Acabou. Já não veremos mais o melhor de sempre do Biatlo em competição. A 14 de março de 2020 chegou ao fim a carreira do francês com mais ouros olímpicos, Martin Fourcade.
Sete medalhas olímpicas (cinco de ouro), 28 medalhas em Mundiais (13 de ouro), sete Taças do Mundo Gerais, 26 Taças do Mundo de disciplina, 98 etapas da Taça do Mundo. Os números falam por si e esclarecem o porquê de Martin Fourcade ter ascendido ao Olimpo como um dos grandes da história do Desporto.
De origens modestas, Martin fez um percurso de subida na vida a pulso não incomum a muitos outros atletas de alta competião e, seguindo as pisadas do seu menos talentoso irmão Simon, dedicou-se ao Biatlo e não fez por menos, estabelecendo-se como o maior da história da modalidade.
Foram recordes atrás de recordes, exibições brilhantes atrás de exibições brilhantes, toda uma geração de competidores ofuscada pelo brilho de um só homem.
Lesões e a afirmação de Johannes Thingnes Bo como o novo patrão da modalidade impuseram um par de anos final sem tantos sucessos, mas, ainda assim, demonstrador do caracter e qualidade do francês.
Perder a Geral da sua última Taça do Mundo por meros dois pontos pode parecer uma cruel derrota, mas é na verdade uma prova vital do que Fourcade teve para nos oferecer, de tal forma que, mesmo contra um adversário melhor sobre os skis, aproveitou as abertas que lhe surgiram para o levar ao limite na luta pelo título.
No final de tão ilustre carreira, faltam as palavras para dizer mais. Sobre a sua carreira, Martin diz que “Foi como sonhar acordado”. Foi um sonho partilhado e nós tivemos o privilégio de assistir. Por isso, lhe agradecemos.
Foto de Capa: Équipe de France de Biathlon