O infortúnio de uns traz a sorte de outros. Cinco anos depois de Dana White ter dito que mulheres nunca lutariam na UFC e no ano em que Ronda Rousey era, a par de McGregor, a maior estrela do MMA, Miesha Tate e Amanda Nunes viram-se a encabeçar aquele que foi o evento mais importante da história da UFC. E eventos históricos fazem-se, claro, de história.
Amanda Nunes sempre foi conhecida por bater muito forte e ter começos de combate fulgurantes, desvanecendo nas rondas finais. Miesha, que em contraste começa mais lento, estava consciente disto, mas não aguentou a pressão de Nunes. Tate tentou derrubar a brasileira mas, das duas vezes que tentou, não conseguiu aguentá-la no chão. Após a segunda, Nunes acertou uma direita que fez com que Tate começasse a recuar. A desafiante não largou o osso e iniciou uma perseguição, acertando combinações. Outra direita fez com que as pernas de Miesha desistissem dela, levando-a ao chão, de costas para Nunes. Após algum ground and pound, Nunes colocou os ganchos, virou Miesha e encaixou o Mata-Leão. Miesha, ensanguentada, desistiu e, assim, se fez história. Amanda Nunes tornou-se a primeira brasileira a ser campeã feminina da UFC, mas, mais importante ainda, a primeira campeã abertamente gay.

Fonte: UFC
Foi um grande final para um evento que estava recheado do início ao fim. Todos os combates preliminares eram dignos de estar no cartaz principal e nenhum deles desiludiu. Jim Miller, Gegard Mousasi e Joe Lauzon (estes dois últimos receberam prémios de performance da noite) todos finalizaram as suas lutas e deram o início perfeito ao evento. Sage Northcutt voltou às vitórias, vencendo Enrique Marin por decisão. O ex-campeão de peso galo TJ Dillashaw venceu Rafael Assunção, com quem tinha perdido há 3 anos, também por decisão, mostrando-se dominante após ter perdido o título.