, numa prova em que os rivais mais diretos, Petr Kelemen e Mathias Vacek ficaram a menos de 1 minuto do novo campeão que já tem uma vitória na classificação geral do South Aegean Tour deste ano.

    Na prova em linha das mulheres, Jarmila Machacová ganhou 5 minutos à concorrência e é campeã nacional pela 3ª vez. Ao longo da carreira, foi também campeã de crono por duas vezes e corre ao serviço da Team Dukla Praha. Na corrida masculina, Mathias Vacek venceu ao sprint num grupo com mais de 20 ciclistas. É o primeiro título checo do ciclista de 21 que corre ao serviço da Lidl-Trek.

    DINAMARCA

    Emma Norsgaard, ciclista da Movistar, é tricampeã dinamarquesa de contrarrelógio, batendo por quase 1 minuto Cecilie Utrup Ludwig, que se adivinhava a rival mais perigosa para Norsgaard. No contrarrelógio masculino, Kasper Asgreen confirmou o favoritismo e ganhou o quarto título nacional da especialidade, o quarto nos últimos cinco anos (em 2022, foi Mathias Norsgaard a ganhar). Destaque para o segundo posto de Mattias Skjelmose, jovem de 22 anos que ganhou a Volta à Suíça e que bateu mesmo Mikkel Bjerg neste campeonato.

    Na prova em linha das mulheres, Rebecca Koerner levou o triunfo para casa, com uma vantagem superior ao minuto e meio sobre as duas rivais mais diretas. A corredora da Uno-x tem 22 anos. Na corrida dos homens, Skjelmose não esteve para brincadeiras e chegou isolado para se sagrar campeão nacional dinamarquês pela primeira vez, cimentando o seu lugar como “outsider” na luta pela vitória no Tour.

    ERITREIA

    Adiam Mengs, jovem de 21 anos, é campeã eritreia de contrarrelógio, depois de perder o título por 22 segundos, no ano passado, para Danait Tekeste. Amanuel Ghebreigzabhier conquistou o seu 2º campeonato nacional de contrarrelógio, batendo Merawhi Kudus para repetir o título de 2019.

    Na prova de fundo feminina, Kisanet Weldemichael venceu ao sprint num grupo de 8 corredoras, para conquistar o título que escapara para Monaliza Chneslasie por uns esmagadores onze minutos. Na corrida masculina, o vencedor foi Awet Aman, jovem ciclista de 20 anos que corre pela Denden Cycling Club, derrotando ciclistas como Natnael Tesfatsion, da Trek.

    ESLOVÁQUIA

    Onde já vão os tempos em que o campeonato eslovaco era a altura do ano em que Peter Sagan ganhava ou dava a vitória ao irmão. Aliás, o domínio existiu por parte de Matús Stocek, ciclista de 24 anos da ATT Investments, que completou a dobradinha, vencendo ao sprint contra Peter Sagan, na prova de fundo, e o contrarrelógio, com apenas Martin Jurík e Marek Canecký a ficarem a menos de 1 minuto de Stocek, por alguns já considerado o “novo Peter Sagan”

    O domínio nas corridas femininas foi ainda maior, com Nora Jencusová, ciclista de 21 anos da Bepink a conquistar o “tri” no contrarrelógio, com mais de um minuto de vantagem para Rebeka Cully. Na prova de fundo, Jencusovà sagrou-se bicampeã com quase 2 minutos de vantagem. Repete assim a dobradinha de 2022.

    ESLOVÉNIA

    Regresso à campeão de Tadej Pogacar! O ciclista esloveno voltou à competição depois de fraturar o pulso na Liége-Bastogne-Liége e deu indicações fantásticas à entrada para o Tour! O jovem de 24 anos, conquistou o título de contrarrelógio perante concorrência muito abaixo da média, com mais de 5 minutos de vantagem.  Já na prova de fundo, espetou quase cinco minutos a Matej Mohoric, com Luka Mezgec a ficar em segundo a 38 segundos de Pogacar, que alcança o seu 2º título no crono (o 1º foi em 2020) e o 1º em fundo.

