CONCORRÊNCIA SEM ARGUMENTOS PARA TRAVAR ÊXITO DE GRANERUD
Com o vento ainda mais irregular, numa segunda ronda com diversas paragens por este mesmo motivo, e conseguindo corrigir o deficit técnico da ronda de abertura, seria mesmo e após 139m que Granerud somaria a 15ª da carreira e a primeira neste palco, repetindo o feito de Anders Jacobsen, o canalizador, último norueguês a festejar em Oberstdorf. Zyla seguraria mesmo o segundo posto e com 137m bateria um Kubacki que amealhava meio metro menos. Geiger e Kraft salvavam-se e mantinham-se claramente em posição relevante. Stoch e Lanisek, com registos de Top dez conseguiam manter o contacto, embora já algo distanciados, ao passo que Ryoyu e Lindvik, 15º e 17º, respetivamente, ficavam já arredados da discussão, sendo certo que a águia dourada mudaria de mãos.
Era com Granerud na dianteira, detendo uma vantagem de cerca de treze pontos face a Zyla, que rumava-mos a Garmisch PartenKirchen, mais em concreto ao Grobe Olympiaschanze , uma estrutura de 142m, com um K-Point situado nos 125 e que via o record da autoria de Dawid Kubacki vigorar desde 2021. Com 9.000 nas bancadas e num evento que se despedia de 2022 e dava as boas-vindas a 2023 com saltos de esqui, quem somava uma vitória, ainda que parcial, era Kubacki, isto apesar de Granerud deter vantagem neste trampolim, em minha opinião. O polaco de 32 anos venceria a derradeira ronda de 2022 ao angariar 140.5m, três metros e meio menos que a marca da sua autoria que vigora como máximo da estrutura. Lanisek era segundo com 138, enquanto Zajc somava meio metro menos. Zila mantinha a regularidade, ao passo que Fettner dava lastro à época mais bem conseguida da carreira. Granerud era apenas sexto com Stoch e Kraft também por perto. Ryoyu e Lindvik esclareciam não possuir arcaboiço competitivo para estas andanças. Os caseiros: Geiger e Eisenbichler também não pareciam fechar o ano com grandes razões para sorrir. Ainda menos teria Tande, com o viking a poder já ir adiantando as malas para rumar à Áustria.
SÓ LANISEK FAZIA FRENTE AO VIKING
Era com 22.000 nas sempre repletas bancadas que decorreria a primeira disputa de 2023 e a segunda competição do torneio. Numa primeira ronda emocionante, nivelada por cima e com o espetáculo nos píncaros, eis que Granerud voltava a superiorizar-se e com 140m, ia detendo uma curta vantagem, 0.6 pontos face a um determinado em encurtar distâncias Lanisek, que averbava meio metro menos, com Kubacki já algo mais afastado a somar 136m. Zila e Wellinger encontravam-se à espreita, com o sempre bem disposto polaco a assumir-se como sério candidato, pelo menos a subir ao pódio no dia de reis. Igualmente de destacar que também Kraft já poderia ser “riscado” da luta, com o austríaco e Ryoyu aquém do Top 20, não conseguindo nem com um grande segundo registo sair vivos de GAPA!
GRANERUD NUMA COMPETIÇÃO À PARTE
Num dia em que Lindvik e Eisenbichler se despediram precocemente da compita e em que o vento conferia avultadas bonificações, a cabal demonstração de qualidade de Granerud voltou a ficar bem expressa e com um voo na casa do tamanho do trampolim cilindraria Lanisek, segundo com 137m e Kubacki terceiro rubricando 138.5m. Isto num dia em que Fettner, mas principalmente Hoerl surpreendiam para o país do esqui. Quanto ao anterior vice-líder, Zila, perderia folgo ao concluir em sexto. Kraft, Geiger e Ryoyu perdiam as remotas chances que ainda tinham para alcançar a glória.
Agora e antes da transição para as etapas austríacas onde já no passado se operaram reviravoltas brutais, o torneio é comandado pelo mestre Granerud que totaliza 616.1 pontos, Kubacki segue em segundo com 589.3, já Zila é terceiro com 576. Já nas contas do grande globo temos Kubacki, Lanisek e Kraft, na dianteira, mas com Granerud a encetar uma aproximação bem vertiginosa. Se quer continuar a acompanhar tudo sobre esta edição dos quatro trampolins já sabe, fique desse lado.
Marcamos encontro?