UFC 236: Poirier e Adesanya saem por cima

    Kelvin Gastelum também andou por outras divisões. Até 2016 lutou na divisão de peso meio-médio. Subiu uma categoria e venceu Tim Kennedy, perdeu para Chris Weidman, e venceu Michael Bisping e ‘Jacare’ Souza. Tinha uma luta marcada contra Robert Whittaker, mas devido à lesão previamente mencionada, o combate foi desmarcado. Com a vitória de Adesanya sobre Anderson Silva, uma luta entre os dois fazia sentido.
    Gastelum é um lutador muito maciço, tem poder de KO (visto no combate contra Michael Bisping) e tem uma boa base de wrestling que utiliza para confundir os adversários.

    O primeiro round foi para Gastelum. Conseguiu surpreender Adesanya e por momentos podia-o ter finalizado. Nos dois rounds seguintes Adesanya anulou tudo o que Gastelum tinha para oferecer. Este não conseguiu atingir o nigeriano, que se manteve longe e sempre a acertar golpes eficazes. O quarto round foi melhor para Gastelum que conseguiu acertar mais golpes no adversário. À entrada para a quinta ronda tudo estava em aberto. Foi aí que Adesanya deu um espetáculo: conseguiu quatro knockdowns e por segundos não finalizou Gastelum. No final, os juízes atribuíram a vitória unânime a Israel Adesanya por 48-46 (3 rondas para ele, duas para Gastelum).
    Robert Whittaker vai agora defender o seu título contra Adesanya. Especta-se que a luta seja no país natal de Whittaker: Austrália.

    Adesanya interioriza o momento em que se sagra campeão interino de peso-médio
    Fonte: UFC

    Nos restantes combates do main card, Nikita Krylov finalizou Ovince Saint Preux por mata-leão na segunda ronda, na divisão de peso meio-pesado. OSP tentou superar a agressividade do ucraniano ao tentar a projeção e o combate corpo a corpo, e conseguiu na primeira ronda. Na segunda ronda Krylov projetou OSP e depois de conseguir a montada finalizou o combate. Dado estatístico interessante de Nikita Krylov: todas as suas 25 vitórias foram por finalização, 10 nocautes e 15 submissões.

    Alan Jouban e Dwight Grant protagonizaram um combate muito equilibrado na categoria de peso meio-médio. Grant lançou 39 golpes dos quais 38 foram significativos, face aos 25 (24 significativos) de Jouban, que ainda conseguiu uma projeção. A decisão dos juízes foi dividida, mas Dwight Grant saiu vencedor. Dois juízes deram 29-28 (duas rondas para Grant contra uma para Jouban), e surpreendentemente um juiz deu 30-27 para Jouban (venceu todas as rondas).

    Eryk Anders e Khalil Rountree entraram para este combate em situações semelhantes. Ambos vinham de derrotas e procuravam a vitória para relançar a carreira na divisão de peso-médio.
    Rountree esteve significativamente melhor que Anders. Dominou o combate inteiro, só faltando a finalização. Lançou 83 golpes sendo 79 deles significativos. Anders apenas laçou 19 com 16 significativos. Rountree conseguiu ainda umas surpreendentes quatro knockdowns. No final, a decisão dos juízes foi fácil. Todos pontuaram o combate 30-26, e todos deram apenas oito pontos a Anders no segundo round.

    O próximo evento será o UFC Fight Night Russia, dia 20 de abril, cartaz protagonizado por Overeem e Oleinik.

    Foto de capa: UFC

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    Eduardo Pedrosa Costa
    Eduardo Pedrosa Costahttp://www.bolanarede.pt
    Desde criança que os desportos de combate o fascinam. Antigo praticante de boxe, é fã de UFC, Conor McGregor e Mike Tyson. É estudante de Ciências da Comunicação na Universidade Lusófona do Porto, e é na análise desportiva que se revê.                                                                                                                                                 O Eduardo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.