    No contrarrelógio, Urska Zigart sagrou-se campeã nacional pela terceira ocasião, dando continuidade à boa forma demonstrada na Volta à Suíça, onde quase conquistou uma etapa e acabou em 7ª da geral.  Na prova de fundo, Urska Pintar vingou-se do 2º lugar no crono, chegando isolada ao 2º título de campeã, muito à frente de Zigart.

    ESPANHA

    Mireia Benito é campeã espanhola de contrarrelógio, acabando com a hegemonia de Mavi García, tetracampeã de crono e com três dobradinhas consecutivas. E melhor ainda: a vitória da mulher da AG Insurance – Soudal Quick Step foi por apenas 1 segundo!

    Talvez por inveja, os homens também entenderam que um contrarrelógio desequilibrado não ficava bem, e por isso, Jonathan Castroviejo venceu o seu 6º campeonato nacional da especialidade, mostrando que ainda não é um talento desaparecido da modalidade. O último campeonato de contrarrelógio que tinha ganho fora em 2019. E Castroviejo ganhou com 3 segundos de vantagem para Oier Lazkano, 6 para Lluis Mas e 8 para Juan Ayuso, que foi assim a grande desilusão da corrida ao falhar as medalhas.

    Na prova de fundo, Mavi García vingou-se e não deu hipóteses, com a corredora da Liv Racing a alcançar o tetracampeonato e com Sara Martín a bater Benito ao sprint para acabar no segundo posto. A primeira corredora a ficar fora do pódio, Sheyla Gutiérrez, chegou a mais de 5 minutos de García.

    Na corrida masculina, Oier Lazkano alcançou o seu primeiro título de campeão de Espanha, com uma autêntica campanha a solo, aproveitando a desorganização na perseguição para conquistar o título de uma forma muito semelhante à que fez do corredor do País Basco vencedor de uma etapa na Volta a Portugal de 2020.

    Juan Ayuso ainda atacou nos metros finais, em subida, mas não foi capaz de emendar a derrota do esforço individual, ficando-se pela medalha de prata e com Alex Aranburu a completar o pódio. Foi o título nacional mais importante para a Movistar uma vez que vinha a escapar desde 2019, com Alejandro Valverde.

    ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

    Chloe Dygert continua a mostrar que a campeã voltou… literalmente neste caso. Dygert bateu Lauren Stephens por 9 segundos para se sagrar campeã nacional de contrarrelógio pela 2ª vez na carreira. Mas a ciclista da Canyon não ficou por aí e completou a dobradinha ao sagrar-se campeã nacional de fundo pela primeira vez na carreira, aos 26 anos.

    No contrarrelógio masculino, Brandon McNulty é bicampeão norte-americano, derrotando Will Barta de forma clara, com pouco mais de minuto e meio de vantagem. Na prova de fundo, o jovem que ainda só tem 22 anos, Quinn Simmons venceu a corrida de fundo. Foi uma vitória de grande nível, em que a única grande ameaça foi Tyler Williams, da L39ion of Los Angeles, que chegou a 37 segundos do antigo campeão do Mundo de sub-23.

    ESTÓNIA

    No campeonato feminino de contrarrelógio da Estónia, juventude foi a palavra de ordem! Laura Lizette Sander, da AG Insurance-NXTG U23 com apenas 19 anos, quem se tornou na campeã nacional com apenas menos 24 segundos do que Elisabeth Ebras, ciclista de 18 anos. Já na corrida masculina, foi Rein Taaramäe, ciclista vetererano de 36 anos que alcançou o 7º título da carreira. É colega de Rui Costa na Intermarché.

