Era e após a pausa natalícia que a Taça do Mundo de Saltos de Esqui se reatava e logo com um dos pontos altos, talvez mesmo o mais solene e prestigiado da temporada, o Torneio dos Quatro Trampolins, uma competição histórica e cheia de mística. A 71.ª edição do evento via, e após dois anos de ausência, o público voltar a lotar as bancadas dos trampolins: dois em solo germânico e outros tantos em território austríaco.
Quanto aos maiores favoritos à conquista da águia dourada, entregue ao mais regular ao longo do certame, estavam divididos em dois grupos. Na linha da frente partiam: Dawid Kubacki, líder da Taça do Mundo, Hanz Lanisek, ele que tentaria suceder a Peter Prevc – último esloveno a tocar a eternidade – e Halvor Egner Granerud que tinha como missão recuperar algo que não sorria aos noruegueses já desde inícios do século. Numa segunda linha contava-mos com nomes como: Stephan Kraft já possuidor de duas águias douradas, Kamil Stoch com três troféus , Ryoyu Kobayashi atual detentor em título, mas que se encontrava ,completamente , fora de forma e um Marius Lindvik já por duas vezes pódio na geral deste torneio que para além de atravessar dois países atravessa também dois anos civis. De acrescentar que para além dos nomes citados, poderiam aparecer os tradicionais outsiders, saltadores que de um momento para o outro se exibem a grande nível acabando por suplantar os mais laureados, um clássico nesta competição assim como os emblemáticos e excitantes mata-matas, duelos diretos que apuram 25 atletas para a ronda final, com os outros cinco a serem aqueles praticantes, que e embora derrotados conseguem uma marca de qualidade.
As hostilidades seriam abertas com a ida até à cidade bávara de Oberstdorf, onde teriam pela frente o fantástico, imponente e moderníssimo Schattenberg- uma estrutura de 137m, cujo K-Point está localizado aos 120 e que via um dos mais longínquos records de trampolim, que datava de 2003 da autoria do viking, o já retirado Sigurd Pettersen, 143.5m. De salientar que os saltadores de perfil mais técnico como Stoch e Kubacki, ambos polacos poderiam levar alguma vantagem.