Torneio de Veteranos SideLine: A qualidade (ainda) está lá

    Em mais uma parceria com a SideLine, o Bola na Rede deslocou-se a Caneças para assistir à final do torneio de Veteranos. Para saber em que consiste a SideLine e quais os eventos que organiza, leia a seguinte reportagem.

    Em que consiste este Torneio de Veteranos? Segundo Ricardo Fonseca, Secretário Técnico da SideLine, este torneio marca o início da nova época e é uma forma de as equipas se conhecerem. De Veterano, e apesar de a média de idades ser alta, só tem o convívio que já é característico nos eventos da SideLine. Depois da competição vem o merecido descanso e um lanche ou almoço onde os rivais em campo se tornam amigos à mesa.

    Como funciona? Este torneio está dividido em dois grupos. As equipas de cada grupo jogam entre si e as duas primeiras de cada um jogam a final. Os segundos classificados disputam o 3º e 4º lugares, os terceiros jogam para o 5º e 6º lugares e os quartos classificados vão discutir o 7º e 8º lugares.

    No sábado jogou-se a fase de grupos. Em Caneças, o Grupo A acabou com a seguinte classificação:

    Sem Título

    Este grupo teve a particularidade de só num jogo ter existido um vencedor, de resto apenas se registaram empates. O Tires beneficiou da vitória e conseguiu um lugar na final.

    No mesmo dia, mas em Marvila, disputaram-se os jogos do grupo B, que acabou com a seguinte classificação:

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    Neste grupo jogava o campeão Biqueiras Aço, que não conseguiu passar o Olivais e Moscavide, que iam disputar a final.

    Assim sendo, chegávamos ao Domingo de todas as decisões. No jogo que decidia o 8º e 7º lugares, o MPL venceu por 3-2 o São Domingos.

    Para o 6º e 5º lugares, teríamos o confronto entre o Banco de Portugal e o Hospital Santa Maria. Mesmo com a média de idades alta, desengane-se quem pensa que a qualidade podia não ser alta. Ambas as equipas proporcionaram um grande jogo de futebol e mostraram que a idade é apenas um número, pois a qualidade está lá sempre. No final, a vitória por 2-0 para o Hospital Santa Maria assenta na perfeição a uma equipa que foi melhor; o principal destaque foi o belíssimo golo do 2-0.

    Para Miguel Sá, o responsável do Banco de Portugal, a vitória do adversário é justa. “Tivemos de fazer um jogo mais calculista e mais defensivo. Não esquecer que a nossa equipa é das mais velhas em termos de idade no torneio, portanto o resultado é justo, o adversário foi superior, mas há que destacar que dentro das nossas limitações fizemos um trabalho sério neste torneio.”

    Os jogadores do Hospital Santa Maria mostram que o talento está lá Foto: Pedro Moura
    Os jogadores do Hospital Santa Maria mostram que o talento está lá
    Foto: Pedro Moura

    Para o Banco de Portugal, há um jogo que fica na memória e que poderia ter dado a final. “Temos o jogo com o Estrelas de Lisboa atravessado, pois empatámos a uma bola e criámos imensas oportunidades, falhando mesmo um penálti. Se tivéssemos ganhado talvez estivéssemos hoje a jogar a final em vez do Tires, pois passávamo-los na classificação.”

    No entanto o balanço é positivo, e Miguel Sá avisa que esta equipa pode fazer coisas boas no campeonato. “Se 80% dos jogadores treinarem, temos capacidade para fazer uma equipa para lutar do 5º lugar para cima. Mas é uma situação que não controlamos; se vão 10 jogadores treinar, no próximo treino vão 15 e no outro só vão oito. Estamos sempre dependentes da disponibilidade das pessoas.”

    Pelo 3º e 4º lugares temos um dos grandes nomes da prova e do campeonato. O Biqueiras Aço é o campeão em título e é sempre um dos favoritos à conquista destes torneios, que contam com muitos ex-jogadores de futebol profissional. Falhado o objectivo de ir à final, o campeão teve se contentar com o 3º lugar, ao vencer o Estrelas de Lisboa. Logo ao início do jogo ouve-se uma dica de alguém dos Biqueira Aço para o adversário: “não ataquem por este lado, ainda nem aqueci, tenham dó”. Mais um exemplo de boa disposição já característico nos eventos da SideLine. O Biqueiras Aço ganha por 3-1, um resultado que mostra a diferença entre as equipas. Se de um lado está o campeão em titulo, com jogadores com experiência, do outro está uma equipa nova, com muitos jogadores sem experiência no futebol 11.