    O show da jovem Laura Lizette Sander não acabou no contrarrelógio, com a ciclista de 19 anos a ganhar a prova de fundo, num pódio completado por Elina Tasane, de 19 anos e por Ebras, ou seja, um pódio com média de idades inferior a 20 anos. Na corrida masculina, foi Karl Patrick Lauk, da Bingoal, a alcançar o 1º título nacional da carreira. O 2º classificado foi Lauri Tamm, jovem de 19 anos que bateu Rein Taaramäe para ficar na segunda posição. Corre na Tartu2024 Cycling TEAM

    ESWATINI

    Apenas com provas de fundo, Nontsikelelo Mdlovu é bicampeã do Eswatini, vencendo com uma margem de 6 minutos para a rival mais direta.  A 3ª chegou a mais de 44 minutos de Mdlovu. Nos homens, Kwanele Jele é campeão nacional, com Shabangu Muzi a ser o único a completar a corrida com menos de 10 minutos de atraso para o campeão, que ficara em 2º e em 3º nas duas edições anteriores.

    ETIÓPIA

    Nas provas femininas, foi Trhas Teklehmainot Tesfay quem fez uma dobradinha, ao vencer tanto a prova de fundo como a de contrarrelógio, repetindo o feito de 2021. A ciclista da Soltec tem 21 anos e corre ao lado das portuguesas Mariana Líbano e Sofia Gomes.

    No contrarrelógio masculino, Tsgabu Grmay tornou-se campeão etíope pela 7ª vez, derrotando de forma clara os rivais diretos. Na prova de fundo, a história foi outra e Bizay Tesfu Redae é campeão nacional da Etiópia pela primeira vez, aos 20 anos de idade. Um ciclista completamente desconhecido do público geral, tem como melhores resultados um pódio em etapa na Volta à Boa Esperança, em 2022 e um pódio no contrarrelógio nos Campeonatos de África, enquanto júnior.

    FRANÇA

    No contrarrelógio feminino,  Cédrine Kerbaol surpreendeu a concorrência e é campeã francesa de contrarrelógio aos 21 anos. A ciclista da Ceratizit está a ter uma época fantástica, com uma vitória na etapa e na geral da Volta à Normandia. Aqui, bateu nada mais, nada menos que Audrey Cordon-Ragot, 6 vezes campeã da especialidade.

    Na corrida masculina, foi Rémi Cavagna quem recuperou o título que lhe escapava desde 2020. O homem da Soudal venceu com Bruno Armirail a ser o único a ficar com menos de 1 minuto perdido para Cavagna.

    Na prova de fundo, Victoire Berteau deu à Cofidis o primeiro título nacional, tanto na vertente masculina como na feminina, batendo uma FDJ-SUEZ com clara vantagem numérica. Foi na rampa final, com empedrado, que a ciclista de 22 anos impediu a FDJ de conseguir uma dobradinha com Marie Le Net e Jade Wiel.

    Na prova masculina, a Groupama-FDJ deu um show autêntico e Valentin Madouas foi capaz de se sagrar campeão francês, título inédito para o ciclista gaulês. Madouas venceu com quase 2 minutos de vantagem para o colega de equipa, Rudy Molard, que ficou em segundo e para Julien Bernard, da Trek, que completou o pódio.

    GRÃ-BRETANHA

    Elizabeth Holden é campeã de contrarrelógio da Grã-Bretanha pela primeira vez, numa prova em que o top 5 ficou separado por 30 segundos. Destaque para a presença nesse grupo, das jovens Pfeiffer Georgi, de 22 anos, e Elynor Bäckstedt, de apenas 21 anos.  No contrarrelógio masculino, foi Joshua Tarling, ciclista de 19 anos da INEOS que recuperou de uma primavera menos bem conseguida para arrasar a concorrência no campeonato nacional. Fred Wright foi segundo, a um minuto e três segundos.

    Na prova feminina em linha, Pfeiffer Georgi manteve a tendência da vitória da juventude e sagrou-se campeã nacional da Grã-Bretanha pela 2ª vez na carreira, com apenas 22 anos. A ciclista da DSM também venceu a prova em 2021. Na edição deste ano bateu Claire Steels, da Israel Premier Tech e Anna Henderson, da Jumbo.

