Austríacos brilham em despedida de Prevc | Saltos de Esqui

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    O momento mais “doloroso” para os fãs de saltos de esqui estava mesmo aí, com Planica a marcar o adeus a mais uma temporada, contudo ainda havia algo em disputa nomeadamente o torneio Planica 7 na sua quinta edição e o globo de voos de esqui.

    O local onde se decidiria os últimos pontos chave de uma época excelente e memorável seria o Letalnica Bratov Gorisek uma estrutura de 240m que via o K- Point fixado aos 200 e que possuía um record da autoria do samurai Ryoyu Kobayashi, 252m, em vigor desde 2019. Ao longo de quatro dias viveram-se momentos bastante: emotivos, inesquecíveis, fantásticos e muito , mas mesmo muito excitantes! Com Peter Prevc a despedir-se dos trampolins, Timmy Zajc, Eetu Nousiainen e Giovanni Bresadola teriam más recordações desta festa final, visto que sofreriam aparatosas quedas, que no caso do finlandês e do transalpino redundaram mesmo em lesões com alguma gravidade. Com efeito , aqui ficam os cinco atletas mais em foco ao longo de uma etapa onde as bancadas estiveram sempre a rebentar  pelas costuras!

    5- Ren Nikaido

    Ainda que longe de se poder dizer que estamos perante um especialista em trampolins gigantes, sendo que foi a primeira época onde competiu nos mesmos de forma constante e regular, o nipónico foi compreendendo ao longo das provas mais recentes quais os ingredientes para se conseguir manter entre os melhores nesta especialidade tão suigeneris. Depois de resultados um pouco mais fracos durante o Raw Air especialmente em Vikersund, este fim-de-semana esloveno ficaria gravado na memória do mais jovem dos do país do sol nascente pelo facto de ter, sucessivamente, quebrado as suas anteriores melhores marcas nos voos de esqui, instituindo assim novos recordes pessoais. Com muito ainda, certamente, para progredir nesta especialidade e caso esse progresso se verifique na temporada que aí vem, terá mais que chances para ser candidato a um Top dez na geral da Taça do Mundo de Saltos de Esqui. Será ele capaz de não só ser regular, consistente e um atleta todo-terreno, como de subir ainda mais o nível chegando ao primeiro pódio da carreira , e quem sabe algo mais?

    4- Daniel  Tschofenig

    Um dos mais recentes valores da seleção austríaca, este é um praticante de quem espero muito e alguém que vai dando provas de muita regularidade em vários tipos de trampolins. Se já era sabido que demonstra grande à-vontade em trampolins K-120, e outros grandes, a verdade é que também já vai evidenciando alguma aptidão para apresentar resultados de monta em trampolins de voos! Muito perto de vencer, já na reta final do campeonato cessante, creio , que a próxima época marcará a sua estreia como vencedor de uma competição na Champions. Muito regular, pouco oscilante em termos de forma e com uma grande capacidade de foco, trabalho e concentração, este é dos que não engana e que terá um futuro brilhante na Taça do Mundo de Saltos de Esqui. Terá ele estofo para manter-se com tamanha personalidade, capacidade de habituação a diferentes estruturas e mais que tudo com a humildade que tanto o carateriza? Se assim for será, com certeza, um dos  fortes destaques  da próxima temporada!

