Terceira Semana
Finalmente, o Tour entra na sua reta final e encara os Pirineus para decidir o vencedor da 105.ª edição. Serão cinco dias de trabalho árduo para os atletas que tentarão aproveitar as últimas oportunidades de mexer com a Geral, vencer uma etapa ou tentar chegar à liderança de alguma classificação secundária. Depois, virá a festa de Paris e a celebração dos heróis da Grande Boucle.
Etapa 16: Carcassonne › Bagnères-de-Luchon
Mais um dia duro colocado após o descanso, o que pode ser fatal para quem não se der bem com o regresso à competição. São 218 quilómetros com uma II Categoria e duas I Categorias na parte final da etapa, incluindo uma passagem por Espanha para ascender ao Col de Portillon pelo lado castelhano. Com um final a descer, não deverá fazer diferenças de maior entre os favoritos, mas se algum perder terreno nas subidas pode dizer adeus à amarela.
Etapa 17: Bagnères-de-Luchon › Saint-Lary-Soulan
Não é a etapa mais dura, mas é a mais esperada do Tour. São apenas 65 quilómetros com duas I Categorias e final em alto numa Categoria Especial. Adicionalmente, o Tour fará uma inovação nesta etapa com os ciclistas a serem organizados à partida pelo seu lugar na classificação Geral. A etapa em linha mais curta da história recente do Tour deverá ser repleta de ação. Desde o primeiro momento que haverão ataques e tentativas de formação de fugas, o que irá forçar um ritmo elevado durante toda a etapa e poderá originar não só grandes quebras de vários ciclistas, como um grande risco de haver quem chegue fora do limite de tempo.
A ansiedade causada por esta etapa é sentida até nos ciclistas. Aqui, Alejandro Valverde, veterano espanhol que já terminou no podium do Tour (2015) e do Giro (2016) e venceu a Vuelta (2009), fala sobre esse dia.
https://www.youtube.com/watch?v=C6ZntbO5kMY
Etapa 18: Trie-sur-Baïse › Pau
Após mais uma incursão pelas montanhas, há uma pequena pausa para os sprints. Na última oportunidade para os homens rápidos antes da chegada a Paris, os ciclistas viajarão pelo sul francês até Pau, uma das cidades mais habituadas a receber a Grande Volta francesa.
Etapa 19: Lourdes › Laruns
Mais conhecida pelo seu santuário, Lourdes recebe a partida para a última ida do Tour 2018 às montanhas. Será um dia de sobe e desce desde o princípio com várias subidas categorizadas. Na primeira parte da jornada, as subidas ao Col d’Aspin e ao mítico Col du Tourmalet selecionarão o grupo e já poucos chegaram ao Col d’Aubisque, onde os trepadores terão a sua última oportunidade de atacar a corrida antes da descida para o final em Laruns.
Etapa 20: Saint-Pée-sur-Nivelle › Espelette
Apenas um contrarrelógio individual, ainda para mais, acidentado e colocado tão tardiamente na corrida não é uma escolha consensual. No entanto, a verdade é que este será o último dia para fazer diferenças e ajustar lugares na Geral e daqui sairá o vencedor final. Corrido no penúltimo dia, o crono beneficiará mais aqueles que recuperem bem ao fim de três semanas que aos puros especialistas e as subidas presentes ajudarão os trepadores a minimizar estragos.
Para esta etapa decisiva, temos a visão do terceiro líder da Movistar Team, Mikel Landa, quarto no Tour 2017 e terceiro no Giro 2015.
https://www.youtube.com/watch?v=91Jsp7Gl-hw
Etapa 21: Houilles › Paris Champs-Élysées
A tradicional parada pelos arredores de Paris para consagrar o vencedor da edição 2018 do Tour de France e beber um pouco de champagne antecipadamente. A parte final da jornada será feita no habitual percurso pela capital francesa, em que muitos tentarão a sua sorte em escapar ao pelotão pela última vez, mas não deverão ter grande sucesso e o espetáculo final do Tour deverá ser mesmo o teste de velocidade dos sprinters contra o paralelo dos Campos Elísios.
Foto de Capa: Le Tour de France
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro