Tadej Pogačar renova título e aproxima-se do consílio dos deuses

CHAPEAU, MARK CAVENDISH!

Mark Cavendish venceu quatro etapas na Volta a França e igualou as 34 vitórias de Eddy Merckx na prova. É incrível ler isto e não pensar no “background” do dilúvio que colocou o míssil de Man com pé e meio fora do ciclismo. A ausência das grandes decisões durava há mais de três anos, o que torna toda esta caminhada simplesmente épica.

Recuperado fisicamente do vírus (Epstein-Barr) que quase lhe arruinou a carreira, a oportunidade para se relançar ao mais alto nível surgiu com o regresso à formação da Quick-Step, agora também denominada por Deceuninck. Quatro vitórias na Volta à Turquia e um triunfo sobre os melhores dos melhores em solo belga causou burburinho na questão Bennet vs Cavendish como o sprinter de eleição da equipa de Patrick Lefevere. Depois de muita polémica e a lesão do sprinter irlandês, Cavendish regressou ao Tour para deixar uma marca importantíssima no livro de recordes deste desporto.

Fougères, Châteroux, Valence e Carcassone. Faltou Paris no topo do recorde. Por enquanto, são 34 para a talvez maior lenda do ciclismo e 34 para o talvez melhor sprinter de todos os tempos. Fica complicado acreditar que Mark Cavendish não terá pelo menos mais uma oportunidade para superar o recorde que muitos pensavam impossível de atingir, já que Sam Bennet está de saída e a formação belga tem uma tradição de largos anos quanto a sprinters, lançadores, comboios e acima de tudo, em vitórias.

As etapas propensas a finalizadores continuarão a ser uma realidade e Mark Cavendish é, neste momento, um dos melhores do mundo. Seja na Deceuninck Quick-Step ou não, aquilo com que o icónico velocista nos presenteou pode dar mais frutos. Importa, contudo, refletir sobre as circunstâncias em que isto se tornou possível, e nesse campo, a equipa foi fundamental.

Os méritos a nomes com Tim Declerc no controlo na etapa, a Julian Alaphilippe pelo trabalho que realizou em prol do seu colega e a Michael Morkov, por exemplo, têm de ser exaltados, pois o comboio azul funcionou na perfeição. Fosse no controlo das fugas, na aproximação aos metros finais, na colocação do sprinter e nos lançamentos perfeitos de Morkov, a equipa esteve imbatível, juntando esse esforço à qualidade, frescura e experiência de Cavendish.

Como o próprio nunca se cansou de referir, a equipa foi fulcral para estas quatro vitórias. Em Fougères bateu Bouhanni e Philipsen na linha de meta em ligeira subida. Seguiu-se uma vitória tirada a ferros sobre os mesmos rivais, em Châteroux, onde tudo começou. Em grande estilo venceu em Valence, conquistando mais uma vitória nos mesmos moldes das anteriores: excelente aproveitamento do trabalho dos colegas de equipa e principalmente do lançador dinamarquês, realizando ataques curtos e explosivos, triunfando assim com alguma margem sobre Wout van Aert.

A última, aquela que permitiu igualar-se ao canibal, surgiu de uma maneira bem mais tensa, com algumas dificuldades no posicionamento na parte decisiva da etapa, mas, curiosamente, naquela onde Morkov se revelou mais essencial. Aproveitando o cone de vento do seu parceiro, Cavendish arrancou nos últimos 100 metros para a glória. O resto é história, uma história que promete ter mais capítulos grandiosos. Mark Cavendish imortaliza-se (ainda mais) no consílio dos deuses do ciclismo por uma porta diferente.

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Ricardo Rebelo
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O Ricardo é licenciado em Comunicação Social. Natural de Amarante, percorreu praticamente todos os pelados do distrito do Porto enquanto futebolista de formação, mas o sonho de seguir esse caminho deu lugar ao objetivo de se tornar jornalista. Encara a escrita e o desporto como dois dos maiores prazeres da vida, sendo um adepto incondicional de ciclismo desde 2011.

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