    3- Eric Belshaw

    Contrariamente a outras seleções de menor expressão no panorama dos saltos de esqui a nível mundial, os EUA têm ao longo das épocas mais recentes vindo a demonstrar progressos bem assinaláveis, sendo que creio que esta será aquela em que mais razões de festejos tiveram! Se numa primeira fase foi Tate Frantz de apenas 18 anos a assumir as rédeas da formação americana, provando ser um talento bastante precoce  e de quem ouviremos falar bastante ao longo dos próximos anos, a verdade é que esse efeito foi passando para outros elementos da seleção. Eric Belshaw, no tramo final do campeonato bateria as marcas do seu companheiro de formação e quarto, com o apogeu desse bom momento de forma a ser registado aqui em Planica, onde conseguiu atingir o primeiro Top dez da carreira, algo bastante pouco frequente para um saltador dos EUA. Bastante homogéneo em todas as suas prestações ao longo dos eventos de voos, pode ser uma das agradáveis surpresas na próxima temporada, especificamente em trampolins gigantes. Com a melhor “fornada” de sempre nesta modalidade, tirarão os EUA benefícios dos treinos com os vikings, alcançando marcos históricos para a nação da grande maçã? Ou perder-se-á este elã com o final da temporada? Salvo melhor opinião tanto Frantz como Belshaw têm tudo para pertencer à elite deste desporto, pelo menos, ao longo da próxima década!

    2- Peter Prevc

    O polícia e vencedor da  geral da Taça do Mundo em 15/16 ao conseguir o record de 15 triunfos ao longo do campeonato e conforme anunciara em meados da época viveu em Planica, diante dos seus , os derradeiros momentos de uma carreira gloriosa. Prova maior do que representa para os saltos e não só na Eslovénia, foi o facto de o patrocinador principal da seleção ter prescindido de aparecer nos equipamentos dos atletas , abrindo assim espaço para que cada um envergasse frases dedicadas a Prevc! Como se já não fosse suficiente tudo o que fez pela modalidade a nível mundial, sendo dos mais vitoriosos em Planica, em específico, teria direito a festejar uma derradeira ocasião ao conquistar a penúltima prova individual de uma trajetória ímpar! Dos poucos capazes de dominar ao longo de três temporadas seguidas o campeonato, tendo amealhado ao longo desse período Torneios dos Quatro Trampolins, globos de cristal e títulos mundiais tanto de esqui nórdico como de voos, o esloveno deixa um curriculum difícil de igualar! Uma grande perda para a modalidade, Peter foi dos poucos a terminar como merecia, saindo por uma porta gigante! Creio que todos os fãs terão muito a agradecer-lhe por tudo o que nos proporcionou. Obrigado Peter Prevc!

    1-Daniel Huber

    Se há um ano perguntássemos a alguém quem venceria o globo de voos desta temporada e o Planica 7, e se respondessem: Daniel Huber, certamente acharíamos que essa pessoa estaria totalmente enganada e desfasada da realidade! Pois bem, foi mesmo isso que  veio a confirmar-se! Se o Raw Air já tinha sido muito acima das minhas espectativas, com o atleta a ficar aquém apenas no primeiro dia em Oslo, eis que Planica comprovou que o austríaco de 31 anos foi mesmo a figura principal do final de época. Se subsistisse quaisquer dúvidas quanto à justiça desse epíteto, resta dizer que Huber venceu duas das três últimas competições individuais da temporada, tendo-lhes juntado o sucesso coletivo! Sempre no pódio nas provas finais de voos, foi também beneficiando do abaixamento de forma do amigo Kraft que conquistou para surpresa de muitos, nos quais me incluo, o globo de voos de esqui e o Planica 7, os dois primeiros troféus embolsados a título individual. Ainda que bastante discreto ao longo da primeira parte do campeonato, creio ser unânime pelo que fez nesta parte final, que o austríaco acaba por ser uma das figuras do mesmo. Replicará esta forma de modo constante ao longo da temporada vindoura?

    Agora e com as contas devidamente fechadas, a geral global ficou deste modo:    Kraft concluiu com a módica quantia de 2149 pontos seguido de Kobayashi que terminou com 1673. Já Wellinger foi bronze, ao finalizar com 1488 pontos.

    Quanto a nós, voltamos na próxima temporada para acompanhar de perto mais uma época que se prevê disputada, vibrante e cheia de emoção!

    Até lá já sabe, fique bem, sempre na melhor companhia.

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.