    Na corrida masculina, Fred Wright cumpriu o destino que lhe falhou no contrarrelógio. A corrida foi completamente desorganizada, com a formação madrugadora de um grupo de 30 ciclistas. Mark Donovan seguiu isolado durante mais de 2 voltas, mas o esforço do ciclista da Q36.5 revelar-se-ia infrutífero.

    Destacou-se um grupo com 6 corredores, que se foi destruindo aos poucos e perto da entrada na última volta, James Knox começou a aproveitar uma subida. Connor Swift cedia, mas era evidente que apenas Wright respondia com facilidade. Knox voltava a atacar e Wright já só respondia a ritmo, com Stephen Williams na roda.

    Já na última volta e na penúltima subida do dia, Williams lançava-se ao ataque, apenas para que Fred Wright contratacasse. Aos 24 anos, o ciclista da Bahrain-Victorious confirmou o seu primeiro título nacional britânico, acabando completamente em lágrimas.

    HONG KONG

    Voltamos à Ásia, onde Wing Yee Leung se sagrou campeã nacional de contrarrelógio pela segunda vez, com uma vitória expressiva, na qual apenas Bo Yee Leung foi capaz de lhe fazer frente. Yee Leung não era campeã desde 2019. Na prova masculina, domínio completo da HKSI Pro Cycling Team!  A formação da casa ocupou os quatro primeiros lugares, todos dentro do mesmo minuto. Foi Wan Yau Vincent Lau quem se sagrou bicampeão de Hong Kong.

    Nas provas em linha, foi a jovem Sze Wing Lee quem levou a vitória para casa, com uma vitória num sprint frente a seis outras corredoras. Na corrida masculina, Vincent Lau não conseguiu repetir a dobradinha do ano passado, mas a vitória não escapou à HSKI que fez 1º e 2º, com Pak Hang Ng a ficar à frente de Ching Yin Mow, ganhando assim o título que escapou em 2022.

    HÚNGRIA

    Em solo húngaro, não houve grande pluralidade de vencedores. Blanka Vas sagrou-se tetracampeã nacional de crono, num dia em que pouca ou nenhuma adversidade enfrentou. Nos homens, Attila Valter deu mais uma camisola de campeão nacional à Jumbo, derrotando sem margem para dúvidas Daniel Szalay e Erik Fetter, campeão do ano passado. É o segundo título para Valter na especialidade.

    Nas provas em linha, os vencedores foram exatamente os mesmos. Blanka Vas enfrentou maior resistência por parte de Petra Zsankó e de Dorka Jordán, mas ninguém impediu a ciclista de 21 anos que corre na SD Worx de alcançar a dobradinha. Quem também fez a dobradinha, foi Attila Valter que renovou o título de 2022, ganhando com mais de 2 minutos de vantagem para Márton Dina, o rival mais direto.

    ISLÂNDIA

    Apesar de ser pouco conhecida no Mundo velocipédico, a Islândia também realizou campeonatos nacionais. Hafdís Sigurdardóttir é campeã nacional de contrarrelógio pelo 2º ano consecutivo, vencendo de forma clara com quase 2 minutos para Kristin Edda Sveinnsdóttir. Na corrida em linha, confirmou a 2ª dobradinha consecutiva, ao ganhar num sprint a quatro.

    No contrarrelógio dos homens, David Jónsson é campeão nacional de contrarrelógio com 18 anos, batendo Ingvar Ómarsson e Kristinn Jonsson, ambos por menos de 30 segundos. Na prova em linha Ómarsson, batendo Jonsson e Hafsteinn Aegir Geirson, conquistando o 7º título da carreira.

