Com as meninas a findarem a sua atuação, foi vez, no domingo dos senhores mostrarem a sua valia. Com condições idênticas às registadas no dia anterior, numa das pistas com maior “drop”, cerca de 68% de desnível, a casa de partida ia estando colocada a mais de 3.000 metros.
Como maior favorito, tanto à reconquista do globo de cristal da disciplina quanto ao grande globo, tínhamos o gaulês Alexis Pinturaut que dominara a seu belo prazer a anterior edição da Taça do Mundo. Outros nomes quereriam estragar a esperada festa ao francófono e isso começava a notar-se. Esqui alpino
O primeiro a puxar dos galões foi o suíço Marco Odermatt, um jovem que parece poder ser o futuro pretendente do “país do chocolate” ao grande globo de cristal. Mathieu Faivre, mais um “soldado” da armada gaulesa, respondia, devolvendo a frente aos maiores candidatos a uma vitória em Soelden, algo que parecia ir-se comprovando numa primeira “manga” em que os tempos lá na frente iam estando bastante próximos.
It’s the first time that Marco Odermatt wins the Men’s GS World Cup in Sölden 👏 this means he becomes the fourth Swiss man to win this event! #fisalpine pic.twitter.com/Ip3SJ0qAt1
— FIS Alpine (@fisalpine) October 24, 2021
Mas o velho ditado do esqui alpino: “nunca dar uma corrida por terminada com austríacos/as na casa de partida”, viria a fazer -se novamente presente. Isto, pois ao dorsal 19 , numa fase em que a pista já denotava algumas irregularidades, o ex medalhado de prata em mundiais nesta mesma disciplina, Roland Leitinger, terminaria na frente a primeira parte da prova anotando uma escassa vantagem face a Faivre que se ia cifrando nos 0.19 com Odermatt apenas a 0.21.
De resto, o equilíbrio ia sendo nota dominante, visto que embora fechando no sexto posto o favoritíssimo Pinturaut ia estando a pouco mais de meio segundo do topo, e com as ambições intactas. Esqui alpino
Para ilustrar de uma melhor forma a intensa competitividade registada, saliente-se que os melhores 12 tempos da primeira “manga” ficaram separados por menos de um segundo, com o 13.º classificado, o velocista e antigo campeão olímpico de Downhill e Super G, Matthias Mayer, a registar um prejuízo face à liderança de 1.06.
Numa segunda “manga” de desenho bem mais rápido face à descida inicial, quem mais ascendeu foi o norueguês de origens brasileiras, Lucas Pinheiro Braathen, que subiria desde as profundezas do Top20 até a uma excelente sétima posição. Um posto a diante, o norte-americano River Radamus, naquela que se fixou como a melhor marca do jovem na Champions do esqui alpino.
Pinturaut não melhorando muito a sua prestação fecharia em quinto, a 0.62 do vencedor Marco Odermatt acompanhado no pódio, pelo caseiro, Leitinger a 0.07 e pelo esloveno Zan Kranjec que registou um déficit de 0.10 face ao “Duracell” suíço.
Está assim tudo contado no retorno do “circo branco”, agora a competição voltará no próximo mês. Esqui alpino
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Foto de Capa: FIS Alpine