WWE Royal Rumble: Cody está prestes a terminar a história

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    A WWE começou a sua caminhada para a WrestleMania no último sábado, com o Royal Rumble, um dos eventos mais aguardados do público mais afeto (e também a algum público menos afeto) ao wrestling. As expetativas eram altas e o evento prometia muito e é bom ver que não desiludiu. Um ou outro ponto negativo aqui e ali não foram suficientes para estragar uma noite que abre o apetite para o que aí vem, sobretudo na WrestleMania.

    BAYLEY JÁ MERECIA ESTE MOMENTO

    Como esperado, foi um dos combates Royal Rumble a abrir a noite e foram as mulheres a fazer as honras, o que fez sentido, uma vez que o Rumble feminino este ano era aguardado com menos expetativa do que o masculino. Apesar de tudo, há muita coisa boa a destacar, desde logo a vencedora. Bayley teve direito a um momento que já aguardava há muito, lembrando que ela foi uma das pessoas que mais brilhou na WWE no período da pandemia. Com a lesão grave que teve pouco depois, Bayley teve de esperar até ao Rumble para ter o grande momento que merecia, mas é bom ver que finalmente o teve (com direito a uma performance que durou mais de uma hora), até porque está envolvida numa boa história com as Damage CTRL, sendo expectável que vá desafiar IYO SKY na WrestleMania.

    Para além da vencedora, destaque para alguns regressos e estreias, desde logo a de Jade Cargill. A estrela que veio da AEW fez aqui o seu primeiro combate pela WWE, com sinais muito promissores. Tendo desde logo a tarefa de eliminar Nia Jax, Cargill foi desde logo bem apresentada para aqueles que não a conheciam, tendo ainda interações com nomes como Bayley, Becky Lynch e Bianca Belair. Resta saber que papel é que vai ter daqui para a frente, mas, lute pelo título ou não, é provável que vá ter algum combate na WrestleMania. Houve ainda destaque para alguns elementos da TNA (que nunca tinha sido tão destacada num programa da WWE como aqui), como Jordynne Grace e a regressada Naomi, o que foi bom ver. Pela negativa, destaque para o silêncio do público perante algumas das lutadoras (bastante notado sobretudo no Rumble feminino), face à falta de interesse que algumas das personagens têm vindo a gerar pelo que (não) têm feito no Raw e/ou no SmackDown (nesse sentido, Triple H tem trabalho a fazer).

    MAIS DO MESMO COM ROMAN REIGNS

    O segundo combate da noite foi o combate entre Roman Reigns, Randy Orton, AJ Styles e LA Knight pelo título Universal da WWE. Antes do evento, tinha algumas reservas que um combate a quatro fosse melhor do que um duelo um contra um entre Reigns e Orton, e, embora toda a gente tenha dado o seu melhor, este foi o ponto mais baixo da noite para mim. A verdade é que este combate mostrou as tendências que levam a que as pessoas já estejam a fartas do reinado do ‘Chefe Tribal’, com Reigns a aparecer, a dar sinais que pode perder, a aparecer um elemento da Bloodline para o salvar e a ganhar. A fórmula é sempre a mesma, e, embora se possa dizer que Cody Rhodes recuperou bem da derrota com Reigns na última WrestleMania, talvez não se possa dizer que o campeão tenha saído beneficiado. A boa notícia é que Cody vai ter outra oportunidade, como vamos ver mais à frente.

    FINAL CONTROVERSO (MAS EXCELENTE)

    Antes do combate principal, era a vez de Logan Paul colocar o seu título dos Estados Unidos em jogo contra Kevin Owens. A história do combate era o campeão focar os seus ataques na mão direita lesionada de Owens, algo que aconteceu até chegarmos aos momentos finais. Um elemento do grupo de Logan Paul apareceu para lhe tentar dar uma soqueira de aço (algo que lhe tinha ajudado a conquistar o título contra Rey Mysterio), mas, quando os árbitros não o permitiram, Austin Theory e Grayson Waller apareceram e foram eles que entregaram a soqueira. Antes que Paul pudesse aplicar o KO final, foi Kevin Owens que lhe tirou a soqueira da mão e aplicou o murro. Antes de o árbitro completar a contagem de três, Owens foi apanhado com a soqueira na mão enquanto fazia o assentamento, levando à sua desqualificação.

    O público assobiou a desqualificação, mas este final agradou-me pela sua criatividade e pelo facto de todos sabermos que esta história iria continuar e irá provavelmente culminar na WrestleMania, onde Owens e Paul deverão ter a sua desforra num combate em que não há desqualificações. A verdade é que Kevin Owens é o babyface perfeito para os truques de Logan Paul e esta foi uma forma inteligente de prolongar a rivalidade.

    VAMOS TER DESFORRA NA WRESTLEMANIA

    A noite começou com um Rumble e terminou com outro, sendo a vez de os homens fecharem o evento. Num Rumble que, tal como o feminino, evitou apoiar-se na aparição de lendas (o que é positivo), a maior dúvida estava entre Cody Rhodes e CM Punk, precisamente os últimos dois sobreviventes do combate. No final, foi Rhodes a levar a melhor, apontando logo para o camarote onde estava Roman Reigns, deixando claro que quer a desforra pela derrota na WrestleMania 39. Já CM Punk ainda tem o Elimination Chamber para corrigir a derrota de hoje, sendo expectável que vá defrontar Seth Rollins… se os médicos deixarem Rollins competir. Caso isso não seja possível, a WWE pode ter um plano de contingência interessante entre Punk e Drew McIntyre, com Punk a eliminar o lutador escocês. Tal como no Rumble feminino, também tivemos alguns regressos, com destaque para Andrade, que está de regresso à WWE depois de uma passagem pela AEW.

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    Bernardo Figueiredo
    Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.