    IRLANDA

    Na corrida feminina de contrarrelógio, Kelly Murphy alcançou o 4º título da carreira, vencendo de forma clara. Na prova masculina, Ryan Mullen alcançou o 6º título irlandês da carreira, demonstrando um estatuto que parece ter perdido na cena internacional, desde aquele 5º lugar no Campeonato do Mundo em Doha. O ciclista da Bora venceu Bem Healy por apenas 8 segundos e George Peden por 34.

    Na prova em linha, Lara Gillespie sagrou-se campeã nacional da Irlanda pela 2ª vez, aos 22 anos, num sprint a partir de um grupo de 6 corredoras. A mulher da UAE Development Team também foi campeã em 2020. Na corrida masculina, Bem Healy destruiu completamente a concorrência e alcançou um título que já lhe parecia destinado desde o início da época, ganhando com mais de 4 minutos para o 2º.

    ISRAEL

    No contrarrelógio, Rotem Gafinovitz alcançou o 4º título nacional, vencendo com uma grande margem. No campeonato masculino, Oded Kogut, que ainda corre na Israel Premier Tech Academy, é colega de Daniel Lima… e conseguiu bater Omer Goldstein, da formação principal da Israel Premier Tech por 1 minuto e venceu aos 22 anos.

    Na prova de fundo, Antonina Reznikov conquistou um título inédito aos 41 anos, ganhando com mais de 6 minutos de vantagem.  Na prova masculina, Itamar Einhoorn sagrou-se bicampeão, vencendo frente a Guy Sagiv e a Nadav Raisberg.

    ITÁLIA

    Elisa Longo Borghini é tetracampeã de contrarrelógio.  A ciclista de 31 anos venceu de forma clara, com Marta Cavalli a ser a única capaz de ficar a menos de 1 minuto de Longo Borghini. Na prova de fundo, a ciclista da Trek consolidou a 3ª dobradinha em 4 anos, batendo Silvia Persico e Marta Cavalli ao sprint.

    Nas corridas de homens, Filippo Ganna é campeão italiano de contrarrelógio pela 4ª vez em cinco anos. O ex-campeão do Mundo mostrou o seu valor ao derrotar Mattia Cattaneo e Matteo Sobrero. Já na prova em linha, Simone Velasco sagrou-se campeão de Itália pela primeira vez, vencendo um sprint a seis em que Davide Formolo lançou Matteo Trentin, que se queixou de um sprint irregular de Kristian Sbaragli, sendo que o homem da Alpecin acabou na 3ª posição. Lorenzo Rota ficou em 2º.

    JAMAICA

    No país das Caraíbas, apenas decorreram campeonatos nacionais de contrarrelógio. Na prova feminina, Llori Sharpe, de 22 anos que corre pela Canyon/SRAM é campeã nacional e na masculina, o título foi para Barrington Bayley, de 45 anos.

    JAPÃO

    Aos 21 anos, Yui Ishida sagrou-se campeã nacional de contrarrelógio, vencendo com quase dois minutos de vantagem para Maho Kakita, de apenas 18 anos. Na corrida masculina, a JCL Team UKYO fez 1º e 2º, com Yuma Koishi a fazer jus ao título de campeão asiático de 2015, conquistando o seu primeiro título de contrarrelógio. Yukiya Arashiro, homem do World Tour, ficou ainda atrás de Masaki Yamamoto, fechando o pódio.

    Na prova de fundo, Eri Yonamine sagrou-se campeão nacional pela 6ª vez na carreira, igualando o seu número de títulos de crono. A corrredora da Human Powered Health não esteve para brincadeiras e ganhou com mais de 7 minutos de vantagem para Tsubasa Makise, que ficou em segunda.

    Na corrida masculina, Yamamoto conquistou o título nacional, vencendo isolado em mais uma dobradinha da UKYO, equipa que domina cada vez mais a cena do ciclismo japonês. É o primeiro campeonato nacional para o ciclista que se sagrou campeão da Ásia em 2018.