    Biqueiras Aço vs Estrelas de Lisboa Foto: Pedro Moura
    Biqueiras Aço vs Estrelas de Lisboa
    Foto: Pedro Moura

    Para o Estrelas de Lisboa, este foi um importante torneio para preparar a época que aí vem. “Deu para os jogadores se conhecerem melhor, para perceberem no que falham e no que são melhores. Deu para jogadores habituarem-se às dimensões de um campo destes”, afirma o treinador. Para o capitão o balanço também é positivo: “Vínhamos com perspectiva de treinar e fazer jogos de preparação para a próxima época. Podemos dizer correu quase na perfeição, só tivemos uma derrota e o resto foram só empates, o que mostra que estamos no bom caminho.“

    Grande parte dos jogadores do Estrelas de Lisboa nunca jogou futebol. Como se faz a preparação de um grupo sem essa experiência? O treinador responde. “Os que têm mais experiência ensinam os menos experientes os movimentos do jogo e tentam mostrar o que é o futebol  11, pois não é aos 45 ou 50 que se aprende a jogar na plenitude. Quando se quer aprender, é tudo fácil e este grupo de jogadores quer sempre melhorar.”

     

    Chegava assim a final. Olivais e Moscavide jogava frente ao UDR Tires. As duas equipas chegavam aqui depois de vencerem os seus grupos. Tal como se esperava, foi um jogo de muita luta e muita garra, mas no entanto o nulo mantinha-se. Só perto do fim é que o nulo se desfez para o lado do Olivais e Moscavide, o que despertou a reacção do Tires. Houve emoção até ao fim, com o Tires a carregar e a tentar o empate. Já se tinha dito aqui que, apesar da idade já não perdoar, o talento está lá e o maior exemplo disso é o capitão do Tires. Quem o vê jogar não diz que já tem 50 anos. Ágil, rápido e a comandar a equipa, os anos não passam por ele. O motor do Tires tem muita qualidade, graças aos anos que passou a jogar futebol, mas não consegue ajudar a dar a volta ao resultado, e é o Olivais e Moscavide que leva a taça para casa.

    Olivais e Moscavide vs UDR Tires Foto: Pedro Moura
    Olivais e Moscavide vs UDR Tires
    Foto: Pedro Moura

    Para o Olivais e Moscavide, a final foi um jogo disputado. “Foi um bom jogo para uma final. Um bom jogo comparativamente aos outros que fizemos, bem disputado. A vitória poderia pender para os dois lados, e ambas as equipas estão de parabéns. ” As equipas já se mostram preparadas para o campeonato que aí vem, campeonato esse para o qual o vencedor do torneio tem um objectivo especial. “O nosso objectivo é fazer um bom campeonato e, principalmente, manter as pessoas activas. Queremos fazer da actividade física uma rotina, pois as pessoas desleixam-se.”

    Para o Tires, a final foi dos melhores jogos do campeonato. “Foi um bom jogo para a nossa idade, repartido e equilibrado. Dos jogos que se realizaram aqui no campo do Caneças entre ontem e hoje foi dos melhores que ocorreram.” Para uma equipa com jogadores com experiência de distritais e segunda divisão, o objectivo está definido. “Ficar nos quatro primeiros com o mesmo espírito de veterano e de companheirismo que nos caracteriza.”

    Os vencedores Foto: Pedro Moura
    Os vencedores
    Foto: Pedro Moura

    No final é tempo de entrega de prémios. Lamenta-se a falta de comparência dos árbitros nos jogos de um dos grupos, situação essa que foi resolvida pelos membros da SideLine e que não manchou a imagem do torneio, que decorreu da melhor maneira, com um grande espírito de companheirismo por parte de todas as equipas, algo que já marca os eventos da SideLine, e com jogadores que, apesar da idade, mostraram que não esquecem. Há que a agradecer à SideLine pela realização destes eventos e por toda a disponibilidade para com os elementos do Bola na Rede.

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    André Conde
    André Condehttp://www.bolanarede.pt
    O André apoia o Benfica, mas, acima de tudo, gosta de comentar o futebol em geral. Adora assistir às primeiras pré-eliminatórias das provas europeias e é fã do Stoke City.                                                                                                                                                 O André não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.