Nomes a ter em conta nas Ardenas:
Julian Alaphilippe: Era impossível faltar este nome na lista de favoritos. É o ciclista mais vitorioso do ano, com oito vitórias acumuladas. Nas três clássicas que realizou, ganhou a Strade Bianche e a Milano-Sanremo e ficou em segundo na La flèche Brabançonne. Ele que até já ganha ao sprint contra os homens mais rápidos do pelotão. Este ciclista francês está no auge da sua carreira e ainda tem muito para dar.
Alejandro Valverde: É verdade que a camisola de campeão do mundo parece pesar. Só ganhou uma vez este ano, mas o currículo deste homem nas clássicas é invejável. O ano passado fez top 5 na Amstel e fechou em segundo na Flèche Wallone, num duelo emocionante contra Alaphilippe. Em 2017 ganhou tanto a Flèche como a Liège. Valverde vai fazer de tudo para ganhar pelo menos uma destas clássicas.
Tim Wellens: Leva três vitórias na temporada. Apresentou-se bem na última clássica belga ( Flèche Brabançonne) acabando em terceiro. Este homem é talhado para clássicas deste género, subidas inclinadas e curtas é o terreno perfeito para Wellens e terá toda a equipa da Lotto Saudal a trabalhar para si durante as provas.
Sagan: Só tem uma vitória na temporada, na Austrália, mais precisamente no Santos Tour Down Under. O campeão eslovaco vai estar à procura de acabar com a escassez de vitórias nas Ardenas. Este ano terminou em quarto na Milan-Sanremo e em quinto no Paris Roubaix, foram estes os seus melhores resultados nas clássicas. Mas Sagan é Sagan e consegue surpreender quando menos estamos à espera.
Maximilian Schachmann: Muita atenção a este nome, o homem da Bora Hansgrohe está a ter prestações em cima da bicicleta como nunca antes visto. Leva cinco vitórias na temporada, incluindo uma clássica, o GP Industria& Artigianato em Itália. Está a atravessar a melhor fase da sua carreira, vamos ver até onde o vai levar.
Depois temos um vasto leque de corredores que podem ganhar e surpreender:
Alberto Bettiol (EF Education First): que já ganhou o Tour de Flandres este ano tem que ser apontado como um nome importante a ter em conta. Fez também top 10 na Flèche Brabançonne e no E3 Binckbank classic. Certamente que vai andar bem o italiano da Education First.
Valgren, Kreuziger, Gasparotto: Valgren foi o vencedor da Amstel 2018, Kreuziger o segundo e Gasparotto o terceiro, esta é a equipa das clássicas da Dimension Data. Curiosamente nenhum ciclista corria na Dimension em 2018.
Colbrelli e Dylan Teuns (Bahrain-Merida): são sempre nomes perigosos para este tipo de provas e a Bahrain precisa de vitórias.
Os irmãos Izaguirre e Fuglsang (Astana): dispensam apresentações, ainda para mais a Astana está a todo o gás este ano.
Oliver Naesen e Bardet (AG2R): são nomes que querem ganhar visto que as vitórias não têm abundado na equipa francesa e certamente que vão querer mudar isso. Naesen tem conseguido vários top 10 neste início de temporada, já Bardet ainda anda longe do seu pico de forma.
Van Avermaet e Bevin (CCC): têm conseguido vários top 10, mas sem êxito de vitória. A CCC é das equipas com menos vitórias este ano e precisa de amealhar bons resultados.
Wout Van Aert (Team Jumbo-Visma): aposta principal da Team Jumbo-Visma para as clássicas, vamos ver como vai correr as suas primeiras clássicas das Ardenas.
Kwiatkowski (Team SKY): um autêntico puncheur, já conta com várias clássicas no seu palmarés, incluindo a Amstel Gold Race de 2015.
Matthews (Team Sunweb): Encabeça a equipa da Team Sunweb, já ganhou esta temporada por duas ocasiões e pode perfeitamente discutir a vitória caso consiga chegar na frente com os melhores e se for proporcionado uma chegada ao sprint.
Van der Poel (Corendon): Vai correr apenas a Amstel Gold Race, por se tratar de uma corrida na Holanda, junto da sede da sua equipa. Está a um nível muito elevado e a prova disso são as cinco vitórias que já leva, incluindo duas clássicas belgas, a Dwars door Vlaanderen e a La Flèche Brabançonne. A juntar a isto, teve um quarto lugar no Tour de Flandres.
Bob Jungels e Gilbert (Quick-Step): Se Alaphilippe não estiver no sítio certo, a equipa belga pode jogar com outras cartas, o luxemburguês está em boa forma e Gilbert acabou de ganhar o Paris-Roubaix.
Adam Yates e Trentin (Mitchelton-Scott): São dois nomes bons para os outsiders, não são favoritos, mas não se descuidem com eles.
Bauke Mollema (Trek): É aquele nome que ninguém dá conta, mas está sempre lá. É capaz de surpreender como já mostrou várias vezes.
Serão dias desgastantes e intensos, mas sem dúvida serão dias com espetáculo garantido, tanto para quem corre, como para quem assiste em casa. É uma semana que se sente o ciclismo de outra forma, as equipas sentem e os amantes da modalidade também. É a semana das Ardenas!
Foto de Capa: La Fléche Wallone