    CAZAQUISTÃO

    No Cazquistão, o cenário foi semelhante ao da Húngria. Duas dobradinhas, uma para Alexey Lutesenko e outra para Makhabbat Umutzhanova. No contrarrelógio, a vitória de Alexey Lutsenko foi bastante natural, com o ciclista da Astana a vencer o 3º título com uma boa margem, sendo o maior favorito à vitória. Na prova de fundo, a vitória foi ainda maior, com Lutsenko a vencer por mais de 2 minutos, alcançando o seu 3º título nacional na vertente.

    Na corrida de crono, Makhabbat Umutzhanova alcançou o seu título nacional de contrarrelógio pela 3ª vez, com uma margem superior a 1 minuto para a rival mais próxima. Na prova de fundo, Umutzhanaova conquistou a dobradinha ao vencer num sprint frente a Rinata Sultanova.

    LAOS

    Uma nação apenas com provas masculinas, Ariya Phounsavath é campeão tanto no contrarrelógio como na prova de fundo. O ciclista da Roojai Online Insurance não arrasou nenhuma das provas, sendo que o contrarrelógio foi mesmo conquistado apenas com uma margem de 13 segundos.

    LETÓNIA

    Dana Rozlapa é campeã letã de contrarrelógio pela 8ª vez na carreira, batendo Lija Laizane, da Laboral Kutxa, formação do País Basco. Aos 43 anos, Rozlapa foi mesmo capaz de ficar na 2ª posição da prova em linha, pela 5ª vez na carreira. Foi batida por Anastasia Carbonara, da UAE Development Team, que se sagrou bicampeã da Letónia.

    Na vertente masculina, o contrarrelógio foi uma luta a três, com Toms Skujins a levar a melhor sobre Krists Neilands e Emil Liepins para conquistar o seu quarto campeonato de contrarrelógio. Tal como Rozlapa, Neilands repetiu o segundo lugar do crono na prova de fundo, conquistada de forma mais confortável pelo colega de Skujins na Trek, Emil Liepins, que se sagrou bicampeão nacional.

    LITUÂNIA

    Nos campeonatos femininos da Lituânia, Olivija Baleiyste conquistou títulos inéditos tanto no contrarrelógio, como na prova de fundo e ambos às custas de Akvilé Gedraityté, que ficou na segunda posição de ambas as corridas e que já ficou em várias ocasiões no pódio das duas provas do campeonato nacional.

    Na prova masculina, Aivaras Mikutis dominou o contrarrelógio, com o homem da Tudor Development Team a vencer o seu segundo título consecutivo na especialidade, por mais de 2 minutos. Mikutis tem apenas 20 anos. Mas a juventude não acabou aí. Na prova de fundo, Rokas Adomaitis, ciclista da Tartu2024 e campeão lituano de contrarrelógio em sub-23, pulverizou os adversários e ganhou com mais de quatro minutos de vantagem.

    LUXEMBURGO

    Outro país de dobradinhas! Desta vez, os protagonistas foram Alex Kirsch e Christine Majerus. Kirsch sagrou-se campeão tanto de contrarrelógio, como de fundo pela primeira vez. No crono, bateu Arthur Kluckers, ciclista de 23 anos da formação principal da Tudor, por 4 segundos. Na prova de fundo, o homem da Trek chegou isolado com cerca de 30 segundos para um grupo encabeçado por Michel Ries.

    Nos campeonatos femininos, Christine Majerus fez história ao ganhar o 17º título luxemburguês de contrarrelógio (o primeiro foi em 2007) e com uma boa vantagem para as adversárias. Na prova de fundo, a ciclista da SD Worx bateu Nina Berton e Marie Schreiber para conquistar uma vitória num sprint em grupo reduzido.

    PAÍSES BAIXOS

    O país com o melhor ciclismo feminino do Mundo, viu as rivais Annemiek Van Vleuten e Demi Vollering, serem derrotadas por Riejanne Markus, com a ciclista da Jumbo-Visma a sagrar-se campeã neerlandesa de contrarrelógio pela 1ª vez, depois de ter ganho na corrida de fundo em 2022. Bateu Vollering por 55 segundos e Van Vleuten por mais de 1 minuto. No contrarrelógio masculino, Jos Van Emden alcançou o seu 4º título de campeão nacional, aos 38 anos, numa corrida em que os seis primeiros ficaram separados por 56 segundos.

