Tour de France 2018: O Percurso

    Primeira Semana

    Há uma frase muito usada no ciclismo para descrever os dias como os que o pelotão enfrentará na primeira semana deste Tour, “não servem para ganhar o Tour, mas servem para o perder”. É isso mesmo que aqui acontecerá, com dias certamente nervosos para os homens que quererão brilhar mais à frente nas montanhas e que terão aqui também de lidar com a inovação das metas volantes bonificadas colocadas na parte final das jornadas. Pelo contrário, os sprinters terão uma semana de luxo, repleta de oportunidades para levantar os braços e celebrar as vitórias.

    A confirmar esta visão está a análise de Nairo Quintana, um dos líderes da Movistar Team, que pretende finalmente chegar à vitória no Tour, depois de dois segundos lugares (2013 e 2015) e um terceiro (2016). 

    https://www.youtube.com/watch?v=tplAhMenGsg

    Etapa 1: Noirmoutier-en-l’Île › Fontenay-le-Comte

    O Tour volta este ano a abrir com uma tirada ao jeito dos sprinters, dando aos homens mais rápidos do pelotão a possibilidade de lutarem não só pela vitória inaugural como pela honra de vestir de amarelo. Como habitual, os homens da Geral terão de ter cuidado com o nervosismo inicial da corrida, que pode originar quedas e, com elas, cortes no pelotão que custam segundos valiosos.

    Etapa 2: Mouilleron-Saint-Germain › La Roche-sur-Yon

    O fim-de-semana inaugural deste Tour é exclusivamente dedicado ao plano e, ao segundo dia, poderemos voltar a ver um final a velocidades estonteantes com a disputa entre os velocistas pela jornada. Além da vitória parcial, estarão para estes em jogo bonificações que poderão permitir uma mudança de camisola amarela. Aos favoritos, aconselham-se os mesmos cuidados do dia anterior.

    Etapa 3: Cholet › Cholet

    O contrarrelógio por equipas de 35,5 quilómetros tem sido apontado por muitos como um dia chave e não só as equipas têm demonstrado preocupação com este dia como até os organizadores das provas de preparação para o Tour, como o Criterium du Dauphine e o Tour de Suisse, incluíram também um esforço coletivo nos seus percursos. Será o primeiro real teste às equipas que querem vencer o Tour e podemos ter logo aqui um grande favorito de amarelo e outros a perder tempo muito importante. 

    Etapa 4: La Baule › Sarzeau

    Depois do primeiro teste aos candidatos, regressamos ao plano e teremos mais uma etapa propícia a um final em pelotão compacto e discussão em velocidade. No entanto, com um pouco de sobe e desce na parte final, poderá haver quem tente a sua sorte com um ataque de longe, pelo que as equipas dos sprinters terão que estar atentas para não perderem a oportunidade.

    Etapa 5: Lorient › Quimper

    Ao quinto dia, a primeira etapa acidentada do Tour. Com mais de 200 quilómetros de sobe e desce constante, será um dia para os puncheurs – ciclistas atacantes que passam bem as colinas e com boa ponta final – poderem ir em busca da glória. Para isso, têm de deixar para trás aqueles sprinters que passam bem as pequenas dificuldades, já que o final ainda que a subir pode não ser suficientemente duro para os deixar a todos de fora.

    Etapa 6: Brest › Mûr de Bretagne Guerlédan

    Se em Qumper ainda pode haver algum homem rápido a resistir, no Mûr de Bretagne tem mesmo que se saber subir (e até haverá dois ou três homens rápidos que o sabem fazer, como Matthews). O dia em si não é muito duro, mas os 20 quilómetros finais contam com duas passagens pela explosiva subida mencionada que tem dois quilómetros a 6,9% de inclinação média. Os homens da Geral também serão testados, já que esta é uma subida onde se podem ceder alguns segundos.   

    Etapa 7: Fougères › Chartres

    Para dar equilíbrio ao percurso, depois de dois dias de rompe pernas, teremos um dia a rolar e perfeito para mais uma disputa entre os sprinters, sendo que nesta altura já se começaram a definir os grandes candidatos a chegar a Paris com a camisola verde. No entanto, a dureza deste dia está na distância, uma maratona de 231 quilómetros, que certamente pesará mais tarde nas pernas.

    Etapa 8: Dreux › Amiens Métropole

    À medida que os ciclistas continuam a percorrer o norte de França, continuam também os dias planos e este deverá ser mais um a juntar a uma semana de sonho para os sprinters.

    Etapa 9: Arras Citadelle › Roubaix

    A última jornada da primeira semana é a sua etapa rainha e uma das mais antecipadas de todo o Tour. Serão pouco mais de 150 quilómetros a rolar, mas os 15 setores de paralelo colocam todos os favoritos à Geral nervosos. Para ciclistas tão leves é complicado passar neste tipo de terreno e, se nesse particular, uns se dão melhor que outros, o risco de uma queda a todos atormenta. Especial atenção para o setor de Mons-en-Pévèle, o único de classificação de dureza de cinco estrelas a marcar presença, ainda que aqui esteja encurtado para uma pequena parte da sua extensão.

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