WWE Payback: Do bestial ao genérico num instante

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    COMBATE DO ANO (?) A ABRIR

    Duas elações deste Steel Cage Match: Becky Lynch continua no topo do mundo e é impossível trish Stratus ter 47 anos. De início ao fim, a dinâmica babyface-heel foi muito bem trabalhada e a jaula foi aproveitada ao máximo.

    O combate subiu de nível com pequenas homenagens a Victoria (Trish aplicou o Widow’s Peak) e a Lita (Becky aplicou o Twist of Fate), e com grandes manobras do topo da jaula. O final, com o Super Man-Handle Slam, foi a forma perfeita e definitiva de acabar com um combate que, por si só, já valera o preço do bilhete.

    Nota do combate: 9/10

    THE MIZ VS LA KNIGHT: É TUDO GENÉRICO

    Uma rivalidade que valeu mais pelas promos do que pelo combate. The Miz é dos lutadores mais genéricos de sempre (dentro de ringue), LA Knight é experiente, mas também não chegou onde está graças aos seus golpes. E ainda houve John Cena – o super-herói que a WWE desesperadamente tenta recriar – como árbitro especial. O resultado final? Não foi mau, mas também não foi bom.

    LA Knight precisava de vencer, de escapar do Skull Crushing Finale e (pelos vistos) de merecer o respeito de John Cena. O combate cumpriu com o seu propósito. Mas mais vale ver a imitação hilariante que The Miz fez de LA Knight antes do Payback.

    Nota do combate: 5/10

    POR FALAR EM GENÉRICO…

    Seguiu-se o combate com a estrutura mais usada de sempre na WWE: o heel toma o controlo cedo, castiga o adversário, provoca o público… Depois, o babyface recupera, aplica os seus maiores golpes e vence após o seu finisher ou um roll-up.

    Pelo menos, deu para notar uma evolução de Austin Theory – está mais fluido dentro do ringue – e é sempre divertido ver Rey Mysterio.

    Nota do combate: 5,5/10

    JUDGEMENT DAY VENCEM TÍTULOS DE EQUIPAS

    Uma “Street Fight” que correspondeu às expectativas de violência e foi um bom tributo ao falecido Terry Funk. Kevin Owens quis prestar-lhe homenagem ao usar uma camisola dele… e depois a sangrar profundamente. Funk está orgulhoso.

    As chaves deste aprazível combate foram a ajuda de “Mami” Rhea Ripley e a preciosa assistência de “Dirty” Dominik Mysterio, que atacou Sami Zayn com a mala do “Señor Money in the Bank” para dar a vitória aos Judgement Day.

    Assim, todos os membros da fação têm títulos e Finn Bálor tornou-se num “Grand Slam Champion” (já venceu um título de equipas, um mundial e o Intercontinental).

    Nota do combate: 7,5/10

    RAQUEL RODRÍGUEZ AINDA NÃO ESTÁ AO NÍVEL DE “MAMI”

    Bom combate entre duas lutadoras que se conhecem muito bem e, por isso, têm uma grande química entre si. Raquel mostrou estar num bom caminho na sua evolução e afirmação na WWE. Com tempo, o título será dela. Para Já, Rhea Ripley continua a mandar, mas só com (outra) assistência de Dominik Mysterio é que conseguiu aplicar o Rip-Tide e vencer.

    Nota do combate: 6/10

    SETH ROLLINS VENCER A MELHOR VERSÃO DE SHINSUKE NAKAMURA

    Eu quero mais promos em japonês de Nakamura, eu quero um Nakamura a jogar com as fraquezas do adversário, a entrar na sua mente, e também quero mais animes a explicar as histórias que envolvem Nakamura. No fundo, quero ver mais vezes esta versão do japonês, que parece ter ganho uma nova vida na WWE.

    Em relação ao combate, trata-se de Seth Rollins e de Shinsuke Namaura – seria sempre bom e, neste caso, a história foi bem contada em torno das costas lesionadas de Rollins. O final, com o Stomp após Nakamura tentar um roll-up, foi bem feito e uma forma satisfatória de fechar o Payback.

    Nota do combate: 7/10

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    Afonso Viana Santos
    Afonso Viana Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Desde pequeno que o desporto faz parte da sua vida. Adora as táticas envolvidas no futebol europeu e americano e também é apaixonado por wrestling.