    Na prova de fundo, a SD Worx dominou com Demi Vollering a chegar isolada para a conquista do seu primeiro título nacional de fundo, com Lorena Wiebes a garantir que a equipa neerlandesa acabava com os dois primeiros lugares do pódio, que ficou completo com Marianne Vos a fechar o pódio.

    Na corrida masculina, Dylan Van Baarle venceu uma corrida estrategicamente dominada pela Jumbo-Visma que começou por meter Olav Kooij na frente com Robert Gesink, obrigando Mathieu Van Der Poel a correr contra a superioridade numérica das “abelhas” que aproveitaram para desgastar o ciclista da Alpecin, garantindo o primeiro e segundo lugar para os homens da Jumbo com Kooij a garantir este último nos metros finais.

    POLÓNIA

    No contrarrelógio feminino, Agnieszka Skalniak-Sójka sagrou-se bicampeã polaca de contrarrelógio, com a ciclista da Canyon a vencer Marta Lach, da Ceratizit por 13 segundos. O contrarrelógio masculino ficou marcado por um duelo entre Michal Kwiatkowski e Maciej Bodnar, com o primeiro a recuperar o título nacional de contrarrelógio por 1 segundo. Kwiatkowski bateu o campeão de 2022 e 2021, para ganhar um título que lhe escapava desde 2017, o 3º nacional da especialidade na sua carreira.

    Saltando para as provas de fundo, Monika Brzezna, ciclista da MAT Atom Deweloper Wroclaw  bateu Karolina Perekitko e Zuzanna Chylinska para conquistar o seu primeiro título nacional de fundo. Na corrida masculina, Alan Banaszek, ciclista da Human Powered Health venceu num sprint a três contra Filip Maciejuk, da Bahrain-Victorious, e Marcin Budzinski da Mazowsze Serce Polski, antiga equipa do novo campeão polaco.

    SUÍÇA

    A corrida feminina viu a campeã suíça de contrarrelógio juntar o título de fundo ao palmarés. Marlon Reusser, da SD Worx, venceu isolada com mais de dois minutos de vantagem para um trio, encabeçado por Elena Hartmann e Elise Chabbey, que completaram o pódio. Na corrida masculina, foi Marc Hirschi quem se sagrou campeão da Suíça, mostrando cada vez mais daquele ciclista que brihou na DSM em 2020. Hirschi mostrou grande superioridade num sprint a cinco, onde o destaque vai também para o segundo lugar de Antoine Debons, da Philippe Wagner Cycling que ficou em 2º, perto de protagonizar o choque do fim do semana. As prova de contrarrelógio só vão decorrer em outubro.

    Imagem de capa: Movistar Team

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Barcelona quer contratar médio do Arsenal

    O Barcelona procura reforçar o meio-campo para a próxima...

    Vietname apresenta Kim Sang Sik como novo selecionador

    Kim Sang Sik é o novo selecionador do Vietname....

    AS Monaco quer 30 milhões de euros por médio

    O AS Monaco definiu o preço mínimo de Youssouf...

    Bayern Munique revela pormenores sobre a lesão de Raphael Guerreiro

    O Bayern Munique revelou que Raphael Guerreiro vai falhar...

    Chelsea quer trocar Lukaku por craque do Nápoles

    O Chelsea está determinado em contratar Victor Osimhen ao...
    Filipe Pereira
    Filipe Pereira
    Licenciado em Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o Filipe é apaixonado por política e desporto. Completamente cativado por ciclismo e wrestling, não perde a hipótese de acompanhar outras modalidades e de conhecer as histórias menos convencionais. Escreve com acordo ortográfico.