O FRACASSO E A RETIRADA
Corria o ano de 2004, ano de certame olímpico, desta feita em Atenas, e Nuno foi designado como o porta-estandarte da bandeira lusa na cerimónia de abertura da “festa do desporto”. No entanto, a sua estadia apenas durou enquanto não se iniciaram as provas de Judo, sendo logo afastado no combate de estreia, sem mácula e por Ippon. Viria a saber-se mais tarde que competiu por “amor à pátria”, visto encontrar-se lesionado.
O AFASTAMENTO E A PREOCUPAÇÃO COM OS MAIS DESFAVORECIDOS
As malditas lesões continuaram a atormentar o genial competidor português, levando-o a findar a carreira enquanto desportista de alta competição em 2005. Mas parar não fazia parte do seu vocabulário, o que o levou a criar uma escola, à qual deu o seu nome. Com o objetivo principal de inserir no desporto, mas, acima de tudo, na sociedade, jovens de contextos sociais problemáticos ou com algumas deficiências associadas.
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Este serviço à comunidade fez com que, em 2010, aquando da “maior aula de Judo do Mundo”, em que conseguiu reunir mais de quatro mil e quinhentas crianças e jovens no Terreiro do Paço, em Lisboa, recebesse uma distinção da Organização Europeia de Judo, como prémio da sua entrega aos outros.
A 27 de maio de 2015, chega a mais que justa homenagem: a condecoração com a Ordem de Mérito do Infante D. Henrique.
Herói no «Tatame» e um exemplo fora dele, é um dos maiores símbolos do desporto português, a quem se deve o grande crescimento e afirmação do Judo no panorama desportivo nacional.
Foto de Capa: Escola de Judo – Nuno Delgado
Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos