Eslovenos dominam em casa | Saltos de Esqui

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    Era e após a consagração de Zyla como bicampeão em trampolim normal, que os atletas dos Saltos de Esqui disputariam as competições a nível  individual e coletivo em trampolim grande. Refira-se que Stephan Kraft defendia o título desta especialidade conquistado  em Oberstdorf. A estrutura utilizada de 138mvia o K-Point situado nos 125, sendo que o record a vigorar desde 2014, 142m, pertencia ao caseiro Peter Prevc ausente devido a uma queda arrepiante , algo que acontecera aquando de uma das rondas prévias à competição. Seria com o mais velho de um clã com tradição na modalidade, mas com este felizmente bem de saúde , que se assistiu a um evento emotivo, com muita incerteza e claro está com algumas surpresas! Destacamos cinco momentos que fizeram desta uma das disputas mais acesas da história dos Mundiais de Esqui Nórdico! Prontos?

    5. CAMPEÃO OLÍMPICO AO TAPETE!

    Apesar de estar a viver uma temporada bem distante das rubricadas nos anos mais recentes, seria de esperar que o atual vencedor do céptro por todos mais desejado se revelasse capaz de recuperar a chama e fulgor a tempo de se colocar na luta por um dos metais. Nada disso! Lindvik não  subiria a parada, com a sua participação a título individual a saudar-se numa desapontante 19º posição. Talvez esta pausa antes do “circo” voltar a solo norueguês , possa funcionar como momento ideal para que o jovem reflita sobre as causas que  o estão a conduzir a tão paupérrima prestação, com algo a ter necessariamente de mudar! Poderão as coisas voltar a sorrir já em Oslo, ou Marius fruto da temporada perdida deixará “correr o marfim” no que falta do presente campeonato canalizando todas as atenções e energia para o recomeço da próxima época?

    4. GRANERUD DESPEDE-SE DE PLANICA COM ENORME AMARGO DE BOCA!

    Depois do retumbante desaire em trampolim normal, todos os especialistas e amantes da modalidade contavam que Halvor confirmasse por que motivo tem exercido tão grande domínio no campeonato face a todos os rivais e que assim apaga-se da memória o percalço tido na semana anterior. Após um primeiro salto onde, seria um pouco, afetado pelas condições foi sem desculpas de quaisquer ordem que voltaria a vacilar na segunda tentativa, com as medalhas a tornarem-se numa autêntica miragem seria para surpresa e até  algum choque da generalidade dos fãs de Saltos de Esqui que não faria melhor que a sétima posição numa prova onde era mais que óbvio  favorito  a chegar ao ouro! Poderá este verdadeiro “desastre” , que foi a prestação nestes mundiais, a nível individual refletir-se na restante Taça do Mundo ou Granerud será capaz de separar as águas, surgindo de cara lavada para o tramo final? O que é certo, e creio que é uma opinião partilhada por todos os entendidos, é que o nórdico foi a maior desilusão na modalidade de Saltos de Esqui na presente edição do certame.

    3. DESTA VEZ, KRAFT NÃO FOI NADA FIÁVEL!

    Após ter “caído” de modo surpreendente no segundo salto na disputa em trampolim normal, seria de supor que o baixinho austríaco revelasse arte, crença e engenho para retomar o trilho dos êxitos. Sempre bastante desconfiado das suas capacidades,  revelando igualmente alguma intranquilidade, era ainda prematuramente que descolaria do pelotão da frente no ataque às medalhas. Por norma bastante consistente, regular e sem denotar grandes oscilações de forma, bem podemos considerar que o verdadeiro “monstro” Kraft nunca se viu por completo em Planica! Estaremos a assistir ao render da guarda ou Stephan viveu apenas uns mundiais de relativo apagamento, voltando a breve trecho a brindar-nos com todo o “perfume” dos seus saltos?

    2. ESTE SIM É O RYOYU QUE GOSTAMOS DE VER!

    Vítima de um início de temporada , a léguas, distante do que fizera dele vencedor de tudo e mais alguma coisa na época cessante, seria e a partir das etapas em Sapporo, que lentamente se foi assistindo a um apurar de forma por parte do samurai, talvez apontando à glória em eventos semelhantes a este. Sempre discreto, eficiente e sereno, tais predicados levariam Koba a somar mais uma medalha ao seu já extenso palmarés. Mesmo não tendo conseguido segurar a liderança após a primeira ronda, creio que pode sair de cabeça bem levantada, pois mostrou toda a assertividade, rigor e perfeição que têm feito dele, e mesmo apesar de ainda ser um jovem, o melhor saltador de sempre do seu país nesta especialidade. Com o campeonato a ser, maioritariamente, até ao seu términus composto por eventos de voos de Esqui, onde se defende perfeitamente, poderemos ver a lenda crescer mais um pouco, com Ryoyu a lutar pelo globo de cristal dessa tão peculiar vertente dos Saltos de Esqui?

    1. ZAJC DEIXA PLANICA A “ARDER” DE EMOÇÃO

    Com a principal esperança local, Lanisek , para lá de discreto a título individual seria e desde bem cedo, pois conquistara a qualificação, que outro nome se perfilava capaz de alcançar a meta por todos desejada, o ouro! Plenamente confiante, galvanizado e motivado, foi à campeão que com apenas 22 anos se sagrou, contra todas as previsões, vencedor do título mundial em trampolim grande. Para ver e rever, milhares de vezes, esta exibição foi uma cabal demonstração de autoridade, força e confiança que , salvo melhor opinião,  poderá impulsionar Timmy para grandes desempenhos num futuro bem próximo, pois parece possuir perfil para suceder a Peter Prevc na galeria de atletas eslovenos que conquistaram o grande  globo de cristal, parecendo por esta altura mais capaz em termos mentais face a Lanisek de poder almejar entrar , pelo menos, na luta por tal objetivo !

    Terminado mais um momento alto da época, será já na próxima semana que a Taça do Mundo dos incríveis “homens pássaro” voltará com o Raw Air, uma espécie de quatro trampolins à norueguesa, que marcará essa retoma. O BNR voltará com os atletas que mais se destacarem na primeira etapa desse recém criado torneio, com a ação desde Oslo.

     Até lá, fique bem, sempre na melhor companhia.

    Marcamos encontro?

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.